A porta da fé [8]


Estamos a oito semanas de concluir o Ano da Fé, que se iniciou em outubro de 2012 e terminará em novembro de 2013. Semanalmente, apresentamos um número da Carta Apostólica do papa Bento XVI com a qual proclamou o Ano da Fé — «A porta da fé» («Porta Fidei»). E juntamos uma proposta de reflexão elaborada por Pedro Jaramillo. O objetivo é dar um contributo para uma avaliação mais cuidada sobre a forma como estamos a viver o Ano da Fé. Bom proveito!

Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do «Credo».

A porta da fé [Carta Apostólica para o Ano da Fé - «Porta Fidei»]

  • A porta da fé — números publicados no Laboratório da fé > > >



Aspetos que se podem sublinhar

  • A celebração do Ano da Fé há de fazer-se de «forma digna e fecunda». Não se trata simplesmente de um evento externo. A dignidade e a fecundidade de celebrar o Ano da Fé acontece com atitudes que tornem a fé mais pessoal, mais responsável, mais comprometida.
  • Temos de refletir mais profundamente sobre a nossa fé. A finalidade é fazer com que a nossa adesão a Cristo seja mais consciente e vigorosa. Não podemos acreditar só por tradição (porque foi sempre assim, porque assim acreditavam os nossos avós...). Precisamos de personalizar a fé, para responder aos desafios da sociedade moderna.
  • É preciso também «confessar» a fé. A unidade de confissão manifesta a nossa «comunhão eclesial». Por isso, somos chamados a realizar essa confissão (o nosso «Credo») em todos os níveis de realização eclesial.

Interiorizando

  • A dignidade e a fecundidade da nossa celebração do Ano da Fé pede-nos que nos coloquemos em «processo de crescimento crente» e não em mero eventos... Estou disposto? Vou participar só em celebrações externas ou vou «rever» a minha fé com um coração convertido e aberto?

  • A reflexão sobre a nossa fé (que contém aspetos doutrinais) propõe algo que envolve muito mais: uma adesão a Cristo mais consciente e vigorosa... Hoje, mais do que nunca, precisamos de uma fé pessoal, convicta, longe da rotina ou mero costume... Como se pode progredir tendo em vista uma fé pessoal e menos sociológica? A fé não é uma mera aparência; é uma nova construção da minha vida. Até que ponto as dimensões mais importantes do meu ser e do meu comportamento estão fecundadas pela fé?

  • A confissão do nosso «Credo» é uma grande oportunidade de «comunhão» de toda a Igreja. Ao fazê-la muitas vezes ao longo deste Ano, como tirá-la da rotina? Que a boca fale da abundância do coração. Como aumentar essa abundância do coração? Como é que a «comunhão na mesma fé» nos pode ajudar a reforçar a comunhão interior da nossa Igreja? Os que confessamos o mesmo Credo, podemos estar tão afastados religiosamente?

© Pedro Jaramillo
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013

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Bento XVI, Carta Apostólica «A porta da fé»
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 3.10.13 | Sem comentários
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