São Matias, 14 de maio
Evangelho segundo João 15, 9-17
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Chamo-vos amigos
Matias foi eleito apóstolo pelos Onze para substituir Judas Iscariotes (cf. Atos 1, 15-26): «Deitaram sortes sobre eles e a sorte caiu em Matias que foi agregado aos onze Apóstolos». Não existem muitas indicações sobre a sua vida. Podemos intuir que cumpria as condições apresentadas por Pedro: ser testemunha da ressurreição de Jesus Cristo; ter pertencido ao grupo dos discípulos desde o início do ministério de Jesus Cristo.
Ao comentar esta situação — a escolha de Matias para ocupar o lugar de Judas Iscariotes — o papa Bento XVI concluiu com estas palavras: «Tiramos disto mais uma lição: mesmo se na Igreja não faltam cristãos indignos e traidores, compete a cada um de nós equilibrar o mal que eles praticam com o nosso testemunho transparente a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador» (Audiência Geral de 18 de outubro de 2006).
«Jesus teve amigos, e a amizade foi um marco na construção do seu caminho. Ele associou amigos à sua missão; tornou a amizade um lugar para o reconhecimento dele próprio e da amizade de Deus. [...] Se calhar houve um tempo na relação deles com Jesus que a palavra 'servos' ou mesmo a palavra 'discípulo' era apta a descrever o que viviam. Porém, é o próprio seguimento de Jesus que pede que elas sejam suplantadas. Agora só a palavra 'amigo' vale para descrever alguém que segue Jesus, porque o próprio Jesus nos funda numa relação de conhecimento e de reconhecimento de tudo aquilo que Ele ouviu do Pai. A experiência de amizade dos discípulos será, depois, ainda complementada pela vinda do Espírito Santo» (José Tolentino Mendonça, «Nenhum Caminho será Longo. Para uma teologia da amizade», Paulinas, 65-69).
Jesus Cristo insiste no valor da amizade. «Chamo-vos amigos» — diz aos discípulos, no contexto da despedida narrada pelo evangelista João. Perante as dificuldades do nosso «trabalho» cristão, que consiste em ser testemunhas de Jesus Cristo, somos motivados a aprofundar cada vez mais a nossa relação com o próprio Jesus Cristo. Cultivar a amizade com Jesus Cristo é a melhor forma de não perdemos o sentido profundo da nossa missão.
Ao comentar esta situação — a escolha de Matias para ocupar o lugar de Judas Iscariotes — o papa Bento XVI concluiu com estas palavras: «Tiramos disto mais uma lição: mesmo se na Igreja não faltam cristãos indignos e traidores, compete a cada um de nós equilibrar o mal que eles praticam com o nosso testemunho transparente a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador» (Audiência Geral de 18 de outubro de 2006).
«Jesus teve amigos, e a amizade foi um marco na construção do seu caminho. Ele associou amigos à sua missão; tornou a amizade um lugar para o reconhecimento dele próprio e da amizade de Deus. [...] Se calhar houve um tempo na relação deles com Jesus que a palavra 'servos' ou mesmo a palavra 'discípulo' era apta a descrever o que viviam. Porém, é o próprio seguimento de Jesus que pede que elas sejam suplantadas. Agora só a palavra 'amigo' vale para descrever alguém que segue Jesus, porque o próprio Jesus nos funda numa relação de conhecimento e de reconhecimento de tudo aquilo que Ele ouviu do Pai. A experiência de amizade dos discípulos será, depois, ainda complementada pela vinda do Espírito Santo» (José Tolentino Mendonça, «Nenhum Caminho será Longo. Para uma teologia da amizade», Paulinas, 65-69).
Jesus Cristo insiste no valor da amizade. «Chamo-vos amigos» — diz aos discípulos, no contexto da despedida narrada pelo evangelista João. Perante as dificuldades do nosso «trabalho» cristão, que consiste em ser testemunhas de Jesus Cristo, somos motivados a aprofundar cada vez mais a nossa relação com o próprio Jesus Cristo. Cultivar a amizade com Jesus Cristo é a melhor forma de não perdemos o sentido profundo da nossa missão.