Cada um de nós é um anel nesta cadeia de amor — disse o Papa Francisco


O Papa Francisco voltou a falar sobre a essência profunda da Igreja e do seu ministério espiritual durante a eucaristia que celebrou na Casa Santa Marta, nesta quarta-feira [24 de abril].
«Uma comunidade cristã que cresce e multiplica os seus discípulos é uma coisa boa, mas pode levar a fazer pactos para ter mais sócios». Mas «a Igreja — explicou o Papa Francisco na sua homilia — cresce a partir de baixo, lentamente». De facto, recordou, «o caminho que Jesus quis para a sua Igreja é outro: o caminho das dificuldades, o caminho da Cruz, o caminho das perseguições».
Segundo o Papa, «isto faz-nos pensar: O que é a Igreja? Esta nossa Igreja parece que não é uma iniciativa humana». De facto, a Igreja é outra coisa: não são os discípulos que fazem a Igreja; eles são enviados, enviados de Jesus. E Cristo é enviado do Pai».
«Assim se percebe que a Igreja começa ali, no coração do Pai, que teve este ideia». E mais, acrescentou Francisco, «não sei se teve uma ideia: o Pai teve amor. E começou esta história de amor, esta história de amor tão longa no tempo que ainda não terminou».
«Nós, homens e mulheres da Igreja, estamos no meio de uma história de amor: cada um de nós é um anel desta cadeia de amor. Quando não entendemos isto, não entendemos nada sobre o que é a Igreja». Então, perguntou o Pontífice, «como é que a Igreja cresce? Jesus disse-o com simplicidade: como o grão de mostarda, como o fermento na farinha, sem ruído».
«Quando a Igreja se quer vangloriar da sua quantidade e cria organizações, cria instituições, torna-se um pouco burocrática, a Igreja perde a sua substância principal e corre o perigo de se transformar numa ONG. Ora, a Igreja não é uma ONG. É uma história de amor... Mas existem os do IOR... desculpem... mas, tudo é necessário, as instituições são necessárias. Mas são necessárias até certo ponto: como apoio para esta história de amor. Então, quando a organização toma o primeiro lugar, o amor desaparece e a Igreja, coitada, converte-se numa ONG. Este não é o caminho».

© Religión Digital
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013


Postado por Anónimo | 25.4.13 | Sem comentários
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