Ao ritmo da liturgia


Décima quinta semana


O mundo está cheio de bons samaritanos!

Poderíamos apresentar centenas de parábolas de «bons samaritanos» que acontecem diariamente à nossa volta. Afortunadamente, o mundo está cheio de bons samaritanos!
Jesus Cristo sabia escolher bem os protagonistas das suas histórias. Ele como bom judeu sabia tocar na ferida... Um samaritano! Para os judeus, os samaritanos (apesar de serem da mesma religião) eram considerados como estrangeiros e inimigos.
O mais escandaloso é que depois de tantos séculos a repetir esta parábola, continua a existir gente que se comporta como o sacerdote e como o levita: não só ignorando o ferido, como também desprezando o samaritano. Basta olhar para as nossas comunidades!
Através da parábola do bom samaritano, Jesus Cristo não responde ao doutor da lei dizendo «quem» é o seu próximo, mas que ele é o próximo. A questão não é «quem é o meu próximo», mas «de quem é que eu sou próximo»? É a partir desta alteração feita por Jesus Cristo que temos de olhar a nossa maneira de proceder em relação aos outros.
«O Ano da Fé, que estamos a viver, constitui uma ocasião propícia para se intensificar o serviço da caridade (DOMINGO: «Faz isso e viverás») nas nossas comunidades eclesiais, de modo que cada um seja bom samaritano para o outro (SEGUNDA: «Se alguém der de beber»), para quem vive ao nosso lado» (Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial do Doente).
Hoje, em concreto, na minha vida, quem é o meu próximo? O próximo está sempre aí, à minha frente. Acolhê-lo depende só de mim. Sempre que passo ao lado do sofrimento alheio, estou a afastar-me de Deus (TERÇA: «Começou Jesus a censurar duramente»). Mas sempre que me aproximo do outro para o ajudar, cada vez que me faço próximo de alguém, estou a aproximar-me de Deus (QUARTA: «Assim foi do teu agrado»). Quando supero o meu egoísmo (QUINTA: «Aprendei de Mim») e ponho o outro no centro da minha vida (SEXTA: «Eu quero misericórdia e não sacrifício»), estou a construir um mundo mais humano, isto é, mais divino (SÁBADO: «As nações colocarão a esperança no seu nome»).

«Faz isso e viverás». Esta semana, somos convidados a reconhecer que ainda temos muito a aprender com Jesus Cristo. A única dignidade que conta aos olhos de Deus, a única doutrina que lhe agrada é a misericórdia.

A elaboração deste texto foi inspirada na obra de José Luis Cortés, El ciclo C, Herder Editorial
© Laboratório da fé, 2013

Décima quinta semana, no Laboratório da fé, 2013
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 14.7.13 | Sem comentários
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