CELEBRAR O DOMINGO VIGÉSIMO NONO
UMA LITURGIA SIMPLES E BELA
Reflexões e sugestões para alcançar o fruto de «uma liturgia simples e bela, sinal da comunhão entre Deus e os seres humanos».
Jesus Cristo tinha dado uma resposta aos fariseus que contestavam a sua autoridade. Mas eles não se rendem e armam-lhe uma cilada: interrogam-no sobre a relação do crente com a autoridade política, a delicada questão do imposto romano (evangelho). Cilada que Jesus Cristo desmonta com habilidade: o que tem a «imagem» e a «inscrição» de César pertence-lhe; mas a liberdade do ser humano, que é imagem de Deus, pertence a Deus. O rei Ciro (primeira leitura) compreendeu bem esta pertença; e vai possibilitar a libertação dos exilados. Pois bem, esta pertença a Deus faz-nos dar-lhe a «glória do seu nome»: Deus é «digno de louvor» (salmo). Uma coisa é certa: não é preciso opor deliberadamente a política à religião! O que está em causa é nunca esquecer a «atividade da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança» (segunda leitura).
«Eu sou o Senhor e não há outro; fora de Mim não há Deus»
O Deus de Israel atua na história do seu povo e de todas as nações. Segundo a perspetiva de Isaías (Deutero-Isaías ou Segundo Isaías), houve duas grandes intervenções de Deus: a libertação de Israel, escravo no Egito, através da travessia do mar (que se dividiu em dois para deixar passar o povo rumo à liberdade, à Terra Prometida); e, agora, naquele preciso momento histórico da vida do povo e do profeta, com o chamamento de um rei pagão, Ciro da Pérsia, «ungido» com a missão de conquistar Babilónia e oferecer aos judeus exilados há cinquenta anos o regresso à Terra Prometida.
Isaías, no exílio, entende que o futuro de Deus no mundo não ficará limitado ao horizonte de Israel, de tal forma que pode afirmar que Deus confia uma missão libertadora — salvífica — a um pagão. Este facto surpreendente é, de alguma maneira, um prelúdio da afirmação central da fé cristã: Jesus Cristo, um desconhecido sem credenciais perante as autoridades do povo de Israel, realiza a obra salvadora de Deus, através da sua morte na cruz. O escândalo é absoluto.
O texto de Isaías destaca que o futuro que Deus tem preparado para Israel não será levado a cabo da maneira que os judeus exilados esperavam ou preferiam. O plano de Deus supera tudo o que é imaginável, pois Ciro nem sequer conhecia o Deus de Israel. Mas este esquema tão complexo de política internacional, que supõe a queda de impérios e a possibilidade de liberdade para um povo como Israel, foi feito «por causa de Jacob, meu servo, e de Israel, meu eleito». Assim, tudo isto ocorrerá «para que se saiba, do Oriente ao Ocidente, que fora de Mim não há outro. Eu sou o Senhor e mais ninguém». Deus revela-se como o Criador de todas as coisas, o único Senhor: «Eu sou o Senhor e não há outro; fora de Mim não há Deus».
Na sequência da Liturgia da Palavra, que já dá glória a Deus (salmo), a Liturgia Eucarística é louvor e ação de graças. Seguindo a indicação de Jesus Cristo — «dai a Deus o que é de Deus» — é oportuno o uso da «Oração Eucarística V/B» («Missal Romano», página 1163 e seguintes). Além disso, porque se trata também do Dia Mundial das Missões pode fazer-se uso das orações para a «evangelização dos povos» («Missal Romano», página 1208 e seguintes).
«Eu sou o Senhor e não há outro; fora de Mim não há Deus»
O Deus de Israel atua na história do seu povo e de todas as nações. Segundo a perspetiva de Isaías (Deutero-Isaías ou Segundo Isaías), houve duas grandes intervenções de Deus: a libertação de Israel, escravo no Egito, através da travessia do mar (que se dividiu em dois para deixar passar o povo rumo à liberdade, à Terra Prometida); e, agora, naquele preciso momento histórico da vida do povo e do profeta, com o chamamento de um rei pagão, Ciro da Pérsia, «ungido» com a missão de conquistar Babilónia e oferecer aos judeus exilados há cinquenta anos o regresso à Terra Prometida.
Isaías, no exílio, entende que o futuro de Deus no mundo não ficará limitado ao horizonte de Israel, de tal forma que pode afirmar que Deus confia uma missão libertadora — salvífica — a um pagão. Este facto surpreendente é, de alguma maneira, um prelúdio da afirmação central da fé cristã: Jesus Cristo, um desconhecido sem credenciais perante as autoridades do povo de Israel, realiza a obra salvadora de Deus, através da sua morte na cruz. O escândalo é absoluto.
O texto de Isaías destaca que o futuro que Deus tem preparado para Israel não será levado a cabo da maneira que os judeus exilados esperavam ou preferiam. O plano de Deus supera tudo o que é imaginável, pois Ciro nem sequer conhecia o Deus de Israel. Mas este esquema tão complexo de política internacional, que supõe a queda de impérios e a possibilidade de liberdade para um povo como Israel, foi feito «por causa de Jacob, meu servo, e de Israel, meu eleito». Assim, tudo isto ocorrerá «para que se saiba, do Oriente ao Ocidente, que fora de Mim não há outro. Eu sou o Senhor e mais ninguém». Deus revela-se como o Criador de todas as coisas, o único Senhor: «Eu sou o Senhor e não há outro; fora de Mim não há Deus».
Na sequência da Liturgia da Palavra, que já dá glória a Deus (salmo), a Liturgia Eucarística é louvor e ação de graças. Seguindo a indicação de Jesus Cristo — «dai a Deus o que é de Deus» — é oportuno o uso da «Oração Eucarística V/B» («Missal Romano», página 1163 e seguintes). Além disso, porque se trata também do Dia Mundial das Missões pode fazer-se uso das orações para a «evangelização dos povos» («Missal Romano», página 1208 e seguintes).