VIVER O DOMINGO: ao ritmo da liturgia


Segunda semana de Advento


É possível um mundo de justiça e de paz!

O Advento é tempo de esperança. Os profetas, em particular Isaías, recordam a fonte dessa esperança: Deus não abandona as suas promessas. Assim se vai delineando, entre o povo bíblico, a expectativa pela vinda do «Messias», o «Emanuel», o «Deus-connosco»; virá para concretizar, em plenitude, as promessas de Deus.
Inspirado pelo Espírito, o Messias recebe o dom mais elevado: a construção no mundo de um reino de justiça e de paz. A justiça será a sua maneira de viver (DOMINGO: «A justiça será a faixa dos seus rins»), o seu estilo de vida. Os principais beneficiários serão os infelizes e os humildes.
O Messias converterá a infelicidade em alegria (SEGUNDA: «Reinarão o prazer e o contentamento»). Não há dúvida, para nós, que esta esperança se concretiza em Jesus Cristo. Ele é a presença de Deus no meio de nós. «A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. [...] Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria» (Francisco, «O anúncio do Evangelho no mundo atual — «Evangelii Gaudium», 1). Mas, às vezes, parece que os cristãos não são pessoas alegres. Parece que nós, cristãos, preferimos outros caminhos: tortuosos (TERÇA: «Endireitem-se os caminhos tortuosos»), tristes, ressentidos, queixosos, sem vida. É «tortuoso» tudo o que não nos transmite alegria em viver.
A alegria é sinal de plenitude de vida, um sinal de que existe esperança: nasce da serenidade e da confiança em Deus. Na verdade, quem confia em Deus não se deixa vencer pelo cansaço (QUARTA: «Dá força ao que anda exausto»). Sabe que Deus nunca o abandona (QUINTA: «Não temas, Eu venho em teu auxílio»), mas está sempre presente para indicar o caminho (SEXTA: «Te conduzo pelo caminho que deves seguir») da alegria, da reconciliação (SÁBADO: «Reconciliares o coração»), da paz, da salvação.
«Temos consciência de que a liturgia é uma ação onde damos glória a Deus e recebemos a sua salvação? [...] Precisamos talvez de deixar que a fé nos transforme, de cultivar um estilo de vida paciente e de participar na liturgia com um outro sabor. Só assim é que a fé celebrada será uma autêntica luz que fará do Advento um tempo de esperança que conduz à alegria» (Mensagem do Arcebispo) de uma grande luz.

A segunda semana de Advento é dedicada à análise da nossa esperança. Caminhar à luz do Senhor é ser portador de esperança! Mas estamos num tempo onde tudo parece desacreditado. A esperança parece uma palavra vazia, sem sentido. Quais são as minhas esperanças enfraquecidas?

© Laboratório da fé, 2013

Segunda semana de Advento, no Laboratório da fé, 2013

Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 8.12.13 | Sem comentários
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