PREPARAR O DOMINGO TRIGÉSIMO PRIMEIRO
Zaqueu, no evangelho do trigésimo primeiro domingo (Ano C), torna-se, juntamente com Jesus, em personagem principal da narração. Pela sua condição de «chefe de publicanos e rico», seguramente pelas vigarices, é odiado pela gente mais «religiosa». Mas Jesus não faz aceção de pessoas. A sua «boa notícia» é para todos sem exceção: homens e mulheres, ricos e pobres, judeus e não judeus, piedosos e pecadores, sãos e doentes... Precisamente, Zaqueu, ao sentir-se acolhido, valorizado, muda a sua vida e as suas atitudes. De vigarista converte-se num homem generoso; a quem antes tinha roubado devolve «quatro vezes mais»; até é capaz de repartir a metade dos seus bens pelos pobres. Mas os «piedosos» só estão interessados em murmurar por causa de Jesus se juntar com os pecadores.
Quando fazemos aceção de pessoas, quando criticamos — mesmo que seja só interiormente — a todo aquele que é diferente, que não é «dos nossos», que não frequenta muito a igreja... ainda não entendemos o estilo de Jesus. Para Ele todos os seres humanos são merecedores da mesma dignidade (também são filhos de Abraão), a sua mensagem é integradora: todos cabem, também aquele que «estava perdido».
© Javier Velasco-Arias
© La Biblia compartida — blogue de Javier Velasco-Arias y Quique Fernández
A utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização do autor