CELEBRAR O DOMINGO TRIGÉSIMO

UMA LITURGIA SIMPLES E BELA

No início de um (novo) ano pastoral dedicado à temática da fé celebrada, iniciamos a publicação desta rubrica «CELEBRAR O DOMINGO». Apresentamos algumas sugestões para concretizar o fruto esperado deste ano pastoral: «uma liturgia simples e bela, sinal da comunhão entre Deus e os seres humanos».



Deus vê os corações

A mensagem da Palavra é que Deus vê o fundo dos corações; não se deixa levar pelas aparências, mas percebe a sinceridade do coração. No Antigo Testamento, revela-se imparcial: não faz aceção de pessoas, mas escuta todas as orações sinceras, escuta o clamor do pobre. São Paulo diz que Deus é um «justo juiz» em quem podemos confiar. A parábola evangélica do fariseu e do publicano é-nos proposta como uma advertência: não pensemos precipitadamente que somos «justos», mas, com humildade, invoquemos a misericórdia divina.



Arte de celebrar

Algumas celebrações são acolhedoras e calorosas, mas os ritos são, muitas vezes, maltratados; outras são estritamente conformes com as indicações do Missal Romano, mas com um rigor que conduz à frieza. Há um meio de conciliar ritualidade e cordialidade. A fidelidade ao rito não exclui que seja posto em prática com um cuidado de comunicar bem. O rito é tanto mais significativo, quanto mais seja «habitado»: realizado com significado e não como uma prescrição vazia de sentido. Esta maneira de «habitar» o rito conjugar-se-á com a cordialidade própria de certos momentos (acolhimento, monições, introduções, avisos).



Fé celebrada com a comunidade

  • Na nossa oração pessoal, como nas celebrações dominicais comunitárias, Jesus Cristo convida-nos a rezar com humildade. Neste domingo, façamos nossa a prece do publicano do evangelho, reconhecendo a nossa pobreza: «Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador». É também uma possibilidade para o momento penitencial
  • Na homilia, podem-se apresentar exemplos concretos da atitude diária que temos de assumir diante de Deus, para corresponder ao amor com o qual somos amados: a oração (não balbucionar fórmulas, mas dispor-se a acolher a graça divina); a atenção aos outros (não com preconceitos, mas acolher, escutar, respeitar, ajudar com sinceridade), a partilha, etc.



Fé celebrada com a catequese

As personagens evangélicas (fariseu e publicano) ensinam-nos que, para ser cristão, é preciso reconhecer-se pecador, sentir-se necessitado do amor do Pai. Trata-se de uma bela oportunidade para ajudar as crianças a compreender o gesto de bater no peito (preparação penitencial) e o sentido da expressão antes da comunhão («Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo»). Depois, aprenderão a rezar, com sinceridade, ao longo da semana: «Jesus, tu conheces o meu coração; dá-me o teu amor».

© Laboratório da fé, 2013



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Celebrar o domingo trigésimo (Ano C), no Laboratório da fé, 2013
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 25.10.13 | Sem comentários
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