Quarta-feira da décima semana


Evangelho segundo Mateus 5, 17-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus».

Não vim revogar, mas completar

É comum constatar, apoiados nos relatos evangélicos, que Jesus Cristo é acusado constantemente de não cumprir as leis judaicas; a Lei era o critério supremo de comportamento para o judeu. Ora, o texto deste dia parece indicar o contrário: «Não penseis que vim revogar a Lei».
E Jesus Cristo acrescenta: «Não vim revogar, mas completar». Aqui está a chave de interpretação do texto: «completar». O critério determinante para o cristão não é a observância escrupulosa da lei, mas a compaixão (o amor ao outro). A compaixão é a plenitude da Lei, a atitude de vida que distingue o cristão, o discípulo de Jesus Cristo.
É verdade que a lei é necessária para regular os direitos e deveres dos cidadãos. Mas a lei não é a forma ideal para estabelecer relações humanas verdadeiras e saudáveis. Entre os cristãos, há um «regulamento» mais completo: amar, ter compaixão, servir, dar-se ao outro
Às vezes, com a lei, o mais importante parece ser o que se pode ou não se pode fazer, sem dar importância à situação concreta de cada um. Com o amor, o mais importante é sempre o que se faz em favor do outro. Entre os cristãos, o humano tem de ser sempre mais importante do que o jurídico. Isto é o que Jesus Cristo designa por «completar» a lei.

© Laboratório da fé, 2013

O papa Francisco desenvolveu a sua homilia, nesta quarta-feira da décima semana, a partir da afirmação de Jesus Cristo: «Não penseis que vim revogar a Lei [...], mas completar». Esta «nova lei» inaugurada por Jesus Cristo é «fruto da Aliança» que chega à plenitude por obra do Espírito Santo: «O caminhar por esta estrada comporta riscos, mas é a única estrada da maturidade, para sair dos tempos nos quais não estamos maduros. Neste caminho rumo à maturidade da lei, que vem com a pregação de Jesus, há sempre medo: medo da liberdade que o Espírito nos dá. A lei do Espírito torna-nos livres!». 
Neste itinerário é preciso estar atento a duas tentações: a de regredir, porque nos sentimos mais seguros no passado; e a do «progresso adolescente», que nos faz sair do caminho para tentar envolver outros valores e outras leis. «Como os adolescentes que, cheios de entusiasmo, querem ter tudo, mas acabam por escorregar... É quando a estrada está coberta de gelo e o carro derrapa e sai do caminho... Nós, neste momento da história da Igreja, não podemos regredir nem sair da estrada!». [fonte: news.va]

O lema para uma nova evangelização, no Laboratório da fé
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 12.6.13 | Sem comentários
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