Sexta-feira da décima primeira semana


Evangelho segundo Mateus 6, 19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração. A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».

Não acumuleis tesouros na terra

Jesus Cristo fala da relação do ser humano com a posse de bens, de riquezas materiais. Ontem como hoje, esta relação está marcada pelo desejo que, quando se torna desmedido, resvala para a cobiça e a inveja. Hoje, a grande diferença é que tudo isto se vive numa dimensão global: cobiça e inveja globais.
Todos conhecemos que a sociedade atual coloca mais empenho no capital financeiro do que no capital produtivo. Este dedica-se a produzir bens para consumo. Aquele dedica-se a acumular riquezas, investir na bolsa, nos mercados financeiros, nas bolsas.
Talvez não esteja ao nosso alcance — ou pelo à grande maioria de nós — mudar o sistema económico da sociedade. Mas todos podemos «educar» a nossa relação com o dinheiro. A finalidade dos bens materiais tem de ser a produtividade e não a acumulação. É urgente que cada um de nós se questione sobre a forma como se relaciona com a acumulação de dinheiro.
«Não acumuleis tesouros na terra». Jesus Cristo ensina que o nosso maior «tesouro» não está no dinheiro que acumulamos, mas na capacidade de gerar uma cadeia de amor à nossa volta com todos os seres humanos.

© Laboratório da fé, 2013

Décima primeira semana, no Laboratório da fé, 2013
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 21.6.13 | Sem comentários
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