A Virgem Maria e a Igreja
Maria está associada, na descendência de Adão, a todos os homens necessitados de salvação; melhor, «é verdadeiramente Mãe dos membros (de Cristo)..., porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela cabeça». É, por esta razão, saudada como membro eminente e inteiramente singular da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade; e a Igreja católica, ensinada pelo Espírito Santo, consagra-lhe, como a mãe amantíssima, filial afecto de piedade (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 53).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
- PRIMEIRO MISTÉRIO: DESCENDENTE DE ADÃO
Maria é descendente de Adão. A personagem bíblica de Adão representa a Humanidade. Não está aqui em causa a defesa de uma qualquer teoria sobre a origem do ser humano. A Bíblia não pretende ensinar o «como», mas dar-lhe sentido. Esse sentido provém do ato criador realizado por Deus. A questão do como surgiu o ser humano está sempre sujeita a novas interpretações. Mas, para nós crentes, a origem é sempre a mesma: Deus Pai, «Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis».
- SEGUNDO MISTÉRIO: NECESSITADOS DE SALVAÇÃO
Maria ao contrário de seu Filho, teve necessidade de ser remida, pois «está associada, na descendência de Adão, a todos os homens necessitados de salvação». É verdade que o privilégio da conceção imaculada de Maria a preservou de qualquer mancha de pecado. Mas, também é verdade que a necessidade de salvação é muito mais do que a ausência de pecado. Ser salvo é ter acesso a um dom de Deus, que nos faz mergulhar no seu amor, na própria vida divina.
- TERCEIRO MISTÉRIO: MÃE DOS MEMBROS DE CRISTO
Maria é mãe dos membros de Cristo, é nossa mãe, mãe da comunidade dos cristãos que constituem o Corpo místico de Cristo. Ela acompanha os primeiros passos do nascimento da Igreja e empenha-se em animar a vida eclesial com a sua presença materna e exemplar. Maria utiliza os dons que lhe foram concedidos por Deus para realizar uma solidariedade mais completa com os irmãos de seu Filho, que já se tornaram, também eles, seus filhos (
João Paulo II, Audiência Geral de 30 de julho de 1997).
- QUARTO MISTÉRIO: MEMBRO DA IGREJA
Maria, segundo alguns, não pode ser considerada membro da Igreja, pois os privilégios que lhe foram conferidos colocam-na numa condição de superioridade. Mas o Concílio não hesita em apresentar Maria como membro da Igreja, embora precisando que o é de modo «eminente e inteiramente singular». De modo diferente de todos os outros fiéis, devido aos dons excepcionais recebidos do Senhor, a Virgem pertence à Igreja e dela é membro a título pleno (
João Paulo II, Audiência Geral de 30 de julho de 1997).
- QUINTO MISTÉRIO: EXEMPLO NA FÉ E NA CARIDADE
Maria é para os cristãos um modelo exemplar de fé e de caridade. Sem esquecer que Cristo é o primeiro modelo, o Concílio sugere que o exemplo de Maria ajuda o cristão a estabelecer uma relação autêntica com Jesus Cristo. De facto, olhando para Maria, o cristão aprende a viver numa mais profunda comunhão com Cristo, a aderir a Ele com fé viva, a repor n’Ele a sua confiança e a sua esperança, amando-O com a totalidade do seu ser (João Paulo II, Audiência Geral de 6 de agosto de 1997).
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