Virtudes de Maria
A Igreja, procurando a glória de Cristo, torna-se mais semelhante àquela que é seu tipo e sublime figura, progredindo continuamente na fé, na esperança e na caridade, e buscando e fazendo em tudo a vontade divina. Daqui vem igualmente que, na sua ação apostólica, a Igreja olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual foi concebido por ação do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também no coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os seres humanos (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 65).
Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»
- PRIMEIRO MISTÉRIO: PROCURANDO A GLÓRIA DE CRISTO
Os Padres conciliares lembram que a vida da Igreja está associada à procura da glória de Cristo. Tudo deve ser realizado para glória de Cristo, para glória de Deus. Esta consciência tem de acompanhar cada palavra e cada gesto de todos os membros da Igreja, imitando aquela «que é seu tipo e sublime figura», Maria. A Igreja se não tiver como objetivo procurar a glória de Cristo, mas antes buscar outros interesses ou o seu próprio louvor, coloca-se fora da lógica evangélica, coloca-se fora da sua missão.
- SEGUNDO MISTÉRIO: PROGREDINDO NA FÉ, NA ESPERANÇA E NA CARIDADE
Maria é para a Igreja modelo de fé, esperança e caridade. Ela precede os cristãos na adesão à palavra. Encoraja-os e guia-nos na esperança. Inspira-os a viver na caridade. Observando a situação da primeira comunidade cristã, descobrimos que a unanimidade dos corações, manifestada à espera do Pentecostes, está associada à presença da Virgem Santa. E graças precisamente à caridade irradiante de Maria é possível conservar em todos os tempos no interior da Igreja a concórdia e o amor fraterno (cf.
João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
- TERCEIRO MISTÉRIO: NASCER E CRESCER NO CORAÇÃO DOS FIÉIS
Segundo a expressão do Beato mártir carmelita Tito Brandsma, pomo-nos em profunda sintonia com Maria, tornando-nos como Ela transmissores da vida divina: «Também a nós o Senhor envia o seu anjo... também nós devemos receber Deus nos nossos corações, levá-lo dentro dos nossos corações, nutri-lo e fazê-lo crescer em nós de tal forma que ele nasça de nós e viva connosco como Deus-connosco, o Emanuel» (João Paulo II, Mensagem à ordem do Carmelo, a 25 de março de 2001).
- QUARTO MISTÉRIO: EXEMPLO DE AFETO MATERNAL
A Igreja, na sua missão apostólica, volta o seu olhar para Maria, animada pelo seu afeto maternal. Maria foi uma educadora admirável. Na pessoa de Maria, a Igreja adquire um rosto materno mais concreto. Para compreendermos até que ponto a Igreja nos ama como mãe, basta-nos fixar o olhar da Virgem, que se debruça amorosa e ternamente sobre nós. Graças à maternidade de Nossa Senhora, a maternidade da Igreja torna-se mais real e mais familiar (Jean Galot).
- QUINTO MISTÉRIO: MISSÃO APOSTÓLICA
O II Concílio do Vaticano na Constituição Dogmática sobre a Igreja põe em evidência expressamente o papel de exemplaridade, desempenhado por Maria em relação à Igreja na sua missão apostólica. Depois de ter cooperado na obra de salvação com a maternidade, com a associação ao sacrifício de Cristo e com a ajuda materna à Igreja nascente, Maria continua a sustentar a comunidade cristã e todos os crentes no generoso empenho pelo anúncio do Evangelho (
João Paulo II, Audiência Geral de 3 de setembro de 1997).
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