Maria na infância de Jesus


Esta associação da mãe com o Filho na obra da salvação, manifesta-se desde a conceição virginal de Cristo até à Sua morte. Primeiro, quando Maria, tendo partido solicitamente para visitar Isabel, foi por ela chamada bem-aventurada, por causa da fé com que acreditara na salvação prometida, e o precursor exultou no seio de sua mãe (cf. Lucas 1, 41-45); depois, no nascimento, quando a Mãe de Deus, cheia de alegria, apresentou aos pastores e aos magos o seu Filho primogénito, o qual não só não lesou a sua integridade, mas antes a consagrou. E quando O apresentou no templo ao Senhor, com a oferta dos pobres, ouviu Simeão profetizar que o Filho viria a ser sinal de contradição e que uma espada trespassaria o coração da mãe, a fim de se revelarem os pensamentos de muitos (cf. Lucas 2, 34-35). Ao Menino Jesus, perdido e buscado com aflição, encontraram-n'O os pais no templo, ocupado nas coisas de Seu Pai; e não compreenderam o que lhes disse. Mas sua mãe conservava todas estas coisas no coração e nelas meditava (cf. Lucas 2, 41-51) (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 57).

Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»


  • PRIMEIRO MISTÉRIO: MARIA PARTE SOLICITAMENTE PARA VISITAR ISABEL
No relato da Visitação, Lucas mostra como a graça da Encarnação, depois de ter inundado Maria, leva salvação e alegria à casa de Isabel. Com a sua visita a Isabel, Maria realiza o prelúdio da missão de Jesus e, ao colaborar já desde o início da sua maternidade na obra redentora do Filho, transforma-se no modelo daqueles que na Igreja se colocam a caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens e mulheres de todos os lugares e de todos os tempos (João Paulo II, Audiência Geral de 2 de outubro de 1996).

  • SEGUNDO MISTÉRIO: MARIA É BEM-AVENTURADA POR CAUSA DA FÉ
Isabel sentiu a alegria messiânica e «cheia do Espírito Santo exclamou em alta voz: ‘Bendita és tu’». A exclamação de Isabel manifesta um verdadeiro entusiasmo religioso, que a prece da Ave Maria continua a fazer ressoar nos lábios dos cristãos, como cântico de louvor da Igreja pelas maravilhas que Deus fez na Mãe do seu Filho. Isabel indica a razão da bem-aventurança de Maria por causa da sua fé. A grandeza e a alegria de Maria tem origem no facto de ela ser aquela que acreditou (João Paulo II, Audiência Geral de 2 de outubro de 1996).

  • TERCEIRO MISTÉRIO: OS PASTORES NO NASCIMENTO DE JESUS
Os pastores são eleitos por Deus para serem os primeiros destinatários da boa nova do nascimento do Salvador. A mensagem que o anjo lhes dirige é um convite à alegria. A notícia do nascimento de Jesus representa para eles o grande sinal da benevolência divina para com os seres humanos. No divino Redentor, contemplado na pobreza da gruta de Belém, pode-se descobrir um convite a aproximar-se com confiança daquele que é a esperança da humanidade (João Paulo II, Audiência Geral de 20 de novembro de 1996).

  • QUARTO MISTÉRIO: MARIA, NO TEMPLO, APRESENTA JESUS
No episódio da Apresentação, pode-se ver o encontro da esperança de Israel com o Messias. Também se pode descobrir um sinal profético do encontro do ser humano com Cristo. O Espírito Santo torna-o possível, suscitando no coração humano o desejo desse encontro salvífico e favorecendo a sua realização. E não podemos esquecer o papel de Maria, que entrega o Menino ao santo ancião Simeão. Por vontade de Deus, é a Mãe que dá Jesus aos homens (João Paulo II, Audiência Geral de 11 de dezembro de 1996).

  • QUINTO MISTÉRIO: JESUS É ENCONTRADO NO TEMPLO PELOS PAIS
Como última página das narrações da infância, o evangelista Lucas apresenta o episódio da peregrinação de Jesus adolescente ao Templo de Jerusalém. Trata-se de uma singular circunstância, que elucida os longos anos da vida escondida em Nazaré. Nessa ocasião, Jesus, com a Sua forte personalidade, revela a consciência da Sua missão, conferindo a este segundo «ingresso» na «casa do Pai» o significado de uma completa doação a Deus, a qual já havia caracterizado a Sua apresentação no Templo (João Paulo II, Audiência Geral de 15 de janeiro de 1997).

  • TRÊS AVE MARIAS FINAIS
Nesta semana da vida, peçamos a Maria que nos ajude a dar mais vida à nossa vida. Maria é a Mãe de todos os que renascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao gerar a Vida, gerou de certo modo todos aqueles que haviam de viver dessa Vida (João Paulo II, Carta Encíclica «O Evangelho da Vida», 138).

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Maio, mês de Maria, 2013 — Laboratório da fé

Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 13.5.13 | Sem comentários
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