— Todo tiene su momento - blog de Pedro Jaramillo —

Sexta-feira da segunda semana


— Evangelho segundo Mateus 21, 33-43.45-46

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’. Agarraram-no, levaram-no para fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta.

— «A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular»

A parábola faz um sumário da sorte que tiveram os enviados na história do Povo de Israel. A vinha é a imagem bíblica frequente para designar o povo. Os cuidados com a vinha são expressão dos cuidados de Deus com Israel.
Os «enviados» para recolher os frutos são uma recordação de que a vinha (o povo) não é dos arrendatários (os governantes); é do verdadeiro dono (Deus). Os enviados são empacados e mortos... O dono pensa na estratégia de um «enviado superior»: o seu próprio filho. Era boa a «lógica» do pai: «irão respeitar o meu filho».
Contudo, a reação dos arrendatários é violenta. O motivo é descarado demais: matar o herdeiro, para ficar com a herança. Que fará o dono com aqueles que mataram o seu filho? Reitar-lhes-á a vinha para a arrendar a outros vinhateiros.
Claro como a água! Mas se alguém não entendeu, o próprio Jesus explica: «'A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular' [...]. Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». A polémica está servida. Jesus anuncia o fim da exclusividade judaica em relação à salvação e declara-se como «filho». 
O resultado reflete-se na reação dos sacerdotes e dos fariseus: entendem que a parábola é para eles e «queriam prendê-l'O». No entanto, Mateus refere que não o fizeram por medo: o povo considerava-O profeta.

— Sinais para o caminho de fé

  • A nossa fé é «cristã», porque aceitamos o Filho como o Enviado do Pai.
  • Como Enviado, Jesus mostra-nos o Pai (o verdadeiro dono da vinha); e, nele que é o Filho, torna-nos filhos com ele. Uma realidade de fé que fará Paulo dizer: «filhos e herdeiros; herdeiros de Deus, co-herdeiros com Cristo» (Romanos 8, 17).
  • Por isso, a nossa fé diz-nos que, em Cristo, Deus deu-nos tudo. Deixamos de ser «arrendatários» da vinha, para nos convertermos em co-herdeiros das promessas salvadoras de Deus.
  • Não temos uma fé de escravos, mas de filhos. A fé não nos introduz no temor, mas na profundidade do amor.
  • Como «filhos no Filho» e «co-herdeiros com Ele», também nós somos enviados. E dispostos a tudo. Alguns poderão dizer: «aí vem o sonhador»... Seria sinal de que «não estamos longe do Reino de Deus». Um «sonho» que se pode tornar realidade.
© Pedro Jaramillo
© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
— a utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização do autor —



Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 1.3.13 | Sem comentários
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