— Todo tiene su momento - blog de Pedro Jaramillo —

Terça-feira da primeira semana


— Evangelho segundo Mateus 6, 7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».

— «Seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu»

A oração do Pai nosso é apresentada por Mateus depois de, novamente, ter advertido sobre a inutilidade de uma oração sem interioridade. Pede aos discípulos para «não serem charlatães» na oração como os pagãos. E desmonta a razão de uma oração convertida em pura agitação: «pensam que serão atendidos por falarem muito». Segue-se uma advertência séria: «Não sejais como eles». Assim, incisivo! A razão? O vosso Pai sabe o que precisais antes de lho pedirdes. Assim, simples!
Depois da oração do Pai nosso, vem outra exortação própria de Mateus, sobre o perdão. Uma das petições é: «perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». E acrescenta Mateus: se vós perdoais, sereis perdoados; mas se não perdoais aos outros, também o Pai não vos perdoará.
Tanto a introdução como o final são de grande importância para aprofundar mais a oração do Senhor. O «seja feita a vossa vontade» é a petição que une o texto evangélico de hoje com a primeira leitura. Recordamos: a Palavra não volta para o Pai, sem antes ter feito cumprir a sua vontade. E nós pedimos-lhe até à saciedade (será que acreditamos?): «seja feita a vossa vontade».

— Sinais para o caminho de fé

  • Pela fé reconhecemos os outros como filhos do mesmo Pai e nossos irmãos. A fé faz com que não nos sintamos afastados de ninguém, na nossa vida. Pela fé, chamamos a Deus Pai; e, pela fé, temo-nos uns aos outros como irmãos. Filhos e irmãos. Filiação e fraternidade.
  • A súplica para que a vontade de Deus se realize sempre converte-se também num compromisso de fé. A fé faz-nos ver na vontade de Deus um projeto de vida pessoal e comunitária. Pela fé, temos a certeza que Deus nos ajudará no cumprimento desse projeto.
  • A fé e a oração. Orar com fé é orar com confiança. E orar com confiança supõe saber entregar a nossa vida nas mãos de Deus: «como uma criança nos braços da sua mãe» (Salmo 131, 2). A fé na oração não se mostra nos «charlatães», os que se contentam em fazer barulho. Mostram-na os que deixam que Deus lhes fale no silêncio interior. E, nesse mesmo silêncio, aprendem a responder.
  • A fé e o perdão. Perdoar é acolher, mesmo depois da ofensa. Só a fé no Deus que acolhe e perdoa pode tornar-nos acolhedores e perdoadores de coração. «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso». Jesus coloca-nos a «fasquia muito alta».
© Pedro Jaramillo
© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
— a utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização do autor —



Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 19.2.13 | Sem comentários
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