A catequese no Laboratório da fé


A prática da catequese tem sido evidenciada como um dos campos do Laboratório da Fé mais promissores, pois terá que estar sempre em contínua expansão. Existem expetativas muito elevadas no que concerne à aplicação da catequese como meio de evangelizar a vida das crianças, dos jovens e de todos aqueles que se dispõem a crescer no cruzamento da sua vida com a fé em Deus.
nanoFé, como lhe chamo, não é uma fé pequena que é necessária aumentar. A nanoFé é, por exemplo à semelhança da nanotecnologia, o talento de perceber a grandeza do que é pequeno em mim. A capacidade física de perceber que no nosso corpo celeste existem mil e uma possibilidades espirituais de dizer que creio em Deus de Todos, que de tão grande revela a minha exiguidade.
Esta é a fé que gosto de contar na catequese: narrar a confiança em alguém único, com a consciência do meu corpo que ainda luciluz pouco no caminho da vida.
Assim, o nanoCredo é o credo dos pequenos, um credo em gestação, um credo que não incorpora o definitivo e que se constrói no amadurecimento da relação com Deus e com o viver do evangelho. Um credo cuja grandeza do seu dizer está na evidência da minha pequenez, que tal como as crianças se colocam na condição de aprendiz, eu me estabeleço em igualdade de principiante de Deus.

Este ano, no final de uma sessão da catequese o Jorge Gabriel perguntou-me:
— Como sabes que Deus existe?
Disse-lhe, então, que sabia que existe porque Ele é tão poderoso no seu amor que não me deixa sem O acreditar.
A pergunta do Jorge Gabriel é a pergunta constante do crente no laboratório da nanoFé.
nanoCredo, que replica a esta pergunta, é proclamado no silêncio da minha oração diária, e assim explicitado às crianças:

Creio
em ti,
pai maternal
amor poderoso,
criador do inútil e do imperfeito,
de todas as coisas nano e mínimas.

© Luísa Alvim, catequista de coisas invisíveis na terra visível
© Laboratório da fé, 2012


  • O nanoCredo publicado no Laboratório da fé [1] [2] [3] [4] 


Sala de catequese: catequista e crianças




catequista de coisas invisíveis na terra visível


Luísa Alvim, mãe de 3 filhos, sonhadora do impossível, é catequista de coisas invisíveis na terra visível, na paróquia de S. Victor, em Braga. Técnica superior na área de Biblioteca e Documentação na Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, desde 1995. Atualmente trabalha na Casa de Camilo - Museu e Centro e Estudos. Licenciada em Filosofia, pós-graduada em Ciências Documentais, Mestre em Ciência da Informação, e Doutoranda em Ciência da Informação e membro integrado do Centro e Investigação CIDEHUS na Universidade de Évora.
Outros artigos publicados no Laboratório da fé




Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 23.11.12 | Sem comentários
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