PREPARAR O DOMINGO VIGÉSIMO TERCEIRO
7 DE SETEMBRO DE 2014
Ezequiel 33, 7-9
Eis o que diz o Senhor: «Filho do homem, coloquei-te como sentinela na casa de Israel. Quando ouvires a palavra da minha boca, deves avisá-los da minha parte. Sempre que Eu disser ao ímpio: ‘Ímpio, hás de morrer’, e tu não falares ao ímpio para o afastar do seu caminho, o ímpio morrerá por causa da sua iniquidade, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte. Se tu, porém, avisares o ímpio, para que se converta do seu caminho, e ele não se converter, morrerá nos seus pecados, mas tu salvarás a tua vida».
Quando ouvires a palavra da minha boca
O livro de Ezequiel, como toda a literatura profética bíblica, encontra-se profundamente enraizado na história do povo de Deus. O profeta foi deportado para a Babilónia depois da primeira invasão de Jerusalém pelos exércitos do império neobabilónico. A tarefa do profeta é dramática: trata-se de anunciar o fim das grandes instituições que estruturavam o povo de Deus — o templo, a realeza — e a destruição da cidade santa de Jerusalém.
O fragmento proposto para primeira leitura do vigésimo terceiro domingo (Ano A) apresenta a missão profética em relação com o povo de Deus. O profeta foi posto como «sentinela», como vigilante que faz a guarda para evitar que sejam atacados de surpresa. A sua responsabilidade para com o povo é muito grande: se não está profundamente atento à palavra de Deus, que pede a conversão — o regresso ao único objetivo válido e digno da vida, que é o próprio Deus —, a responsabilidade dos males que podem acontecer cairá sobre o profeta. A tarefa é: «quando ouvires a palavra da minha boca, deves avisá-los»; se for escutada levará à conversão. A outra opção é a morte.
© Joan Ferrer, Misa dominical
© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2014
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