Texto de reflexão para o domingo da solenidade de são pedro e são paulo
34. Não há dúvida que a Eucaristia dominical não possui, em si própria, um estatuto diferente daquela que se celebra em qualquer outro dia, nem pode ser separada do conjunto da vida litúrgica e sacramental. Esta é por sua natureza uma epifania da Igreja, que tem o seu momento mais significativo quando a comunidade diocesana se reúne em oração com o próprio Pastor: «A principal manifestação da Igreja se faz numa participação perfeita e ativa de todo o Povo santo de Deus na mesma celebração litúrgica, especialmente na mesma Eucaristia, numa única oração, ao redor do único altar a que preside o Bispo rodeado pelo presbitério e pelos ministros». A relação com o Bispo e com a comunidade eclesial inteira está presente em cada celebração eucarística, mesmo sem ser presidida pelo Bispo, em qualquer dia da semana que for celebrada. Expressão disso é a menção do Bispo na Oração Eucarística. A Eucaristia dominical, porém, com a obrigação da presença comunitária e a solenidade especial que a caracteriza precisamente por ser celebrada «no dia em que Cristo venceu a morte, e nos fez participantes da sua vida imortal», manifesta com maior ênfase a própria dimensão eclesial, tornando-se paradigmática para as demais celebrações eucarísticas.