A salvação em Jesus Cristo. «’Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual no alto dos céus, nos abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo’. Estas palavras da Carta aos Efésios revelam o eterno desígnio de Deus Pai, o seu plano de salvação do ser humano em Cristo. É um plano universal, que concerne todos os humanos criados à imagem e semelhança de Deus» (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho, 7).
Maria tem lugar singular no plano da Salvação. «O plano divino da salvação, que nos foi revelado plenamente com a vinda de Cristo, é eterno. Ele é também algo que está eternamente ligado a Cristo. Ele compreende em si todos os homens; mas reserva um lugar singular à ‘mulher’ que foi a Mãe d'Aquele ao qual o Pai confiou a obra da salvação. […] Maria é introduzida no mistério de Cristo definitivamente mediante aquele acontecimento que foi a Anunciação do Anjo» (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho, 7-8).
Maria é «bendita entre as mulheres». «A Virgem de Nazaré é chamada também a ‘bendita entre as mulheres’, isso explica-se por causa daquela bênção com que ‘Deus Pai’ nos cumulou ‘no alto dos céus, em Cristo’. É uma bênção espiritual, que se refere a todos os seres humanos. […] Mas esta bênção refere-se a Maria em medida especial e excecional: ela, de facto, foi saudada por Isabel como ‘a bendita entre as mulheres’» (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho, 8).
Maria é a «cheia de graça». «A Anunciação é a revelação do mistério da Incarnação exatamente no início da sua realização na terra. A doação salvífica que Deus faz de si mesmo e da sua vida […] atinge no mistério da Incarnação um dos seus pontos culminantes. […] Maria é a ‘cheia de graça’, porque a Incarnação do Verbo […] se realiza e se consuma precisamente nela» (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho, 9).
Maria é sinal da eleição divina. «Maria permanece diante de Deus e também diante de toda a humanidade como o sinal imutável e inviolável da eleição por parte do mesmo Deus, de que fala a Carta paulina: ‘em Cristo nos elegeu antes da criação do mundo ... e nos predestinou para sermos seus filhos adotivos’. Esta eleição é mais forte do que toda a experiência do mal e do pecado […]. Nesta história, Maria permanece um sinal de segura esperança» (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho, 11).
© Laboratório da fé, 2014
Maio 2014 — Mês de Maria: Feliz daquela que acreditou | 26 — pdf