Texto de reflexão para o quinto domingo de páscoa
2. A ressurreição de Jesus é o dado primordial sobre o qual se apoia a fé cristã (cf. 1Coríntios 15, 14): estupenda realidade, captada plenamente à luz da fé, mas comprovada historicamente por aqueles que tiveram o privilégio de ver o Senhor ressuscitado; acontecimento admirável que não só se insere, de modo absolutamente singular, na história humana, mas que se coloca no centro do mistério do tempo. Com efeito, a Cristo «pertence o tempo e a eternidade», como lembra o rito de preparação do círio pascal, na sugestiva liturgia da noite de Páscoa. Por isso, a Igreja, ao comemorar, não só uma vez ao ano mas em cada domingo, o dia da ressurreição de Cristo, deseja indicar a cada geração aquilo que constitui o eixo fundamental da história, ao qual fazem referência o mistério das origens e o do destino final do mundo. Portanto, pode-se com razão dizer, como sugere a homilia de um autor do século IV, que o «dia do Senhor» é o «senhor dos dias». Todos os que tiveram a graça de acreditar no Senhor ressuscitado não podem deixar de acolher o significado deste dia semanal, com o grande entusiasmo que fazia S. Jerónimo dizer: «O domingo é o dia da ressurreição, é o dia dos cristãos, é o nosso dia». De facto, é para os cristãos o «principal dia de festa».