PREPARAR O DOMINGO QUINTO DA QUARESMA
6 DE ABRIL DE 2014
Ezequiel 37, 12-14
Assim fala o Senhor Deus: «Vou abrir os vossos túmulos e deles vos farei
ressuscitar, ó meu povo, para vos reconduzir à terra de Israel. Haveis
de reconhecer que Eu sou o Senhor, quando abrir os vossos túmulos e
deles vos fizer ressuscitar, ó meu povo. Infundirei em vós o meu
espírito e revivereis. Hei-de fixar-vos na vossa terra e reconhecereis
que Eu, o Senhor, digo e faço».
Infundirei em vós o meu espírito e revivereis
O profeta é conduzido a um vale pelo Espírito de Deus. Aí, experimenta a visão da nova vida criada pela soberania de Deus. O vale está cheio de ossos ressequidos. Os ossos não têm em si mesmos nenhum poder de vida. A pergunta é: Estes ossos poderão viver? Esta é sempre a grande questão de Israel! Os exilados podem ser resgatados? Os cegos podem ver? Os pobres podem alegrar-se? A vida pode vencer a realidade da morte? Há alguma possiblidade de futuro para os que estão no poder da morte?
Só Deus tem a resposta para estas questões, porque só Deus tem o poder de dar a vida.
Então, o profeta é convidado a convocar o vento para que sopre vida, novidade e possibilidades.
A profecia deixa bem claro que só Deus cria vida nova; pela palavra do profeta chega a novidade de Deus e esta palavraé uma palavra humana concreta; o mandato de Deus e a palavra do profeta evocam uma ressurreição para uma nova vida.
Em seguida, relaciona a profecia com a realidade da vida de Israel: os ossos são Israel; o vale é o exílio; o poder soberano de Deus pode fazer com que os deportados de Israel regressem a casa. A ressurreição é, aqui, a capacidade de Deus trazer uma novidade absoluta e inesperada ao coração da história.
© Joan Ferrer, Misa dominical