VIVER O DOMINGO DO BATISMO DE JESUS
SEMANA 12 A 18 DE JANEIRO DE 2014 — AO RITMO DA LITURGIA
SEMANA 12 A 18 DE JANEIRO DE 2014 — AO RITMO DA LITURGIA
Domingo, 12 — Isaías 42, 1-4.6-7: LUZ DAS NAÇÕES
O Servo veio para ser «a luz das nações» (DOMINGO). A sua missão é universal. A novidade da ação deste Servo reflete-se em não levar a cabo a sua tarefa usando a força ou as armas, mas usando de mansidão com o débil e o vacilante, ao mesmo tempo que será firme e determinado em cumprir o mandato.
O Servo é o eleito de Deus: o próprio Deus tomou-o pela mão. A salvação oferecida por Deus, uma vez mais, não segue os caminhos apontados pelos humanos (SEGUNDA: «Ana chorava e não comia»), mas tem o seu próprio caminho, que passa pelo inesperado (TERÇA: «O Senhor lembrou-se dela») e pelo surpreendente.
O batismo de Jesus Cristo aparece como ponto de partida desta vida de serviço aos outros, que acabará no batismo de sangue, na cruz. Daí brotará vida para todos, vida em abundância. Este percurso de Jesus Cristo é o modelo mais perfeito para a nossa maneira de viver (QUARTA: «Aqui estou! Falai, Senhor, que o vosso servo escuta»). Para nós, o Batismo também é o início de um caminho e de uma missão: ser discípulos de Jesus Cristo.
O grande problema surge quando nos recusamos a ser luz, a iluminar a nossa família, os nossos companheiros de trabalho, os amigos, os momentos de diversão. O problema surge quando queremos esconder a luz que nos habita ou quando apenas deixamos que ilumine de uma forma ténue, tímida. E saímos derrotados (QUINTA: «Foram vencidos»), vencidos pela «escuridão» (SEXTA: «Um rei»)!
Durante esta semana, procura a vela do teu Batismo e dos teus familiares, coloca-as num lugar visível da casa; em cada dia, reuni-vos em família; acendei as velas do Batismo; rezai junto o Pai nosso; recordai o Batismo; procurai saber o dia da celebração do vosso Batismo; festejai-o.
Pelo Batismo, recebemos a «luz da fé», como um grande dom oferecido pelo Pai, trazido por Jesus Cristo, atualizado pelo Espírito Santo (SÁBADO: «Foi o Senhor que te ungiu»). Ao longo deste ano litúrgico estamos a insistir na temática da luz, tendo por base textos do profeta Isaías. No Advento colocamos diante de nós um desafio: «Caminhemos à luz do Senhor». No Natal tivemos oportunidade de acolher «uma grande luz». Agora, continuaremos a seguir a luz, como «o grande dom trazido por Jesus», a «luz da fé» como a designa o papa Francisco, na sua primeira Encíclica. Será através dela que vamos refletir nos próximos domingos.
O Batismo dá-te força e luz. Sentes-te iluminado, com a luz que vem de Jesus Cristo?
Segunda, 13 – 1Samuel 1, 1-8: ANA
Ana é esposa de Elcana que tem uma segunda mulher, Fenena. Esta tem dois filhos; Ana é estéril. Fenena serve-se desta situação para ofender Ana com as suas palavras. É o início do Primeiro Livro de Samuel que dá o «pontapé de saída» para o desenvolvimento da História da Salvação. Estamos a cerca de dez séculos de Jesus Cristo. Prepara-se uma viragem na história do povo bíblico. O período dos «juízes» está a terminar para dar lugar ao tempo dos Reis e dos profetas! O texto começa com a referência à situação delicada em que se encontra Ana. Numa situação desfavorável, «Ana chorava e não comia». Será que vai desistir?Terça, 14 – 1Samuel 1, 9-20: SAMUEL
Ana entra no santuário para expor diante de Deus toda a sua dor e tristeza. Até o sacerdote Heli a vai tomar por uma vadia e embriagada. Mas a fé desta mulher é forte. Ela ousa esperar tudo de Deus, mesmo que possa ser desprezada e rejeitada. E diz: «o excesso da minha dor e da minha aflição é que me fez falar até agora». A atitude de Ana é surpreendente. Apesar do sarcasmo de Fenena e das recriminações de Heli, espera tudo de Deus. O excesso da sua dor não a desencoraja, mas projeta-a para o coração de Deus. «O Senhor lembrou-se dela. Ana concebeu e, decorrido o tempo, deu à luz um filho, a quem deu o nome de Samuel».Quarta, 15 – 1Samuel 3, 1-10.19-20: AQUI ESTOU!
É impressionante a disponibilidade de Samuel. Mal se sente chamado, levanta-se. Nunca hesita. Repete-o três vezes com a mesma diligência. O texto revela-nos que Samuel ainda não conhecia o Senhor. E nós conhecêmo-lo? Com a ajuda do seu mestre (Heli), Samuel coloca-se à escuta de Deus. Fixemo-nos nas qualidades de Samuel: prontidão, dedicação, disponibilidade, confiança, acolhimento, disponibilidade e escuta. Trata-se de um apelo que brota do interior. Não se sabe muito bem de onde vem, mas também não é o mais importante. O principal está na resposta. «Aqui estou! Falai, Senhor, que o vosso servo escuta»!Quinta, 16 – 1Samuel 4, 1-11: VENCIDOS
Os filisteus eram inimigos de Israel devido a questões territoriais. Habitavam nas cidades de Gaza, Áscalon, Asdod, Gat e Ecron, na costa sudoeste. Na tradição daquela época e cultura, a guerra entre os povos eram ao mesmo tempo uma guerra entre «deuses». Neste caso, a guerra entre filisteus e israelitas era a guerra, na ótica bíblica, uma guerra entre Deus e os ídolos. «Os israelitas foram vencidos». Terá sido também vencido o Deus de Israel? A vontade de manipular Deus em seu favor transformou-se em derrota do povo de Israel.Sexta, 17 – 1Samuel 8, 4-7.10-22a: UM REI
O povo quer um rei. Samuel fica irritado e enumera todas as consequências negativas relacionadas com a realeza. Não há nada a fazer: as outras nações têm um rei; Israel também quer um rei. Deus não se opõe: «Faz o que eles querem e dá-lhes um rei». Não é isso que acontece, hoje, connosco? Deus não se opõe às nossas decisões. Deixa-nos livres, mesmo quando as consequências das nossas escolhas podem ser nefastas. Queremos ser como os outros. Queremos «um rei» (ídolos). E caímos na tentação de colocar de lado o verdadeiro «Rei» (Deus).Sábado, 18 – 1Samuel 9, 4-17.19; 10, 1a: SAUL
Saul é «jovem e belo». No entanto, era da tribo de Benjamim, a mais pequena das doze tribos de Israel. Os acontecimentos que conduzem à consagração de Saul como rei de Israel parecem casuais; mas, na realidade, são guiados por Deus. «Foi o Senhor que te ungiu». Saul senta-se no lugar de honra em casa de Samuel. Os acontecimentos da nossa vida podem parecem casuais; mas, na realidade, são guiados por Deus. «Foi o Senhor que te ungiu». No Batismo, somos consagrados como «filhos de Deus».© Laboratório da fé, 2014