CELEBRAR O DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA
UMA LITURGIA SIMPLES E BELA
Apresentamos algumas sugestões para concretizar o fruto esperado deste ano pastoral: «uma liturgia simples e bela, sinal da comunhão entre Deus e os seres humanos».
Uma vida familiar harmoniosa
- A mensagem de Deus assume um tom simples, mais familiar. Deus é o Deus do quotidiano, atento a todas as etapas da vida. Bem longe de qualquer polémica! Através das vicissitudes da vida, Maria e José situam-se num contexto de mudança que os conduz até Deus, um Deus que é relação.
- Antes de nos maravilharmos com a entrada de um Ano Novo, celebramos o Menino e os seus pais, a Sagrada Família, contemplada no quotidiano vivido com amor e nas dificuldades enfrentadas, até as mais estranhas. Os sábios da Bíblia dão conselhos para uma vida familiar harmoniosa, no respeito pela dignidade de cada um dos seus membros. Paulo completa esses ensinamentos convidando a agir, em Igreja e em família, em comunhão com o Senhor Jesus Cristo. O relato da fuga para o Egito mostra como Jesus vive a história do seu povo, assume a totalidade da existência humana.
Arte de celebrar
O QUE SE VÊ. A liturgia envolve todos os sentidos do ser humano. Quando entramos numa igreja, num local de culto, aquilo que vejo dá-me indicações sobre a vida da comunidade que me acolhe e sobre o «acontecimento» que se vive na celebração em que vou participar. Desde a porta de entrada, à luminosidade, aos painéis informativos, aos documentos distribuídos, ao rosto das pessoas que fazem o acolhimento, tudo me faz perceber que sou bem-vindo naquele espaço litúrgico. Na igreja, os arranjos florais, a cruz iluminada, um vitral ou uma mesa, as velas acesas, a Sagrada Escritura ou o livro das leituras aberto no local próprio, o pão e o vinho preparados, são sinais que sugerem que sou convidado a participar na refeição da Aliança. O que se vê ao entrar na nossa igreja?
© Laboratório da fé, 2013
Fé celebrada com a comunidade
- «Uma grande luz»! — é a temática proposta para acompanhar a celebração e vivência do tempo de Natal, apoiada nos textos bíblicos da primeira leitura. Somos convidados a celebrar «uma grande luz» que nos visita, depois de termos caminhado «à luz do Senhor» (Advento). Para o início da celebração (procissão de entrada), seguimos a mesma proposta dos domingos de Advento: entrada em silêncio; breve paragem no meio da assembleia; proclamação da frase-chave («Será atendido na sua oração»); cântico de entrada.
- É Natal! Este domingo prolonga o Natal, prolonga a celebração do mistério da Incarnação. A Sagrada Família é apresentada como exemplo, para inspirar a nossa maneira de viver. Mas convém não exagerar! Nem tudo foram rosas, na vida da família de Nazaré, como acontece com as famílias dos tempos atuais, as nossas famílias. Além disso, não podemos esquecer o motivo principal da celebração: o mistério do Natal, isto é, Deus faz-se humano, no seio de uma família.
- Rezar pelas famílias: uma prece especial, na Oração Universal, sobre as famílias, sobre as dificuldades vividas no tempo presente, sobre os filhos, sobre o amor. Depois, na «oração sobre os dons», oferecemos a eucaristia pelas famílias («...as nossas famílias se confirmem na vossa paz e na vossa graça»). Duas ou três famílias participam na apresentação dos dons e permanecem junto do altar até à recitação da oração do Pai nosso.
Fé celebrada com a catequese
- Em família. A Sagrada Família dá o exemplo. E são Paulo convida a viver unidos no amor. Em Jesus Cristo, pelo Batismo, somos irmãos de Jesus Cristo, irmãos uns dos outros e filhos do mesmo Pai. Para assinalar esta dimensão «familiar», as crianças, antes da oração do Pai nosso, podem-se aproximar do presépio (ou do altar). E rezar juntos de mãos dadas para expressar que fazemos parte da mesma família: a família dos filhos de Deus.
© Laboratório da fé, 2013