Segunda-feira da segunda semana de advento


Isaías 35, 1-10 


Alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron. Verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus. Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes. Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem, não temais: Aí está o vosso Deus, que vem para fazer justiça e dar a recompensa. Ele próprio vem salvar-vos». Abrir-se-ão os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. As águas brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície; a terra seca transformar-se-á em lago e a terra sequiosa em nascentes de água. No covil dos chacais crescerão canas e juncos. Aí haverá uma estrada, que se chamará «caminho sagrado»; nenhum homem impuro passará por ele e nele os insensatos não se perderão. Nesse caminho não haverá leões, nem andarão por ali animais ferozes. Por ele caminharão os resgatados e voltarão os que tiver libertado o Senhor. Hão-de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos.

Reinarão o prazer e o contentamento

Uma maravilha oferecida à nossa contemplação neste dia! Um autêntico hino de louvor proposto pelo profeta Isaías! O que está em causa é a transformação positiva de tudo, graças à ação de Deus. Numa frase: tudo o que está em situação de carência ou de desfavorecimento aparentemente irremediável terá uma reviravolta para uma situação positiva, no melhor dos mundos possíveis
A conclusão final é o resumo da profecia: «Reinarão o prazer e o contentamento». Estas duas palavras — prazer e contentamento — estão frequentemente afastadas do âmbito litúrgico e cristão. Falar de prazer era conotado com uma situação egoísta, desagradável a Deus. O contentamento era visto da mesma forma, numa espiritualidade que privilegiava o sofrimento e a tristeza. 
Nos últimos tempos, a Igreja tem sido sacudida pelas expressões de alegria protagonizadas pelo papa Francisco. Recuperar a alegria é fundamental para encontrar a esperança e o sentido cristão da vida. A alegria é sinal de plenitude de vida, um sinal de que existe esperança: nasce da serenidade e da confiança em Deus.
Há um prazer evidente na preparação dos momentos de festa. Apesar do cansaço, queremos proporcionar um bom ambiente à nossa volta, um ambiente festivo, alegre. Colocamos a melhor decoração em toda a casa. Procuramos o presente ideal e preparamos a sobremesa a que ninguém será capaz de resistir. Entretanto, vivemos uma espera jubilosa. 
É este o convite que nos dirige o profeta Isaías! Deus anuncia a sua vinda. Ele vem habitar no meio de nós. Ele vem à nossa vida. «Reinarão o prazer e o contentamento». 

© Laboratório da fé, 2013



  • Reflexão proposta em 2012 a partir do evangelho (Lucas 5, 17-26) > > >





Segunda-feira da segunda semana de Advento, Laboratório da fé, 2013
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 9.12.13 | Sem comentários
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