La Biblia compartida — blogue de Javier Velasco-Arias y Quique Fernández
Tudo o que temos recebido é para usufruto, isto é, não me pertence. Administrá-lo em benefício próprio, mas, sobretudo, para o bem comum, é a tarefa que nos está confiada. «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» — é a máxima do evangelho do vigésimo quinto domingo (Ano C). Não se está a pedir para renunciarmos a tudo o que temos; somos convidados a não ser escravos do dinheiro. O dinheiro, queiramos ou não, é necessário para viver. Isto é uma realidade inevitável, mas não é preciso que o dinheiro seja uma prioridade na nossa vida: isso não!
Não é lógico, nem humano, que uma quarta parte da população mundial possua três quartas partes da riqueza do mundo. Não é lógico, nem humano, que, nas nossas cidades, ao lado de uma luxo desmesurado, de um gasto sem medida, de uma vida de diversão, de viagens contínuas de prazer, etc., encontremos — quando não passamos ao lado ou «fechamos os olhos» — pessoas que dormem numa caixa de papelão na rua; indivíduos que se alimentam do que encontram nos contentores de lixo; próximos que não encontram trabalho, por muito que o procurem, porque são «ilegais» ou não nos agrada o seu aspeto; semelhantes de quem ninguém se ocupa nem preocupa. Não é lógico, nem humano, nem cristão, que todas estas coisas aconteçam e nós «passemos ao lado»: não é problema meu; são uns preguiçosos; gastam tudo em vinho e drogas; que voltem para a sua terra...
Tudo o que temos recebido é para usufruto, isto é, não me pertence. Administrá-lo em benefício próprio, mas, sobretudo, para o bem comum, é a tarefa que nos está confiada. «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» — é a máxima do evangelho do vigésimo quinto domingo (Ano C). Não se está a pedir para renunciarmos a tudo o que temos; somos convidados a não ser escravos do dinheiro. O dinheiro, queiramos ou não, é necessário para viver. Isto é uma realidade inevitável, mas não é preciso que o dinheiro seja uma prioridade na nossa vida: isso não!
Não é lógico, nem humano, que uma quarta parte da população mundial possua três quartas partes da riqueza do mundo. Não é lógico, nem humano, que, nas nossas cidades, ao lado de uma luxo desmesurado, de um gasto sem medida, de uma vida de diversão, de viagens contínuas de prazer, etc., encontremos — quando não passamos ao lado ou «fechamos os olhos» — pessoas que dormem numa caixa de papelão na rua; indivíduos que se alimentam do que encontram nos contentores de lixo; próximos que não encontram trabalho, por muito que o procurem, porque são «ilegais» ou não nos agrada o seu aspeto; semelhantes de quem ninguém se ocupa nem preocupa. Não é lógico, nem humano, nem cristão, que todas estas coisas aconteçam e nós «passemos ao lado»: não é problema meu; são uns preguiçosos; gastam tudo em vinho e drogas; que voltem para a sua terra...