PREPARAR O DOMINGO: vigésimo sexto domingo
O ciclo litúrgico caminha para o final. De facto, faltam dois meses para terminar. Não é irrelevante. Sobretudo, se tivermos em consideração os textos do vigésimo sexto domingo, somos empurrados a reconhecer o tempo presente como o «kairós», o momento oportuno para viver e testemunhar a própria fé. A vida quotidiana de cada crente transforma-se num umbral da vida em plenitude que a promessa de Deus nos garante. Tanto a nível pessoal como comunitário temos que aprofundar esta Palavra para secundar adequadamente o projeto de Deus. Nem podemos tampouco esquecer o contexto social em que ressoam hoje estes textos da Escritura, porque são particularmente significativos. Não só descrevem a realidade, mas também são um claro apelo a que cada pessoa e cada comunidade contribua com o seu grão de areia em coerência com essa Palavra, que é norma de vida para todo o crente e para toda a Igreja local por mais pequena que seja.
Evangelho desconcertante
O evangelho oferece muitas pistas para a reflexão. Refiro duas delas que, por certo, não deixam de ter uma certa dose de surpresa que podem ajudar à reflexão e à mudança interior.
No texto, dá-se por certo que a riqueza leva à sepultura, à morte, aos tormentos. Por outro lado, também se dá por adquirido que a pobreza leva ao seio de Abraão. Não se fala dos méritos alcançados. Apenas se relaciona a riqueza nesta vida com a desgraça na outra. E, ao contrário, o sofrimento nesta vida com a felicidade na outra. Para além desta constatação, importa colocar em evidência que toda a riqueza tem de ser partilhada. A simplicidade do contraste riqueza/morte e pobreza/vida é um recurso pedagógico para ter opções claras em prol dos desfavorecidos. Outras passagens do evangelho assim o confirmam (o jovem rico e o comentário posterior de Jesus em Mateus 19, 16-26). O plano de Deus é a felicidade de todos, também aqui na terra.
É necessária a conversão contínua. Uma conversão que não dependa de nenhuma manifestação maravilhosa, mas da força na adesão a Jesus e ao seu evangelho. Isso é suficiente. Apenas a confiança na pessoa de Jesus leva ao convencimento de que a fraternidade ativa é o caminho verdadeiro de todo o cristão.
No texto, dá-se por certo que a riqueza leva à sepultura, à morte, aos tormentos. Por outro lado, também se dá por adquirido que a pobreza leva ao seio de Abraão. Não se fala dos méritos alcançados. Apenas se relaciona a riqueza nesta vida com a desgraça na outra. E, ao contrário, o sofrimento nesta vida com a felicidade na outra. Para além desta constatação, importa colocar em evidência que toda a riqueza tem de ser partilhada. A simplicidade do contraste riqueza/morte e pobreza/vida é um recurso pedagógico para ter opções claras em prol dos desfavorecidos. Outras passagens do evangelho assim o confirmam (o jovem rico e o comentário posterior de Jesus em Mateus 19, 16-26). O plano de Deus é a felicidade de todos, também aqui na terra.
É necessária a conversão contínua. Uma conversão que não dependa de nenhuma manifestação maravilhosa, mas da força na adesão a Jesus e ao seu evangelho. Isso é suficiente. Apenas a confiança na pessoa de Jesus leva ao convencimento de que a fraternidade ativa é o caminho verdadeiro de todo o cristão.
© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
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