Ao ritmo da liturgia
Mas a necessidade de sair não é, à partida, para fazer prosélitos; nem para sermos muitos. Saímos, porque acreditamos que o bom contagia por si mesmo; e porque a condição essencial para respirar em nossa casa um ambiente cristão é partilhar a vida com os outros. A nossa felicidade é contagiante.
De facto, para anunciar o Evangelho é preciso conviver com os «pecadores». Não basta fazer-lhes uma visita rápida ou ficar do lado de fora. Jesus Cristo comia com eles, sentava-se com eles à mesa. O gesto mais provocador e escandaloso de Jesus Cristo foi, sem dúvida, a sua forma de ir ao encontro, de acolher com simpatia especial os «pecadores». E, nós, o que temos para oferecer aos «perdidos» da nossa comunidade?
«Converter» não é tarefa fácil. E mais difícil ainda é conseguir que os «convertidos» perseverem, não abandonem a «casa». Mas o argumento é sempre o mesmo: preocupamo-nos com a felicidade dos outros e não podemos tolerar um ambiente de morte à nossa volta. Por isso, continuamos a sair e a ir à procura...
Não estamos obcecados com o pecado! Estamos, sim, obcecados com a felicidade de todos os seres humanos. A nossa tarefa é anunciar a redenção, é testemunhar um amor que salva e dá vida. Por isso, continuamos a sair e a ir à procura...
Bem, e nunca esqueçamos que nós, «pródigos», perdidos, também somos acolhidos e perdoados diariamente. Os «perdidos» não são sempre os outros! Reconhecer as nossas misérias faz de nós ainda mais misericordiosos.
Vigésima quarta semana
Há que sair, ir à procura; embora a «perdição» nos repugne
Há muitos «perdidos» (drogados, mendigos, violentos) que ficam para trás. Então, é melhor ficar em casa, com os mesmos de sempre, com os do costume, com os «cumpridores» que não nos causam problemas? Não. O pai misericordioso não pensa assim. Nem o pastor que perde a ovelha. Nem a mulher que perde a moeda de prata. Há que sair, ir há procura; embora a «perdição» nos repugne.Mas a necessidade de sair não é, à partida, para fazer prosélitos; nem para sermos muitos. Saímos, porque acreditamos que o bom contagia por si mesmo; e porque a condição essencial para respirar em nossa casa um ambiente cristão é partilhar a vida com os outros. A nossa felicidade é contagiante.
De facto, para anunciar o Evangelho é preciso conviver com os «pecadores». Não basta fazer-lhes uma visita rápida ou ficar do lado de fora. Jesus Cristo comia com eles, sentava-se com eles à mesa. O gesto mais provocador e escandaloso de Jesus Cristo foi, sem dúvida, a sua forma de ir ao encontro, de acolher com simpatia especial os «pecadores». E, nós, o que temos para oferecer aos «perdidos» da nossa comunidade?
«Converter» não é tarefa fácil. E mais difícil ainda é conseguir que os «convertidos» perseverem, não abandonem a «casa». Mas o argumento é sempre o mesmo: preocupamo-nos com a felicidade dos outros e não podemos tolerar um ambiente de morte à nossa volta. Por isso, continuamos a sair e a ir à procura...
Não estamos obcecados com o pecado! Estamos, sim, obcecados com a felicidade de todos os seres humanos. A nossa tarefa é anunciar a redenção, é testemunhar um amor que salva e dá vida. Por isso, continuamos a sair e a ir à procura...
Bem, e nunca esqueçamos que nós, «pródigos», perdidos, também somos acolhidos e perdoados diariamente. Os «perdidos» não são sempre os outros! Reconhecer as nossas misérias faz de nós ainda mais misericordiosos.
Em lugar de um Deus justiceiro e castigador, Jesus Cristo apresenta um Deus que se alegra (DOMINGO: «Alegrai-vos comigo, porque encontrei...») mais pela conversão de um só pecador, do que por noventa e nove justos que não precisam de mudar nada na sua vida.
Deus é um Pai amoroso que acolhe todas as pessoas, a começar por aqueles que pensam que são «indignos» (SEGUNDA: «Não mereço que entres em minha casa»). Deus é um pai «louco de amor» (TERÇA: «Compadeceu-Se») por cada um de nós; mesmo que sejamos maus filhos, mesmo que nos custe aceitar o outro como irmão, porque é diferente, porque não é dos nossos, porque não é dos «bons»...
Deus é um Pai que nos devolve a dignidade de «filhos de Deus», por muito que a tenhamos desbaratado (QUARTA: «A quem hei-de comparar os homens desta geração?»); que está sempre à nossa espera com os braços abertos, que faz uma festa esplêndida quando voltamos, sem ter em conta o que fizemos (QUINTA: «Uma pecadora que vivia na cidade»), por mais grave que seja, por muito que se tenha sentido — com motivo — desprezado por mim e pela minha conduta. O que conta é o regresso (SEXTA: «Anunciar a boa nova»). A alegria imensa é voltar a encontrar o filho, a filha, que se tinham perdido (SÁBADO: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes»).
A elaboração deste texto foi inspirada na obra de José Luis Cortés, El ciclo C, Herder Editorial e nos textos publicados neste «Laboratório da fé» a propósito do vigésimo quarto domingo
© Laboratório da fé, 2013
Deus é um Pai amoroso que acolhe todas as pessoas, a começar por aqueles que pensam que são «indignos» (SEGUNDA: «Não mereço que entres em minha casa»). Deus é um pai «louco de amor» (TERÇA: «Compadeceu-Se») por cada um de nós; mesmo que sejamos maus filhos, mesmo que nos custe aceitar o outro como irmão, porque é diferente, porque não é dos nossos, porque não é dos «bons»...
Deus é um Pai que nos devolve a dignidade de «filhos de Deus», por muito que a tenhamos desbaratado (QUARTA: «A quem hei-de comparar os homens desta geração?»); que está sempre à nossa espera com os braços abertos, que faz uma festa esplêndida quando voltamos, sem ter em conta o que fizemos (QUINTA: «Uma pecadora que vivia na cidade»), por mais grave que seja, por muito que se tenha sentido — com motivo — desprezado por mim e pela minha conduta. O que conta é o regresso (SEXTA: «Anunciar a boa nova»). A alegria imensa é voltar a encontrar o filho, a filha, que se tinham perdido (SÁBADO: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes»).
Nesta semana, há uma pergunta que não posso ignorar: Em que momentos da minha vida sinto que o encontro com Deus é motivo de alegria? Deus vem ao meu encontro, para vencer a minha tristeza e me abrir a um horizonte de alegria e de amor. Sem esquecer que a eucaristia dominical é a grande festa dos cristãos!
A elaboração deste texto foi inspirada na obra de José Luis Cortés, El ciclo C, Herder Editorial e nos textos publicados neste «Laboratório da fé» a propósito do vigésimo quarto domingo
© Laboratório da fé, 2013