La Biblia compartida — blogue de Javier Velasco-Arias y Quique Fernández
No evangelho do vigésimo primeiro domingo, à pergunta: «Senhor, são poucos os que se salvam?», Jesus não responde sim nem não; ao menos é o que parece à primeira vista. Numa leitura mais repousada, damos conta que são muitos — melhor, todos — os que estamos convidados para o banquete do Reino: «Hão de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus».
Mas, há mais matizes na resposta de Jesus. Jesus fala de esforço: a salvação é um dom gratuito, mas exige de nós uma resposta, uma resposta de amor, de amor de doação, de amor desinteressado... Na minha terra diz-se com frequência: «obras são amores e não boas razões».
E Jesus continua, num discurso que tem muito a ver com o juízo final: «Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas nossas praças’. Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois. Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade’». Não é difícil descobrir que fala de muitos que participaram na mesa do pão da vida e na mesa da palavra de Deus — hoje, diríamos, na Eucaristia — mas não são reconhecidos como dignos do Reino de Deus. Não é suficiente uma vida de oração e de sacramentos, se em nós não há uma mudança definitiva, radical... Não nos pede para ser «super-homem» ou «super-mulher», mas algo mais simples, embora mais essencial: que toda a nossa vida e todos os nossos atos estejam fecundados pelo amor.
No evangelho do vigésimo primeiro domingo, à pergunta: «Senhor, são poucos os que se salvam?», Jesus não responde sim nem não; ao menos é o que parece à primeira vista. Numa leitura mais repousada, damos conta que são muitos — melhor, todos — os que estamos convidados para o banquete do Reino: «Hão de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus».
Mas, há mais matizes na resposta de Jesus. Jesus fala de esforço: a salvação é um dom gratuito, mas exige de nós uma resposta, uma resposta de amor, de amor de doação, de amor desinteressado... Na minha terra diz-se com frequência: «obras são amores e não boas razões».
E Jesus continua, num discurso que tem muito a ver com o juízo final: «Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas nossas praças’. Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois. Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade’». Não é difícil descobrir que fala de muitos que participaram na mesa do pão da vida e na mesa da palavra de Deus — hoje, diríamos, na Eucaristia — mas não são reconhecidos como dignos do Reino de Deus. Não é suficiente uma vida de oração e de sacramentos, se em nós não há uma mudança definitiva, radical... Não nos pede para ser «super-homem» ou «super-mulher», mas algo mais simples, embora mais essencial: que toda a nossa vida e todos os nossos atos estejam fecundados pelo amor.