Ao ritmo da liturgia


Décima terceira semana


Reproduzir na vida o Evangelho

Num determinado momento, decidimos seguir Jesus Cristo. O que significa seguir Jesus Cristo, hoje? Não é necessário ir para o seminário ou entrar para um convento. Nem sequer cumprir apenas e escrupulosamente todos os preceitos da Igreja. Seguir Jesus Cristo, hoje, significa reproduzir na nossa vida o Evangelho de Jesus Cristo.
Como não somos maus, quando fazemos a experiência da presença de Jesus Cristo no caminho da nossa vida, compreendemos que nada melhor nos podia acontecer; e queremos segui-lo. Apesar das nossas hesitações e incongruências, queremos estar com Jesus Cristo. Isso faz-nos bem. Faz com que a nossa vida esteja mais cheia, mais plena.
Nesta semana, cada um tome a sua vida e avalie o que lhe trouxe o facto de «ser cristão». E o que teria sucedido se não optasse por seguir Jesus Cristo.
Depois, examine também as desvantagens trazidas pelo facto de ter decidido seguir Jesus Cristo. Se não há nenhuma desvantagem, é motivo para desconfiar... porque seguir Jesus Cristo deveria, em princípio, confrontar-nos com aquelas situações em que nos parece mais agradável não estar comprometido com a fé cristã; por exemplo, poder entregar-se à preguiça, ao «carpe diem» (gozar a vida).
Como saberei se estou a seguir Jesus Cristo? Se vivo a bondade universal. Se estou sempre e em todos os sentidos com os mais débeis da sociedade. Se trabalho pelo reino de Deus e não por outros «reinos» (DOMINGO: «Segue-me... vai anunciar o reino de Deus»). Se sigo Jesus Cristo (SEGUNDA: «Seguir-Te-ei para onde fores») encontrarei a plenitude da vida, para mim e para os outros!
O grande obstáculo que impede de seguir Jesus Cristo é o nosso comodismo. Temos medo da novidade, de assumir um novo estilo de vida. Em maio (homilia no dia de Pentecostes), o papa Francisco disse: «A novidade causa sempre um pouco de medo, porque nos sentimos mais seguros se temos tudo sob controle (TERÇA: «Porque temeis, homens de pouca fé?»), se somos nós a construir, programar, projetar a nossa vida de acordo com os nossos esquemas, as nossas seguranças (QUARTA: ««Se não vir... se não meter... não acreditarei»), os nossos gostos. E isto verifica-se também quando se trata de Deus. Muitas vezes seguimo-lo e acolhemo-lo, mas até um certo ponto; sentimos dificuldade em abandonar-nos a Ele com plena confiança (QUINTA: «Filho, tem confiança»); temos medo que Deus nos faça seguir novas estradas (SEXTA: «Segue-Me»), faça sair do nosso horizonte frequentemente limitado, fechado, egoísta, para nos abrir aos seus horizontes [...]. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza (SÁBADO: «Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho»), o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem».

Esta semana, perguntemo-nos: Aceito as condições de Jesus Cristo para ser seu discípulo? Viver como Jesus Cristo vai-te trazer muitas complicações. Mas também uma enorme satisfação interior e profunda. Além disso, se não segues Jesus Cristo, quem é que vais seguir?

A elaboração deste texto foi inspirada na obra de José Luis Cortés, El ciclo C, Herder Editorial
© Laboratório da fé, 2013

Décima terceira semana, no Laboratório da fé, 2013
Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 1.7.13 | 2 comentários
2 comentários:
  1. Respostas
    1. Obrigado Lauro Cauê da Silva pelo seu comentário. Na verdade, o seguimento de Jesus Cristo envolve tudo, toda a vida do ser humano.

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