Pequeninos do Senhor
No seu terceiro Tweet, postado logo após a sua primeira missa, no dia 19 de março de 2013, o Papa Francisco declarou: «O verdadeiro poder é o serviço. O Papa deve servir a todos, especialmente aos mais pobres, aos mais fracos, aos mais pequeninos».
Que nobre, sensata e genuína lição cristã! Aí se encontra a catequese de São Francisco de Assis, de São Francisco Xavier, do papa Francisco: a humildade no serviço a Deus e ao próximo.
As nossas crianças, que vivem na contemporaneidade de um mundo fugaz onde tudo se alcança com muita rapidez e imediatismo, crescem sem conhecer o que é servir ou fazer algo para alguém. Tudo já vem muito pronto e reclama pouco esforço. Porém, ao mesmo tempo em que a praticidade da vida facilita o acesso aos bens materiais, também afasta o contacto com o outro, a percepção do homem como ser humano capaz de amar e se doar.
Francisco, com as suas atitudes, está a voltar o seu olhar para um novo horizonte, dando passos para um caminho que vai ao encontro ao próximo. E, por ser um líder, e principalmente um líder cristão, ele está a seguir os passos do Mestre.
Como anda a brincadeira de 'Siga o mestre' que as crianças gostam tanto? A quem é que elas estão a seguir ou a verem-se ao espelho no modo de viver?
A escola está para a formação cultural, para o que pode ser provado cientificamente, tocado na sua materialidade. A sociedade está para se relacionar com o outro, aquele que é mais um no universo de interesses comuns, parceiros ou concorrentes entre si.
Porém, a família está para educar, para formar o ser humano na sua totalidade e exclusividade, inserir valores na vida para serem vividos, praticados e espalhados no mundo. E a família cristã tem o compromisso com Deus de educar na fé os seus filhos e viver em harmonia e coerência com os ensinamentos de Cristo que ensina o amor através do serviço e da humildade junto do próximo.
Jesus foi o Homem mais poderoso na face da Terra, pois sendo Deus tudo podia, mas preferiu ser o menor, o mais humilde dos homens para dar exemplo e ensinar a catequese através da prática do amor a Deus e aos irmãos, dedicando-se, principalmente, aos mais fracos, perseguidos e marginalizados que vivem fora da sociedade.
O ser humano precisa de exemplos para seguir, de setas que apontem a direção, de trilhas para caminhar, por isso, o nosso Francisco de hoje é tão importante e vem-nos trazer novos ânimos e muita esperança para o futuro das nossas crianças. Que a catequese que está a florescer com os seus gestos e atitudes, seja um modelo a ser seguido por toda a Igreja, despertando vocações e tornando-se exemplo para todos, principalmente para os pequeninos que estão a crescer também na fé. «Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar» (Provérbios 22, 6).
© Rachel Abdalla — www.pequeninosdosenhor.org —
© Adaptado por Laboratório da fé, 2013
Rachel Abdalla é fundadora e presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor (desde 1997); membro da 'Equipa de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas, São Paulo (desde 2011); coordenadora da Catequese da Família da paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Campinas, São Paulo (desde 2012); colaboradora da Agência ZENIT – O mundo visto de Roma, na coluna quinzenal de orientação catequética Pequeninos do Senhor (desde 2012).
Outros artigos publicados no Laboratório da fé
Rachel Abdalla é fundadora e presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor (desde 1997); membro da 'Equipa de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas, São Paulo (desde 2011); coordenadora da Catequese da Família da paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Campinas, São Paulo (desde 2012); colaboradora da Agência ZENIT – O mundo visto de Roma, na coluna quinzenal de orientação catequética Pequeninos do Senhor (desde 2012).
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