Intenção do Concílio


O sagrado Concílio, ao expor a doutrina acerca da Igreja, na qual o divino Redentor realiza a salvação, pretende esclarecer cuidadosamente não só o papel da Virgem Santíssima no mistério do Verbo encarnado e do Corpo místico, mas também os deveres dos homens resgatados para com a Mãe de Deus, Mãe de Cristo e Mãe dos homens, sobretudo dos fiéis. Não tem, contudo, intenção de propor toda a doutrina acerca de Maria, nem de dirimir as questões ainda não totalmente esclarecidas pelos teólogos. Conservam, por isso, os seus direitos as opiniões que nas escolas católicas livremente se propõem acerca daquela que na santa Igreja ocupa depois de Cristo o lugar mais elevado e também o mais próximo de nós (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 54).

Mistérios a partir do texto da «Lumen Gentium»


  • PRIMEIRO MISTÉRIO: O PAPEL DE MARIA
Em boa hora julgou o Concílio que a doutrina sobre a Igreja ficaria incompleta, se nada dissesse a respeito da Virgem Maria. Indissoluvelmente unida à vinda do Filho de Deus ao mundo, Maria foi intimamente associada ao nascimento da Igreja, e conserva, atualmente, uma missão no desenvolvimento da comunidade cristã. Por isso é que o capítulo VIII da Constituição dogmática da Igreja tem por título «A bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja» (Jean Galot).

  • SEGUNDO MISTÉRIO: MÃE DE DEUS
Maria é Mãe de Deus. Este título foi atribuído a Maria, em 431, no Concílio de Éfeso, com o termo grego de «Theotokos». A intenção dos Padres do Concílio era garantir a verdade do mistério da Encarnação. Queriam afirmar a unidade pessoal de Cristo, Deus e Homem. Maria é «Mãe de Deus» porque o seu Filho é Deus; embora seja mãe só na ordem da geração humana, dado que o Menino, que ela concebeu e deu à luz, é Deus, deve ser chamada «Mãe de Deus» (João Paulo II, Audiência Geral de 4 de janeiro de 1984).

  • TERCEIRO MISTÉRIO: MÃE DE CRISTO
Maria é Mãe de Cristo. As primeiras páginas do Novo Testamento revelam-nos o especial acontecimento pelo qual Maria se torna mãe de Cristo. Através do seu «sim» confirmado na Anunciação, tem início a geração humana de Jesus Cristo. A maternidade de Maria acontece quando se manifesta disponível para acolher a Palavra de Deus: «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra». Assim, Maria, por virtude do Espírito Santo, torna-se mãe de Jesus Cristo.

  • QUARTO MISTÉRIO: MÃE DOS HOMENS
Maria é Mãe dos homens, de cada um de nós. Da Cruz Jesus confiou a Mãe a cada um dos seus discípulos e, ao mesmo tempo, confiou cada discípulo ao amor da sua Mãe. O evangelista João refere: «E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa». Portanto, no momento supremo do cumprimento da missão messiânica, Jesus deixa a cada um dos seus discípulos, como herança preciosa, a sua própria Mãe, a Virgem Maria (Bento XVI, Audiência Geral de 2 de janeiro de 2008).

  • QUINTO MISTÉRIO: A DOUTRINA ACERCA DE MARIA
Quando o Concílio define a posição de Maria, no mistério da Igreja, não pretende apenas reconhecer o lugar da Mãe de Deus na salvação do género humano. Pretende também fazer-nos compreender melhor o nosso próprio lugar na Igreja e na obra da salvação. O que Maria cumpriu, de modo excepcional, no momento da Encarnação, somos nós chamados a realizar, de modo habitual, na vida da Igreja. Como Ela, também nós temos uma responsabilidade no estabelecimento do reino de Deus no mundo (Jean Galot).

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Maio, mês de Maria, 2013 — Laboratório da fé

Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 7.5.13 | Sem comentários
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