Por sua vez, a Igreja que contempla a sua santidade misteriosa e imita a sua caridade, cumprindo fielmente a vontade do Pai, toma-se também, ela própria, mãe, pela fiel receção da palavra de Deus: efetivamente, pela pregação e pelo Batismo, gera, para vida nova e imortal, os filhos concebidos por ação do Espírito Santo e nascidos de Deus. E também ela é virgem, pois guarda fidelidade total e pura ao seu Esposo e conserva virginalmente, à imitação da Mãe do seu Senhor e por virtude do Espírito Santo, uma fé íntegra, uma sólida esperança e uma verdadeira caridade (Constituição Dogmática sobre a Igreja — «Lumen Gentium», 64).
- PRIMEIRO MISTÉRIO: CUMPRINDO FIELMENTE A VONTADE DO PAI
A Igreja, ao contemplar Maria, imita-lhe a caridade, o fiel acolhimento da Palavra de Deus e a docilidade no cumprimento da vontade do Pai. Realiza, seguindo o exemplo da Virgem, uma fecunda maternidade espiritual (João Paulo II, Audiência Geral de 13 de agosto de 1997). Os cristãos sempre experimentaram que, abandonando-se à vontade do Pai, não se perdem, mas encontram deste modo o caminho para uma profunda identidade e liberdade interior. Só entrando na vontade de Deus alcançamos a nossa verdadeira identidade (Bento XVI, Reflexão na oração de Vésperas a 8 de setembro de 2007).
- SEGUNDO MISTÉRIO: MÃE, PELA FIEL RECEÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
A Igreja torna-se mãe pela fiel receção da palavra de Deus. Como Maria, que foi a primeira a acreditar, acolhendo a palavra de Deus que lhe foi revelada na Anunciação e a ela permanecendo fiel em todas as provações até à Cruz, assim também a Igreja se torna mãe quando, acolhendo com fidelidade a palavra de Deus, pela pregação e pelo baptismo, gera para uma vida nova e imortal os filhos, concebidos por obra do Espírito Santo e nascidos de Deus (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho — «Redemptoris Mater», 43).
- TERCEIRO MISTÉRIO: PELA PREGAÇÃO E PELO BATISMO, GERA OS FILHOS
Analisando esta descrição da obra materna da Igreja, podemos observar aqui como, dum certo modo, o nascimento do cristão está ligado ao nascimento de Jesus, e é como que um seu reflexo: os cristãos são «concebidos por obra do Espírito Santo» e a geração deles, fruto da pregação e do Batismo, assemelha-se assim à do Salvador. A Igreja torna-se mãe na pregação da Palavra de Deus, nos sacramentos e em particular no Batismo, na celebração da Eucaristia e no perdão dos pecados (
João Paulo II, Audiência Geral de 13 de agosto de 1997).
- QUARTO MISTÉRIO: É VIRGEM, POIS GUARDA FIDELIDADE TOTAL E PURA
Maria é também modelo da virgindade da Igreja. Maria é Virgem no corpo e Virgem no coração, como aparece da intenção de viver em profunda intimidade com o Senhor. Portanto, Aquela que é invocada como «Virgem entre as virgens» constitui para todos, sem dúvida, um altíssimo exemplo de pureza e de dom total ao Senhor. Mas de modo especial inspiram-se n’Ela as virgens cristãs e quantos se dedicam, de maneira radical e exclusiva, ao Senhor nas várias formas de vida consagrada (
João Paulo II, Audiência Geral de 20 de agosto de 1997).
- QUINTO MISTÉRIO: UMA FÉ ÍNTEGRA, SÓLIDA ESPERANÇA E VERDADEIRA CARIDADE
O Concílio exorta a olhar para Maria, a fim de a imitarem na fé, na esperança e na caridade. Conservar a integridade da fé representa uma tarefa empenhativa para a Igreja, chamada a uma vigilância constante. Com efeito, a fé da Igreja é ameaçada, não só por aqueles que rejeitam a mensagem do Evangelho, mas sobretudo por quantos, acolhendo somente uma parte da verdade revelada, recusam compartilhar de modo pleno o inteiro património de fé da Esposa de Cristo (
João Paulo II, Audiência Geral de 20 de agosto de 1997).
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