Pequeninos do Senhor


Uma das exigências da formação cristã é a prática das virtudes (Exortação Apostólica sobre a Catequese –«Catechesi Tradendae», do Papa João Paulo II, publicada em 1979); e uma delas é a oração. Podemos ler isso na Carta de São Paulo aos Romanos (12, 12), na qual convida para que sejamos alegres na esperança e perseverantes na oração. Assim também devem ser as crianças, desde bem pequeninas!
As crianças precisam de crescer num ambiente onde a oração faz parte dos hábitos da família; e aprender a ter um compromisso com Deus, todos os domingos, na Eucaristia.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), a educação da consciência é uma tarefa para toda a vida; e as crianças, desde os primeiros anos, precisam de ser alertadas para uma educação prudente que ensina as virtudes... (cf. CIC 1784).
Quando os pais participam com os seus filhos na Eucaristia dominical, estão a cumprir a sua responsabilidade de cristãos; e as crianças vão formando, no inconsciente, os conceitos de perseverança na oração, de louvor a Deus, e de respeito aos Mandamentos, em especial ao terceiro: guardar os domingos e os dias de festas para dar graças a Deus.
A Igreja é o lugar onde se realiza a educação da fé das crianças pela catequese. Portanto, precisa de estar preparada para as receber e acolher, também nas Eucaristias, desde muito pequeninas, para que sejam inseridas na vida cristã a partir dos hábitos cristãos, inicialmente acompanhando os pais, onde aprendem a rezar, em comunidade, e a ouvir os ensinamentos de Jesus.
Conforme a Exortação Apostólica do Papa Paulo VI sobre a Evangelização – «Evangelii Nuntiandi» (número 44), a catequese deve ser adaptada à idade, à cultura e à capacidade do catequizando, procurando fazer sempre com que o próprio grave na memória, na inteligência e no coração, as verdades essenciais que vão permanecer durante toda a sua vida. E os catequistas devem estar bem preparados e demonstrar-se cuidadosos, procurando conhecer cada vez mais esta arte superior, indispensável e exigente da catequese.
Esta proposta de uma catequese litúrgica para os mais pequenos, que se acontece no momento da Eucaristia, requer também uma linguagem e um espaço adequados para que possam acontecer: a vivência de uma comum união com os amiguinhos, «onde a Palavra de Deus seja meditada na oração pessoal, atualizada na oração litúrgica e interiorizada em todo o tempo» (cf. CIC 2688); a partilha do que aprendem e do que descobrem durante a semana; o crescimento na fé ouvindo as histórias da vida de Jesus; e o conhecimento do Amor sentindo-se filhos e filhas de Deus que também é Pai. E tudo isto de modo lúdico, apropriado e com a sua linguagem, ou seja, brincando, caminhando passo a passo com Jesus, pelos evangelhos dominicais, enquanto são acolhidas nas eucaristias.
A formação cristã das crianças está, primeiramente, nas mãos dos pais que devem perseverar com elas na oração, nos hábitos e nas virtudes cristãs; mas também sob os cuidados da Igreja que precisa de apontar o Caminho que elas podem seguir, acolhendo-as como Jesus acolheu os mais pequeninos, que eram os seus preferidos.

© Rachel Abdalla — www.pequeninosdosenhor.org —
© Adaptado por Laboratório da fé, 2013

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Rachel Abdalla é fundadora e presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor (desde 1997); membro da 'Equipa de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas, São Paulo (desde 2011); coordenadora da Catequese da Família da paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Campinas, São Paulo (desde 2012); colaboradora da Agência ZENIT – O mundo visto de Roma, na coluna quinzenal de orientação catequética Pequeninos do Senhor (desde 2012). 

Outros artigos publicados no Laboratório da fé




Postado por Anónimo | 1.5.13 | Sem comentários
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