— Quarta-feira da quinta semana da Quaresma —
Jesus reclama, como forma de dizer a verdade, a obediência aos seus ensinamentos. Uma obediência fiel que é a condição de vida do discípulo. Os ensinamentos de Jesus são portadores da verdade e é esta verdade que torna livres aqueles que os põem em prática.
Grande parte das pessoas acreditam que são livres se não estiverem submetidas a nenhuma regra, nenhuma lei, nenhuma autoridade. Como os judeus que dizem a Jesus: «Nunca fomos escravos de ninguém» (João 8, 33). Estas pessoas vivem no erro. São escravas dos seus caprichos e até mesmo do seu pecado. Quanto servos que adoram a violência, a injustiça, o domínio que dá prazer! Torna-se escravo de si mesmo.
Jesus confunde aqueles que se dizem filhos de Abraão, mas não agem como ele. Considera-os escravos e não filhos. Abraão obedeceu a Deus na fé: saiu do seu país de acordo com a ordem de Deus; viveu como estrangeiro no país que Deus lhe deu e, pela fé, esperou a cidade onde o próprio Deus é o arquiteto (Hebreus 11, 8-10). Os judeus que Jesus admoesta estão longe disto. Não acolhem nem respeitam o enviado de Deus: o próprio Filho que tem o poder de tornar livres todos aqueles que o recebem e são fiéis à sua palavra. Ele é a Verdade, portanto, o Libertador.
Senhor Jesus, eu quero seguir-te.
Quero acolher os teus ensinamentos.
Tu és o meu libertador.
© Denise Lamarche, «Vie Liturgique», Novalis - Bayard Presse Canada inc
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
— a utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização —
— Evangelho segundo João 8, 31-42
Naquele tempo, dizia Jesus aos judeus que tinham acreditado n’Ele: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará». Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que Tu dizes: ‘Ficareis livres’?» Respondeu Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Todo aquele que comete o pecado é escravo. Ora o escravo não fica para sempre em casa; o filho é que fica para sempre. Mas se o Filho vos libertar, sereis realmente homens livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-Me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu digo o que vi junto de meu Pai e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai». Eles disseram: «O nosso pai é Abraão». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão não procedeu assim. Vós fazeis as obras do vosso pai». Disseram-Lhe eles: «Nós não somos filhos ilegítimos; só temos um pai, que é Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Se Deus fosse o vosso Pai, amar-Me-íeis, porque saí de Deus e d’Ele venho. Eu não vim de Mim próprio; foi Ele que Me enviou».
— «A verdade vos libertará»
A verdade não se diz somente com palavras. Não consiste unicamente na ausência da mentira. A verdade que liberta é mais do que tudo isto. É uma questão de coerência. Precisa que a maneira de viver esteja de acordo com as palavras que são pronunciadas.Jesus reclama, como forma de dizer a verdade, a obediência aos seus ensinamentos. Uma obediência fiel que é a condição de vida do discípulo. Os ensinamentos de Jesus são portadores da verdade e é esta verdade que torna livres aqueles que os põem em prática.
Grande parte das pessoas acreditam que são livres se não estiverem submetidas a nenhuma regra, nenhuma lei, nenhuma autoridade. Como os judeus que dizem a Jesus: «Nunca fomos escravos de ninguém» (João 8, 33). Estas pessoas vivem no erro. São escravas dos seus caprichos e até mesmo do seu pecado. Quanto servos que adoram a violência, a injustiça, o domínio que dá prazer! Torna-se escravo de si mesmo.
Jesus confunde aqueles que se dizem filhos de Abraão, mas não agem como ele. Considera-os escravos e não filhos. Abraão obedeceu a Deus na fé: saiu do seu país de acordo com a ordem de Deus; viveu como estrangeiro no país que Deus lhe deu e, pela fé, esperou a cidade onde o próprio Deus é o arquiteto (Hebreus 11, 8-10). Os judeus que Jesus admoesta estão longe disto. Não acolhem nem respeitam o enviado de Deus: o próprio Filho que tem o poder de tornar livres todos aqueles que o recebem e são fiéis à sua palavra. Ele é a Verdade, portanto, o Libertador.
Senhor Jesus, eu quero seguir-te.
Quero acolher os teus ensinamentos.
Tu és o meu libertador.
© Denise Lamarche, «Vie Liturgique», Novalis - Bayard Presse Canada inc
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
— a utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização —