— Domingo da quarta semana da Quaresma —
O pai da parábola contada por Jesus tinha o mesmo desejo para os seus dois filhos. Ora, quando o mais novo parte com a sua herança e que vai esbanjar levianamente, a dor do pai é certamente muito grande. É fácil de compreender que, se o regresso deste filho à casa paterna alegra o pai, não acontece também o mesmo com o filho mais velho, que tinha permanecido junto do pai a trabalhar no campo. Fica furioso e recusa entrar na casa quando os servos lhe explicam o que se passa. Quando o pai o vem convidar, ele tem o coração vazio. Faz memória da fidelidade para confrontar o pai, do trabalho árduo que realizou e do facto de nunca ter tido um só cabrito para festejar com os seus amigos. Depois — será o medo de que o mais novo que gastou parte da herança possa receber outra retirada da sua parte? —, censura o pai pela festa que está a oferecer e na qual se recusa a participar. Ele parece querer excluir-se da mesa familiar.
Deus, o Pai, acolhe com magnanimidade o pecador que regressa. Acolhe do mesmo modo o servo fiel. Prepara a mesa para todos e deseja que cada um e cada uma tome o seu lugar.
Senhor Jesus, eu quero seguir-te.
Tu pedes à tua Igreja para não excluir os pecadores,
mas para os convidar à conversão.
Que ela prepare a mesa para todos e todas!
© Denise Lamarche, «Vie Liturgique», Novalis - Bayard Presse Canada inc
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
— a utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização —
— Evangelho segundo Lucas 15, 1-3.11-32
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
— «Tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos»
Um pai de família dizia aos seus filhos: «Gostaria que vós fosseis sempre capazes de vos sentardes à mesma mesa porque estareis sempre em paz uns com os outros».O pai da parábola contada por Jesus tinha o mesmo desejo para os seus dois filhos. Ora, quando o mais novo parte com a sua herança e que vai esbanjar levianamente, a dor do pai é certamente muito grande. É fácil de compreender que, se o regresso deste filho à casa paterna alegra o pai, não acontece também o mesmo com o filho mais velho, que tinha permanecido junto do pai a trabalhar no campo. Fica furioso e recusa entrar na casa quando os servos lhe explicam o que se passa. Quando o pai o vem convidar, ele tem o coração vazio. Faz memória da fidelidade para confrontar o pai, do trabalho árduo que realizou e do facto de nunca ter tido um só cabrito para festejar com os seus amigos. Depois — será o medo de que o mais novo que gastou parte da herança possa receber outra retirada da sua parte? —, censura o pai pela festa que está a oferecer e na qual se recusa a participar. Ele parece querer excluir-se da mesa familiar.
Deus, o Pai, acolhe com magnanimidade o pecador que regressa. Acolhe do mesmo modo o servo fiel. Prepara a mesa para todos e deseja que cada um e cada uma tome o seu lugar.
Senhor Jesus, eu quero seguir-te.
Tu pedes à tua Igreja para não excluir os pecadores,
mas para os convidar à conversão.
Que ela prepare a mesa para todos e todas!
© Denise Lamarche, «Vie Liturgique», Novalis - Bayard Presse Canada inc
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
— a utilização ou publicação deste texto precisa da prévia autorização —