A catequese no Laboratório da fé
[Luz da Luz. Monte Fuji, Japão]
Ter uma espiritualidade de criança! É uma expressão para falar da simplicidade da fé. Mas crianças possuem a verdade não revelada aos sábios e aos inteligentes! Será que nós catequistas acreditamos que as crianças podem ter alguma coisa a dizer que nós não sabíamos já? Será que a sua espiritualidade nos pode enriquecer?
Que luz da luz e que Deus de Deus elas nos passam?
O segredo revelado aos pequenos é o conhecimento intuitivo do lugar de onde viemos. De um tempo pré-natal, do Deus verdadeiro do Deus verdadeiro. O segredo está patenteado em Mt 18, 10: retornar, à nanoescala, ao laço que une o ser humano a Deus!
A Margarida é a menina mais pequena da nossa sala da catequese. Pequena em tamanho, excessivamente baixa. Pequena na espiritualidade, excessivamente confiante. Perguntei-lhe o que é acreditar em Jesus?
Contou-me uma história, para eu perceber melhor. “A amiga perdeu o gatinho. Ela consolou-a dizendo-lhe que o gatinho irá aparecer porque ela o vai procurar.” Revisitar a confiança na palavra e no gesto de Jesus que nos procura e na fé do amigo.
A maioria dos teólogos esqueceu as palavras de Jesus sobre as crianças. Pensam que a espiritualidade autêntica exige a capacidade de consciência e a compreensão de um sistema perfeito de crença entre todos os Credos dos concílios.
A experiência de interioridade da relação é visível nestes pequenos seres quando chega o momento de oração. Eles suscitam em nós a relação de confiança. Eles levam-se a crer que Deus os habita. Como o Rodrigo que rezava pela transformação dos corações dos dois ladrões que cercavam a cruz de Cristo.
As crianças são profetas, geradas e não criadas, como o Pai.
Desejava que os catequistas, os educadores da fé fossem abertos à vida divina como um presente imprevisível. Deixar as respostas individualistas e autossuficientes da sua fé. O reino implica “ir procurar o gato do amigo” e acreditar que é possível milagrar a relação com os outros aprendendo a nanoesperar o Amor.
…
Creio no sorriso de Jesus nas crianças
Filho do mistério do amor
Pré-Natal desde sempre:
Deus em mim, Luz da Luz
Deus do imprestável de Deus dos cansaços;
Sem-abrigo, não acabado
Confiante ao Pai.
Por Ele tudo está inacabado.
© Luísa Alvim, catequista de coisas invisíveis na terra visível
© Laboratório da fé, 2013
Creio
em ti,
pai maternalamor poderoso,
criador do inútil e do imperfeito,
de todas as coisas nano e mínimas.
Creio no sorriso de Jesus nas crianças
Filho do mistério do amor
Pré-Natal desde sempre:
Deus em mim, Luz da Luz
Deus do imprestável de Deus dos cansaços;
Sem-abrigo, não acabado
Confiante ao Pai.
Por Ele tudo está inacabado.
E por nós, frágeis corpos,
E para o nosso cérebro mais amplo que os céus.
E chegou ao íntimo pelo Espírito Santo,
no misterioso cérebro humano,
E se fez menino.
Luísa Alvim, mãe de 3 filhos, sonhadora do impossível, é catequista de coisas invisíveis na terra visível, na paróquia de S. Victor, em Braga. Técnica superior na área de Biblioteca e Documentação na Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, desde 1995. Atualmente trabalha na Casa de Camilo - Museu e Centro e Estudos. Licenciada em Filosofia, pós-graduada em Ciências Documentais, Mestre em Ciência da Informação, e Doutoranda em Ciência da Informação e membro integrado do Centro e Investigação CIDEHUS na Universidade de Évora.
Outros artigos publicados no Laboratório da fé
NanoCredo
Creio
em ti,
pai maternalamor poderoso,
criador do inútil e do imperfeito,
de todas as coisas nano e mínimas.
Creio no sorriso de Jesus nas crianças
Filho do mistério do amor
Pré-Natal desde sempre:
Deus em mim, Luz da Luz
Deus do imprestável de Deus dos cansaços;
Sem-abrigo, não acabado
Confiante ao Pai.
Por Ele tudo está inacabado.
E por nós, frágeis corpos,
E para o nosso cérebro mais amplo que os céus.
E chegou ao íntimo pelo Espírito Santo,
no misterioso cérebro humano,
E se fez menino.
Luísa Alvim, mãe de 3 filhos, sonhadora do impossível, é catequista de coisas invisíveis na terra visível, na paróquia de S. Victor, em Braga. Técnica superior na área de Biblioteca e Documentação na Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, desde 1995. Atualmente trabalha na Casa de Camilo - Museu e Centro e Estudos. Licenciada em Filosofia, pós-graduada em Ciências Documentais, Mestre em Ciência da Informação, e Doutoranda em Ciência da Informação e membro integrado do Centro e Investigação CIDEHUS na Universidade de Évora.
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