— Todo tiene su momento - blog de Pedro Jaramillo —
Quarta-feira da primeira semana
— Evangelho segundo Lucas 11, 29-32
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
— «Fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas;
e aqui está quem é maior do que Jonas»
Em várias ocasiões, Jesus é comparado com alguns personagens do Antigo Testamento, para ressaltar a sua superioridade em relação a eles (o «cumprimento» daquilo que aquelas personagens significavam). No evangelho de hoje, a comparação é feita pelo próprio Jesus, comparando-se com Jonas e com Salomão.
É interessante e original apresentar a «pessoa/sinal». Jonas foi um sinal para os ninivitas (com a sua presença e o seu anúncio). Jesus (o Filho do Homem) é-o para os seus contemporâneos, com a sua presença, com a sua palavra e com as suas obras.
Jesus quer acusar a dureza de coração dos seus (daqueles sobre quem diz São João: «e os seus não o receberam»). Para isso, sublinha o contraste: os de fora acolhem; os de dentro recusam. A Rainha de Sabá não era judia, mas veio para escutar a sabedoria de Salomão. E a um maior do que Salomão, os seus contemporâneos não fazem caso dele. Os de Nínive (cidade não judaica) converteram-se com a pregação de Jonas. Mas perante a voz de um profeta maior do que Jonas, os seus contemporâneos não o escutam.
Trata-se de uma recriminação ferida. E de uma séria advertência: muitas vezes, os de fora estão melhor preparados para acolher Deus do que os de dentro.
É interessante e original apresentar a «pessoa/sinal». Jonas foi um sinal para os ninivitas (com a sua presença e o seu anúncio). Jesus (o Filho do Homem) é-o para os seus contemporâneos, com a sua presença, com a sua palavra e com as suas obras.
Jesus quer acusar a dureza de coração dos seus (daqueles sobre quem diz São João: «e os seus não o receberam»). Para isso, sublinha o contraste: os de fora acolhem; os de dentro recusam. A Rainha de Sabá não era judia, mas veio para escutar a sabedoria de Salomão. E a um maior do que Salomão, os seus contemporâneos não fazem caso dele. Os de Nínive (cidade não judaica) converteram-se com a pregação de Jonas. Mas perante a voz de um profeta maior do que Jonas, os seus contemporâneos não o escutam.
Trata-se de uma recriminação ferida. E de uma séria advertência: muitas vezes, os de fora estão melhor preparados para acolher Deus do que os de dentro.
— Sinais para o caminho de fé
- «A fé não se impõe, propõe-se», gostava de repetir João Paulo II. A proposta da fé há de contar também com a recusa.
- «É preciso converter por atração e não por imposição», gosta de repetir Bento XVI.
- No que diz respeito à fé, todos os crentes convertemo-nos em «pessoas/sinais». Essa é a nossa missão. O que não significa que todos os que nos vejam se convertam. Sendo «sinais de fé», facilitamos o caminho, mas não evitamos os tropeções.
- «Os mesmos de sempre» não somos mais dóceis à conversão. Pensamos que já estamos convertidos e nada nos move. Às vezes, os não crentes têm mais abertura ao anúncio de conversão. Ser crente não quer dizer já estar totalmente convertido. Estamos sempre a caminho.
© Pedro Jaramillo
© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
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