— Todo tiene su momento - blog de Pedro Jaramillo —
Sexta-feira de Cinzas
— Evangelho segundo Mateus 9, 14-15
Naquele tempo, os discípulos de João Batista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão-de jejuar».
— «Podem os companheiros do esposo ficar de luto,
enquanto o esposo estiver com eles?»
Repete-se o tema do jejum numa outra perspetiva. Como prática piedosa, clássica na Quaresma, precisa de ser iluminada. É o próprio Jesus quem esclarece.
A pergunta vem dos discípulos de João. O grupo de João continuou a existir, nos primeiros tempos da Igreja primitiva. Sem dúvida, a cena é recordada para esclarecer a nova atitude dos discípulos de Jesus na relação com o jejum. Vê-se claramente que não era uma característica da comunidade primitiva. De facto, não se diz deles: «olhem como jejuam»; mas: «olhem como se amam». E, a partir do amor, se é preciso jejuar, jejua-se.
A justificação de Jesus é cristológica: ele é «o esposo» e a salvação é a «novo banquete», a nova aliança no seu sangue. A salvação é para ser celebrada, não para ser «sofrida». O jejum tem sentido apenas no tempo de espera: JÁ celebramos as bodas do cordeiro; AINDA NÃO chegou o banquete escatológico.
A pergunta vem dos discípulos de João. O grupo de João continuou a existir, nos primeiros tempos da Igreja primitiva. Sem dúvida, a cena é recordada para esclarecer a nova atitude dos discípulos de Jesus na relação com o jejum. Vê-se claramente que não era uma característica da comunidade primitiva. De facto, não se diz deles: «olhem como jejuam»; mas: «olhem como se amam». E, a partir do amor, se é preciso jejuar, jejua-se.
A justificação de Jesus é cristológica: ele é «o esposo» e a salvação é a «novo banquete», a nova aliança no seu sangue. A salvação é para ser celebrada, não para ser «sofrida». O jejum tem sentido apenas no tempo de espera: JÁ celebramos as bodas do cordeiro; AINDA NÃO chegou o banquete escatológico.
— Sinais para o caminho de fé
- A fé tem uma dimensão «festiva». A fé não se sofre, rejubila-se. Contra todas as tendências de uma fé «masoquista», proclama-se com força «a alegria da salvação».
- As imagens do noivo/ esposo/ casamento/ boda/ banquete/ festa..., tão frequentes no Antigo e no Novo Testamento, são um convite a acolher a fé num contexto de júbilo. E de abundância: o banquete da «boda messiânica» é de vinhos especiais e manjares suculentos.
- Quando a fé se começa a sentir como uma carga, é preciso recordar com o salmista: «Tu dás uma alegria maior ao meu coração do que a daqueles que têm trigo e vinho em abundância» (Salmo 4, 8). «Um santo triste é um triste santo», dizia Santa Teresa.
© Pedro Jaramillo
© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2013
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