— palavra para segunda-feira da quinta semana —



— Evangelho segundo Marcos 6, 53-56

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para terra em Genesaré, onde aportaram. Quando saíram do barco, as pessoas reconheceram logo Jesus; então percorreram toda aquela região e começaram a trazer os doentes nos catres, para onde ouviam dizer que Ele estava. Nas aldeias, cidades ou casais onde Jesus entrasse, colocavam os enfermos nas praças públicas e pediam que os deixasse tocar-Lhe ao menos na orla do manto. E todos os que O tocavam ficavam curados.

— Colocavam os enfermos nas praças públicas

Este relato é uma espécie de resumo da atividade de Jesus: percorre as cidades da Galileia, acolhe os doentes, cura-os. Neste pequeno texto repete-se a ligação profunda entre Jesus e os doentes. A principal preocupação dos habitantes dos locais por onde Jesus passava era trazer até junto dele todos os doentes. «Colocavam os enfermos nas praças públicas».
Havia uma atração mútua entre Jesus e os doentes. Jesus transmitia saúde, bem-estar, alegria, vida. Jesus é a humanização de Deus no quotidiano. Em Jesus Cristo, Deus não se torna presente apenas e principalmente através de uma doutrina, um ritual, um conjunto de regras, ou por uma vida ascética afastada das pessoas. Deus torna-se presente através da humanidade, assume a condição humana para lhe devolver toda a dignidade. Daí a preocupação por acolher e curar todos os que padeciam de qualquer tipo de doença ou sofrimento.
Ser cristãos é muito mais do que proclamar uma doutrina. A vocação e a missão do cristão concretiza-se na relação com os outros, a começar pelos que sofrem. O cristianismo tem de ser uma espiritualidade que, tal como Jesus, transmite saúde, bem-estar, alegria, vida.

Hoje, onze de fevereiro, celebra-se o Dia Mundial do Doente. «Vai e faz tu também o mesmo» — é o tema proposto pelo Papa Bento XVI, a partir do evangelho segundo Lucas (10, 37): «A parábola evangélica narrada por São Lucas faz parte duma série de imagens e narrações tomadas da vida diária, pelas quais Jesus quer fazer compreender o amor profundo de Deus por cada ser humano, especialmente quando se encontra na doença e no sofrimento. Ao mesmo tempo, [...] indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, particularmente se necessitados de cuidados. [...] O Ano da Fé, que estamos a viver, constitui uma ocasião propícia para se intensificar o serviço da caridade nas nossas comunidades eclesiais, de modo que cada um seja bom samaritano para o outro, para quem vive ao nosso lado» (Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente — 11 de fevereiro de 2013).

© Laboratório da fé, 2013

Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 11.2.13 | Sem comentários
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