A melhor forma de viver o domingo é ler os textos litúrgicos. A Palavra de Deus tem de orientar a vida dos cristãos. Hoje, detenho-me nos primeiros versículos da leitura do profeta Isaías: «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e brilha sobre ti a glória do Senhor. Vê como a noite cobre a terra e a escuridão os povos. Mas, sobre ti levanta-Se o Senhor e a sua glória te ilumina. As nações caminharão à tua luz». Nos nossos dias, sentimos esta mesma situação: luz e glória, trevas e escuridão. E, no horizonte, o desejo de caminhar à luz do Senhor.
Durante o ano passado, no nosso país, ecoou o clamor de pessoas de todas as idades e condições sociais que saíram à rua para mostrar a sua dor e indignação perante as medidas económicas e sociais tomadas pelos governantes. Para essas pessoas e para as suas famílias, tais medidas eram escuridão e trevas que desciam sobre o presente e o futuro, afetando muito fortemente os mais desfavorecidos. Doi, e indigna, os terríveis cortes às instituições dedicadas a cuidar dos mais débeis, que com as migalhas que caem de algumas mesas poderiam ir ao encontro de pessoas muito carentes de atenção, de carinho, de respeito pela sua dignidade, pessoas feridas pelas situações da vida.
Não duvidamos que os cortes sejam necessários. Mas será que se começou a cortar pelo lugar certo e justo? Há números que ferem a nossa sensibilidade! As redes sociais não deixam de recolher dados sobre reformas astronómicas, fraudes bancárias, paraísos fiscais, negócios sem ética nem escrúpulos, gastos faustosos. Perante todas estas situações, a Igreja tem de partilhar as alegrias e esperanças, angústias e tristezas dos que mais são afetados. Somos — temos de ser — solidários com os que sofrem! Ao fazê-lo estaremos a seguir os passos, os gestos, a luz de nosso Senhor Jesus Cristo, como bem expressou João XXIII na Encíclica «Mãe e mestra».
Amigo leitor, tu e eu, não estamos livres do pecado! Participamos da escuridão e das trevas que nos levaram a esta situação. Talvez nos tenhamos deixado conduzir pelo consumismo compulsivo, muito para além das nossas possibilidades. Apesar de tudo, caminhemos semeando luz e esperança com os nossos gestos proféticos de justiça e compaixão, unidos a todos os que os exigem, nas ruas e nas praças.
© Equipo «Eucaristía», Verbo Divino
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé
Durante o ano passado, no nosso país, ecoou o clamor de pessoas de todas as idades e condições sociais que saíram à rua para mostrar a sua dor e indignação perante as medidas económicas e sociais tomadas pelos governantes. Para essas pessoas e para as suas famílias, tais medidas eram escuridão e trevas que desciam sobre o presente e o futuro, afetando muito fortemente os mais desfavorecidos. Doi, e indigna, os terríveis cortes às instituições dedicadas a cuidar dos mais débeis, que com as migalhas que caem de algumas mesas poderiam ir ao encontro de pessoas muito carentes de atenção, de carinho, de respeito pela sua dignidade, pessoas feridas pelas situações da vida.
Não duvidamos que os cortes sejam necessários. Mas será que se começou a cortar pelo lugar certo e justo? Há números que ferem a nossa sensibilidade! As redes sociais não deixam de recolher dados sobre reformas astronómicas, fraudes bancárias, paraísos fiscais, negócios sem ética nem escrúpulos, gastos faustosos. Perante todas estas situações, a Igreja tem de partilhar as alegrias e esperanças, angústias e tristezas dos que mais são afetados. Somos — temos de ser — solidários com os que sofrem! Ao fazê-lo estaremos a seguir os passos, os gestos, a luz de nosso Senhor Jesus Cristo, como bem expressou João XXIII na Encíclica «Mãe e mestra».
Amigo leitor, tu e eu, não estamos livres do pecado! Participamos da escuridão e das trevas que nos levaram a esta situação. Talvez nos tenhamos deixado conduzir pelo consumismo compulsivo, muito para além das nossas possibilidades. Apesar de tudo, caminhemos semeando luz e esperança com os nossos gestos proféticos de justiça e compaixão, unidos a todos os que os exigem, nas ruas e nas praças.
© Equipo «Eucaristía», Verbo Divino
© Tradução e adaptação de Laboratório da fé