— Meditação de 31 de dezembro de 2012 —
© Ateliers & Presses de Taizé, Communauté de Taizé, 71250 Taizé, France
Ontem à noite anunciei as próximas etapas da nossa peregrinação de confiança. Contudo, esta peregrinação prossegue também, e em primeiro lugar, na vida quotidiana de cada um de nós.
Fazer-se peregrino para criar laços de comunhão e de amizade é necessário em todo o lado: com os que nos são próximos, com os que vivem ao pé de nós. Precisamos uns dos outros, porque todos somos, num certo sentido, pobres.
Precisamos uns dos outros na vida das nossas sociedades. O desenvolvimento e o progresso não pode mais ficar reservados para alguns, enquanto a maior parte da humanidade empobrece. As dificuldades económicas, que aumentam, levam não a menos solidariedade, mas a mais solidariedade.
A partilha dos bens materiais, longe de ameaçar o nosso bem-estar, pode conduzir-nos a uma realização pessoal e à alegria de viver. Nestes dias, muitos de entre vós encontraram coragem, ao descobrirem iniciativas concretas de solidariedade, aqui, em Roma: por exemplo, as que visam dar trabalho aos jovens ou ajudar os refugiados.
Precisamos também uns dos outros, entre povos e entre continentes. Uma das causas da injustiça no mundo encontra-se no desconhecimento recíproco. Se conhecêssemos algumas situações de mais perto, descobriríamos melhor os meios para sair das oposições.
Cristo reúne-nos de todas as línguas e de todos os povos. Como deixar acender em nós a paixão da unidade, esse fogo que Cristo veio atear sobre a terra?
Amanhã, 1 de Janeiro, é o dia da paz. Se nós, cristãos, assumíssemos juntos um compromisso prioritário pela justiça e pela paz, uma nova vitalidade do cristianismo poderia nascer: um cristianismo humilde, que não impõe nada, mas que é sal da terra.
Para isso, importa que nos envolvamos todos, vindos de diferentes tradições cristãs. Não esperemos que o caminho da unidade esteja programado até ao fim; antecipemos a reconciliação! Já não podemos continuar a alimentar as separações. Por causa das nossas divisões o sal da mensagem evangélica está a começar a perder o seu sabor.
Como baptizados, todos pertencemos a Cristo ; fazemos parte do Corpo de Cristo. Que a nossa identidade de baptizados esteja em primeiro lugar; que ela passe à frente da nossa identidade confessional!
Recusemos fazer separadamente o que podemos fazer juntos. Visitemo-nos uns aos outros. Há também um desconhecimento recíproco entre diferentes confissões cristãs. Quando o ultrapassamos descobrimos tesouros do Evangelho nos outros.
Voltemo-nos juntos, com humildade, para Cristo, talvez em silêncio. Escutemos juntos a sua palavra. Procuremos juntos a sua face, tal como estamos a fazer aqui, durantes estes dias.
Então, o Espírito Santo vem, como no Pentecostes. Juntos podemos pôr em prática o apelo de Cristo: «Sereis minhas testemunhas até aos confins da terra».
© Ateliers & Presses de Taizé, Communauté de Taizé, 71250 Taizé, France
Ontem à noite anunciei as próximas etapas da nossa peregrinação de confiança. Contudo, esta peregrinação prossegue também, e em primeiro lugar, na vida quotidiana de cada um de nós.
Fazer-se peregrino para criar laços de comunhão e de amizade é necessário em todo o lado: com os que nos são próximos, com os que vivem ao pé de nós. Precisamos uns dos outros, porque todos somos, num certo sentido, pobres.
Precisamos uns dos outros na vida das nossas sociedades. O desenvolvimento e o progresso não pode mais ficar reservados para alguns, enquanto a maior parte da humanidade empobrece. As dificuldades económicas, que aumentam, levam não a menos solidariedade, mas a mais solidariedade.
A partilha dos bens materiais, longe de ameaçar o nosso bem-estar, pode conduzir-nos a uma realização pessoal e à alegria de viver. Nestes dias, muitos de entre vós encontraram coragem, ao descobrirem iniciativas concretas de solidariedade, aqui, em Roma: por exemplo, as que visam dar trabalho aos jovens ou ajudar os refugiados.
Precisamos também uns dos outros, entre povos e entre continentes. Uma das causas da injustiça no mundo encontra-se no desconhecimento recíproco. Se conhecêssemos algumas situações de mais perto, descobriríamos melhor os meios para sair das oposições.
Cristo reúne-nos de todas as línguas e de todos os povos. Como deixar acender em nós a paixão da unidade, esse fogo que Cristo veio atear sobre a terra?
Amanhã, 1 de Janeiro, é o dia da paz. Se nós, cristãos, assumíssemos juntos um compromisso prioritário pela justiça e pela paz, uma nova vitalidade do cristianismo poderia nascer: um cristianismo humilde, que não impõe nada, mas que é sal da terra.
Para isso, importa que nos envolvamos todos, vindos de diferentes tradições cristãs. Não esperemos que o caminho da unidade esteja programado até ao fim; antecipemos a reconciliação! Já não podemos continuar a alimentar as separações. Por causa das nossas divisões o sal da mensagem evangélica está a começar a perder o seu sabor.
Como baptizados, todos pertencemos a Cristo ; fazemos parte do Corpo de Cristo. Que a nossa identidade de baptizados esteja em primeiro lugar; que ela passe à frente da nossa identidade confessional!
Recusemos fazer separadamente o que podemos fazer juntos. Visitemo-nos uns aos outros. Há também um desconhecimento recíproco entre diferentes confissões cristãs. Quando o ultrapassamos descobrimos tesouros do Evangelho nos outros.
Voltemo-nos juntos, com humildade, para Cristo, talvez em silêncio. Escutemos juntos a sua palavra. Procuremos juntos a sua face, tal como estamos a fazer aqui, durantes estes dias.
Então, o Espírito Santo vem, como no Pentecostes. Juntos podemos pôr em prática o apelo de Cristo: «Sereis minhas testemunhas até aos confins da terra».