Há 50 anos, quando se iniciou o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII, exprimiu a alegria nestes termos: «alegra-se a Santa Mãe Igreja, porque, por singular dom da Providência divina, amanheceu o dia tão ansiosamente esperado» e, dirigindo-se aos Bispos disse: «o Concílio, que agora começa, surge na Igreja como dia que promete a luz mais brilhante. Estamos apenas na aurora: mas já o primeiro anúncio do dia que nasce de quanta suavidade não enche o nosso coração! Aqui tudo respira santidade, tudo leva a exultar! Contemplemos as estrelas, que aumentam com o seu brilho a majestade deste templo; aquelas estrelas, segundo o testemunho do Apóstolo são João (Ap 1, 20) sois vós mesmos; e convosco vemos brilhar aqueles candelabros dourados à volta do sepulcro do Príncipe dos Apóstolos, isto é, as igrejas a vós confiadas (Ap 1, 20)».
Estamos em pleno Ano da Fé, sob a convocação feliz do Papa Bento XVI, a celebrar e a viver a fé no jubileu da abertura do enorme acontecimento de graça para a Igreja e para o mundo e, assim, repartir de Cristo nos novos caminhos da missão. O Catecismo da Igreja Católica sintetiza de modo claro: «“crer” é um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, suporta e nutre a nossa fé. A Igreja é a Mãe de todos os crentes». S. Cipriano, Bispo de Cartago, gostava de sublinhar: «ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tiver a Igreja por Mãe».
A Igreja é a casa da fé, de todos os que aderem de coração inteiro ao encontro transformador com Jesus Cristo.
Ele não é só o fundador da Igreja, mas é o seu fundamento, o mesmo ontem, hoje e sempre. A própria origem etimológica Ecclesia, designa já o sentido profundo, como a assembleia convocada. A Igreja é convocada pela fé e convoca à fé.
Na Liturgia há duas expressões marcantes desta íntima relação da fé com a Igreja: uma na celebração do Batismo e Confirmação: «Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja», outra na Eucaristia: «não olheis aos nossos pecados, mas à fé da vossa Igreja».
A fé da Igreja acredita «que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre» (GS 10). Cristo, «companheiro do homem peregrino através dos perigos desta vida, conduz os nossos passos, sempre firmes, a caminho da terra prometida» (Hino da Liturgia).
A inteligência da fé é simples, mas não é fácil. Ela só se desenvolve na alegria. Acreditar em Deus uno e trino – Pai, Filho e Espírito Santo; na una, santa, católica e apostólica Igreja; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne e na vida eterna; no homem como caminho da Igreja; no primado da dignidade humana: liberdade, bem comum, justiça – grande e bela é a alegria da fé da Igreja!
© D. José Manuel Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda
© Agência Ecclesia
Estamos em pleno Ano da Fé, sob a convocação feliz do Papa Bento XVI, a celebrar e a viver a fé no jubileu da abertura do enorme acontecimento de graça para a Igreja e para o mundo e, assim, repartir de Cristo nos novos caminhos da missão. O Catecismo da Igreja Católica sintetiza de modo claro: «“crer” é um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, suporta e nutre a nossa fé. A Igreja é a Mãe de todos os crentes». S. Cipriano, Bispo de Cartago, gostava de sublinhar: «ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tiver a Igreja por Mãe».
A Igreja é a casa da fé, de todos os que aderem de coração inteiro ao encontro transformador com Jesus Cristo.
Ele não é só o fundador da Igreja, mas é o seu fundamento, o mesmo ontem, hoje e sempre. A própria origem etimológica Ecclesia, designa já o sentido profundo, como a assembleia convocada. A Igreja é convocada pela fé e convoca à fé.
Na Liturgia há duas expressões marcantes desta íntima relação da fé com a Igreja: uma na celebração do Batismo e Confirmação: «Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja», outra na Eucaristia: «não olheis aos nossos pecados, mas à fé da vossa Igreja».
A fé da Igreja acredita «que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre» (GS 10). Cristo, «companheiro do homem peregrino através dos perigos desta vida, conduz os nossos passos, sempre firmes, a caminho da terra prometida» (Hino da Liturgia).
A inteligência da fé é simples, mas não é fácil. Ela só se desenvolve na alegria. Acreditar em Deus uno e trino – Pai, Filho e Espírito Santo; na una, santa, católica e apostólica Igreja; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne e na vida eterna; no homem como caminho da Igreja; no primado da dignidade humana: liberdade, bem comum, justiça – grande e bela é a alegria da fé da Igreja!
© D. José Manuel Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda
© Agência Ecclesia