— palavra para domingo, batismo de jesus —

A festa do Batismo de Jesus é de origem recente. Concretamente, foi instituída em mil novecentos e sessenta, com uma data fixa: treze de janeiro. O sentido era mostrar que a manifestação de Jesus ao mundo ficava mais completa com a anúncio vindo do céu no dia do batismo. Ao mesmo tempo, oferecia aos batizados uma boa ocasião para refletir sobre a sua condição, já que é no Sacramento do Batismo que se inicia a nossa biografia cristã, o caminho da nossa fé. A reforma mais recente do calendário litúrgico colocou a festa do Batismo de Jesus no domingo depois do dia seis de janeiro (em alguns anos, por causa das datas tardias dos primeiros domingos do ano, celebra-se na segunda-feira depois da Epifania).
O relato de Lucas não dá nenhuma importância ao facto concreto do batismo; apenas o refere: «Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batizado». O centro deste relato não é o acontecimento. Podemos situar o centro do relato em duas perspetivas: uma em relação aos sinais que estão associados ao batismo de Jesus; outra em relação ao anúncio profético de João Batista.
Os sinais são o céu aberto, a descida do Espírito, a voz do Pai. De acordo com a tradição bíblica, todos estes sinais estão relacionados com o Messias. Segundo essa mentalidade, Deus está no céu e tem de vir, tem de descer. Quando o céu se abre é sinal da vinda de Deus, é sinal da proximidade de Deus em relação ao ser humano. Ora, esta vinda de Deus tem de ser descrita de uma forma visível para poder ser entendida. Por isso, o evangelista faz uma descrição visual de um acontecimento que é muito mais íntimo do que externo (visível). O importante não é o que aconteceu fora, mas o que Jesus viveu interiormente com esse acontecimento. O que nos tem de interessar é a descoberta da relação de Deus com o ser humano; e a resposta que Jesus deu quando tomou consciência da relação com Deus. O batismo marca uma viragem decisiva na vida de Jesus. O importante para nós é procurar descobrir o que se passou no interior de Jesus; e ver até que ponto também nós nos podemos aproximar dessa mesma experiência vital.
A outra perspetiva que nos é apresentada pelo evangelista concentra a nossa atenção nas palavras de João Batista: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu [...]. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Agora, o mais importante já não é a água, mas o Espírito Santo e o fogo. O Espírito Santo remete para a dimensão interior, a transformação interior profunda; o fogo para a dimensão exterior, o compromisso de ação. Por isso, hoje é uma boa ocasião para refletir sobre a nossa condição de batizadas e batizados. Podemos agradecer a Deus o dom e a graça da fé (interior) e o renovarmos o compromisso batismal (exterior).
Estás consciente do compromisso do Batismo: viver como filho de Deus? O Sacramento do Batismo não é apenas um ato de piedade realizado pelos pais e padrinhos. É o início de uma vida nova. Por isso, a fé não é a posse tranquila de um dom. Ela precisa de crescer e de amadurecer. O Papa insiste na importância de «redescobrir o caminho da fé». Precisamos de voltar às raízes da nossa fé. Colocar-nos em contato com o Evangelho, a Boa Nova anunciada por Jesus Cristo. Como fazemos em cada Eucaristia, alimentarmo-nos da Palavra da Salvação e do Pão da Vida.

— Evangelho segundo Lucas 3, 15-16.21-22
Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias. João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batizado; e, enquanto orava, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba. E do céu fez-se ouvir uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência».
— Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo
A liturgia de hoje dá um salto no tempo — da infância para a idade adulta — e apresenta-nos o Batismo de Jesus. É um acontecimento que leva à plenitude a «epifania», a manifestação de Deus a todos os povos através de Jesus Cristo: «Do céu fez-se ouvir uma voz: ‘tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência».A festa do Batismo de Jesus é de origem recente. Concretamente, foi instituída em mil novecentos e sessenta, com uma data fixa: treze de janeiro. O sentido era mostrar que a manifestação de Jesus ao mundo ficava mais completa com a anúncio vindo do céu no dia do batismo. Ao mesmo tempo, oferecia aos batizados uma boa ocasião para refletir sobre a sua condição, já que é no Sacramento do Batismo que se inicia a nossa biografia cristã, o caminho da nossa fé. A reforma mais recente do calendário litúrgico colocou a festa do Batismo de Jesus no domingo depois do dia seis de janeiro (em alguns anos, por causa das datas tardias dos primeiros domingos do ano, celebra-se na segunda-feira depois da Epifania).
O relato de Lucas não dá nenhuma importância ao facto concreto do batismo; apenas o refere: «Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batizado». O centro deste relato não é o acontecimento. Podemos situar o centro do relato em duas perspetivas: uma em relação aos sinais que estão associados ao batismo de Jesus; outra em relação ao anúncio profético de João Batista.
Os sinais são o céu aberto, a descida do Espírito, a voz do Pai. De acordo com a tradição bíblica, todos estes sinais estão relacionados com o Messias. Segundo essa mentalidade, Deus está no céu e tem de vir, tem de descer. Quando o céu se abre é sinal da vinda de Deus, é sinal da proximidade de Deus em relação ao ser humano. Ora, esta vinda de Deus tem de ser descrita de uma forma visível para poder ser entendida. Por isso, o evangelista faz uma descrição visual de um acontecimento que é muito mais íntimo do que externo (visível). O importante não é o que aconteceu fora, mas o que Jesus viveu interiormente com esse acontecimento. O que nos tem de interessar é a descoberta da relação de Deus com o ser humano; e a resposta que Jesus deu quando tomou consciência da relação com Deus. O batismo marca uma viragem decisiva na vida de Jesus. O importante para nós é procurar descobrir o que se passou no interior de Jesus; e ver até que ponto também nós nos podemos aproximar dessa mesma experiência vital.
A outra perspetiva que nos é apresentada pelo evangelista concentra a nossa atenção nas palavras de João Batista: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu [...]. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Agora, o mais importante já não é a água, mas o Espírito Santo e o fogo. O Espírito Santo remete para a dimensão interior, a transformação interior profunda; o fogo para a dimensão exterior, o compromisso de ação. Por isso, hoje é uma boa ocasião para refletir sobre a nossa condição de batizadas e batizados. Podemos agradecer a Deus o dom e a graça da fé (interior) e o renovarmos o compromisso batismal (exterior).
Estás consciente do compromisso do Batismo: viver como filho de Deus? O Sacramento do Batismo não é apenas um ato de piedade realizado pelos pais e padrinhos. É o início de uma vida nova. Por isso, a fé não é a posse tranquila de um dom. Ela precisa de crescer e de amadurecer. O Papa insiste na importância de «redescobrir o caminho da fé». Precisamos de voltar às raízes da nossa fé. Colocar-nos em contato com o Evangelho, a Boa Nova anunciada por Jesus Cristo. Como fazemos em cada Eucaristia, alimentarmo-nos da Palavra da Salvação e do Pão da Vida.