Segundo domingo —  20 de janeiro —
 
Terceira Epifania... — O que hoje nos apresenta o evangelista João é uma reflexão teológica, uma epifania. De facto, a Igreja durante muito tempo celebrava três acontecimentos na Epifania: a manifestação de Jesus aos Magos, isto é, a todos os povos; a manifestação de Jesus ao povo judeu, no Batismo; a manifestação aos discípulos, nas Bodas de Caná. Agora, esta lógica mantém-se com a proposta litúrgica a estender os três mistérios da Epifania por três domingos. Por isso, antes de começar a leitura contínua do evangelho segundo Lucas, somos convidados a saborear uma página do evangelho segundo João.
Jesus vem dar respostas diferentes, novas, às necessidades do povo. O vinho é sinal da Nova Aliança, que renova a Antiga. Pela presença e pela palavra de Jesus, a Antiga Aliança — a água da «purificação» — converte-se na Nova Aliança — o «vinho bom». A novidade é o encontro com Cristo, o encontro com o Deus da vida. Uma novidade que possibilita dar o sim à aliança — «boda» — que ele oferece a todas as pessoas. A Nova Aliança é com todos os povos. Cumprem-se as profecias. Todos os homens e mulheres são convidados a participar plenamente na vida de Deus.
A conclusão da passagem — «Manifestou a sua glória» — sublinha que Jesus vem para manifestar a sua glória, isto é, para revelar, na carne da humanidade, quem é Deus. Uma manifestação que espera ser acolhida. Acolher é «acreditar n'Ele». E dito ao contrário: acreditar tem um sentido muito preciso: acolher Jesus, acolher a sua palavra, a sua maneira de viver. Não é uma questão intelectual, mas de experiência pessoal. A fé dos discípulos, que nasce nesta boda, faz-nos valorizar a festa eclesial, a Igreja que se reúne para nascer e crescer na fé, para acolher e amar Jesus Cristo.

© Josep Maria Romaguera (Misa dominical)
© tradução e adaptação de Laboratório da fé



Postado por Marcelino Paulo Ferreira | 20.1.13 | Sem comentários
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