tag:blogger.com,1999:blog-64657452597705038152022-09-10T12:35:59.716+01:00Laboratório da fé«Redescobrir o caminho da fé» — Bento XVI, «A Porta da Fé», 2Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.comBlogger2006125tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-26528960547499202702016-01-02T13:14:00.000+00:002016-01-02T13:14:47.751+00:00A sua glória te ilumina<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO DA EPIFANIA</span></h2><div><br />É Natal, plenamente Natal! Com a Epifania — palavra que significa «manifestação» — o Natal recebe toda a sua plenitude: «os gentios recebem a mesma herança» (segunda leitura). Jesus Cristo não veio à terra apenas para os cristãos, mas para todos os seres humanos, homens e mulheres, para todas as nações, ricas e pobres, como recorda a profecia de Isaías (primeira leitura). Tal é a amplitude do mistério, «uma grande paz até ao fim dos tempos» (salmo): maravilha da salvação oferecida aos que, na noite, sabem levantar os olhos para ver a estrela e decidem pôr-se a caminho (evangelho). Para eles (e para nós), «uma grande alegria»!<br /><br />«<b>A sua glória te ilumina</b>»<br />A primeira leitura proposta para o domingo da Epifania, retirada do profeta Isaías, expressa o mistério do dia com uma espécie de pregão: «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e brilha sobre ti a glória do Senhor. […] As nações caminharão à tua luz e os reis ao esplendor da tua aurora». A luz como sinal de salvação volta a ser o tema dominante. Em estreita sintonia com esta palavra usam-se termos como resplandece, brilha, ilumina, esplendor, aurora.<br />A terceira parte do livro de Isaías («Terceiro Isaías») serve-se da imagem de Jerusalém, símbolo da presença de Deus, para afirmar que todos os povos hão de ir ao encontro da cidade, o mesmo é dizer, de Deus. Apesar de humilhada ao longo da história (um dos principais exemplos dessa humilhação foi a destruição levada a cabo por Nabucodonosor e o consequente exílio para a Babilónia), agora, com a presença de Deus, Jerusalém atrairá a si todos os povos, todas as religiões, todas as culturas, todas as pessoas. E trazem consigo os seus melhores dons. A cidade de Deus voltará a ser o orgulho dos povos e nela reinará a justiça e a paz; nunca mais haverá noite, pois será iluminada pelo próprio Deus: «A sua glória te ilumina».<br />No contexto litúrgico, o trecho exprime o sentido da festa: a universalidade da salvação. O centro não é propriamente a cidade em si mesma, mas o facto de nela se manifestar a presença de Deus. A luz de Deus é para todos!<br />As palavras do profeta, carregadas de esperança, convidam os seus ouvintes a levantar o ânimo e a experimentar a misericórdia de Deus. Hoje, a profecia converte-nos em testemunhas do movimento de Israel da escuridão para a luz; do desespero para a esperança; da consternação para o bem-estar; da violência para a paz; do ódio para o amor.<br /><br />Neste Ano Santo, Deus quer fazer brilhar a luz da sua misericórdia em cada pessoa. E quer precisar da nossa colaboração comprometida e alegre. Assim, o Natal desafia-nos a gerar amor. Jesus Cristo é Deus connosco, é o amor de Deus presente na nossa carne. O Natal é a revelação da gratuidade e da misericórdia, do amor e da alegria do Evangelho. «Quando dizemos ‘é Natal’ estamos a dizer: Deus disse ao mundo a sua última, mais profunda e formosa palavra numa Palavra feita carne [...]. E esta Palavra significa: eu amo-vos, a ti, mundo, e a vós, seres humanos» (Karl Rahner).</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-xQZtXcUiHJI/VofMoHbpQ7I/AAAAAAAAJhg/dQMSW18lc9U/s1600/EpifaniaC16_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-xQZtXcUiHJI/VofMoHbpQ7I/AAAAAAAAJhg/dQMSW18lc9U/s1600/EpifaniaC16_600_tema.jpg" /></a></div><div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-25745257554825523172015-12-27T23:47:00.000+00:002015-12-30T23:27:07.468+00:00Até domingo... Epifania<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">ORAÇÃO DIÁRIA A PARTIR DO EVANGELHO</span></span></h2><h2><div style="font-size: medium; font-weight: normal;"><span style="color: #570b3f;">3 DE JANEIRO DE 2015</span></div></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Evangelho segundo Mateus 2, 1-12</span></h3><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles – o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’». Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: «Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.</span></div></div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Segunda, 28: </span>QUEM SÃO OS MAGOS?</span></h4>Curiosos personagens são estes «magos» (não necessariamente «reis»!), de quem sabemos apenas que vêm «do Oriente». Com eles, vou caminhar esta semana, e entrar num novo ano! A caminhada deles interpela-me: pagãos, são guiados até Cristo, de quem estamos a celebrar o nascimento. Hoje, quem são esses «outros crentes», vindos de outras tradições diferentes das cristãs, e que, pela sua procura, nos mostram que Jesus Cristo continua a atrair de todos os lados?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Terça, 29: </span>NASCER, UM ACONTECIMENTO</span></h4>Não é apenas o rei Herodes que fica «perturbado» ao ter conhecimento do nascimento do «rei dos judeus», mas «com ele, toda a cidade de Jerusalém». Dois reis, é demais! Como o simples nascimento dum ser humano pode mudar a face da terra... Senhor, faz com que também eu fique também perturbado pelo inacreditável acontecimento que, diariamente, se vive centenas de milhares de vezes no nosso mundo: o nascimento de novos seres humanos.<br /><div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quarta, 30: </span>SABER, MAS PARA QUÊ?</span></h4>Os príncipes dos sacerdotes e os escribas reunidos por Herodes esclarecem-no em pormenor. Contemplo essa pequena assembleia de gente sábia e diplomada: o seu conhecimento das Escrituras é perfeito. Mas continuam parados. O nascimento do rei dos judeus deixa-os indiferentes, a acreditar que preferem o conforto da sua procura científica que lhes oferece novidades da salvação. Senhor, de que me serve aprender?</div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quinta, 31: </span>TENHO A ESCOLHA...</span></h4>Herodes «mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas». Já se prepara o ambiente de uma meticulosa conspiração. Também eu, sabendo que nasceu o pastor do meu povo, posso escolher alegrar-me com esta novidade ou deixar endurecer o meu coração. É uma escolha diária.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sexta, 1: </span>QUE ALEGRIA HÁ DE VIR?</span></h4>Um novo ano se inicia: confiemo-lo à Virgem Maria, mãe do nosso Senhor. Como os Magos ao verem a estrela que os guia, não receemos sentir «uma grande alegria». O que é que, neste novo ano, me poderá fazer viver um sentimento com tal energia?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sábado, 2: </span>ADORAR?!</span></h4>Por três vezes é mencionado o verbo adorar, sinal do respeito por... um bebé nascido numa manjedoura! Contemplo a cena e deixo-a pôr em questão as «adorações contemporâneas» das quais sou testemunha ou ator principal: as que são feitas às pessoas que admiramos porque ganham muito dinheiro ou feitas diante de objetos por elas apresentados para terem mais vendas. Também há as que se realizam pelos membros duma comunidade de serviço aos marginalizados da sociedade... Quais são as «adorações» que prefiro?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Domingo, 3: </span>A SALVAÇÃO NÃO É UM MONOPÓLIO</span></h4>Como diz Paulo aos Efésios (segunda leitura), «os gentios recebem a mesma herança». A Igreja, formada pelo povo dos batizados, da qual somos uma porção ao celebrar a eucaristia de domingo, não se pode compreender a si mesma se esquecer os que não fazem parte. Quaisquer que sejam as crenças dos Magos, são eles que nos indicam a atitude correta quanto à «herança»: prostram-se para adorar, gesto que Herodes é incapaz de fazer, apesar das suas palavras. Quer nos consideremos cristãos habituais, quer recentemente convertidos, não esqueçamos de nos deixar iluminar pelos que não estavam <i>a priori</i> «abrangidos» (porque ignorantes da história de Israel), pois são eles que nos revelam a eterna novidade de Jesus Cristo.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">© </span><a href="http://www.versdimanche.com/" target="_blank"><b><span style="color: #4c1130;">www.versdimanche.com</span></b></a><br /><span style="color: #570b3f;">© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2015</span><br /><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-DMe3D1x1IMw/VoB4BfkmZ4I/AAAAAAAAJf0/Upqa7JM6gBI/s1600/EpifaniaC16_rezar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-DMe3D1x1IMw/VoB4BfkmZ4I/AAAAAAAAJf0/Upqa7JM6gBI/s1600/EpifaniaC16_rezar.jpg" /></a></div><br /></div><br /><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-86570919490869569372015-12-25T21:51:00.000+00:002015-12-25T21:51:16.938+00:00Seja consagrado ao Senhor<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA</span></h2><div><br />Em tempo de Natal, eis-nos convidados a contemplar a Sagrada Família que, diz a oração coleta, Deus nos dá como «modelo de vida». Somos desafiados a imitar a confiança de Maria e de José, a docilidade deles à Palavra, ao Espírito, aos «acontecimentos»: Maria«guardava todos estes acontecimentos em seu coração» (evangelho), como no dia do nascimento do Menino. Maria confia em Deus. Como Ana (primeira leitura), conta com o amor de Deus, um amor que gera vida. Elas ensinam-nos a acolher a graça e a cantar as maravilhas de Deus (salmo). Vivamos, portanto, como «filhos de Deus» (segunda leitura), testemunhas do seu amor.</div><div><br /></div><div>«<b>Seja consagrado ao Senhor</b>»</div><div>Ana sentia-se desolada porque não tinha filhos. Pediu a Deus e o filho foi-lhe concedido, numa época em que o povo de Israel se encontrava absolutamente necessitado de um salvador e de um rei. Samuel, o filho que Deus concedeu a Ana, fará a ponte entre o passado (na época dos juízes, anterior à monarquia) e o futuro (centrado na pessoa e na descendência de David com as esperanças messiânicas que dele hão de derivar).</div><div>A primeira leitura proposta para a festa da Sagrada Família (Ano C), um texto retirado do Primeiro Livro de Samuel, centra-se na fidelidade de Ana, mãe de Samuel, e o cuidado amoroso que tem para com o seu filho, acolhido como dom de Deus. O importante do texto é o profundo sentido religioso dos protagonistas: a consciência de pertencerem a Deus e a confiança radical.</div><div>Assinale-se que, no fragmento do evangelho, a devoção a Deus por parte de Maria e de José manifesta-se numa peregrinação que fazem por altura da Páscoa. Contudo, o objetivo principal é proporcionar o contexto adequado para mostrar a verdadeira fidelidade de Jesus.</div><div>No caso de Ana, a fidelidade da mãe alimenta a fidelidade do filho. Samuel foi um dom dado por Deus a Ana; ela, em agradecimento, entrega de novo a Deus esse dom tão desejado: «eu o ofereço para que seja consagrado ao Senhor todos os dias da sua vida».</div><div>Num momento de necessidade na história do povo, Deus intervém. Neste caso, Samuel será a pessoa que terá de identificar e investir o salvador real escolhido por Deus: David.</div><div>A mãe, Ana, e o menino, Samuel, diante do mistério de Deus, que manifestou a sua generosidade no dom do filho, não podem fazer mais do que prostrar-se e adorar. Confiança e gratidão para com Deus são duas qualidades do crente de todos os tempos.</div><div><br /></div><div>Instituída pelo papa Leão XIII (em 1893), inicialmente no terceiro domingo depois da Epifania, a festa da Sagrada Família acontece no domingo a seguir ao dia de Natal (ou no dia 30 de dezembro, quando o dia de Natal coincide com o domingo). A escolha da data ajuda a entender a festa no contexto do mistério da Incarnação. Também se pode associar a uma dupla perspetiva: a família formada por José, Maria e Jesus como «modelo de vida»; a família formada pela comunidade cristã como «modelo de fé». Numa e noutra, Jesus Cristo é nosso «irmão», acompanha-nos no amor ao Pai, ou melhor e primeiro, no deixarmo-nos amar pelo Pai.</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-gOOErJO02Qk/Vn25kUILKkI/AAAAAAAAJfY/dVgaUUyKfDc/s1600/SagradaFamiliaC15_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-gOOErJO02Qk/Vn25kUILKkI/AAAAAAAAJfY/dVgaUUyKfDc/s1600/SagradaFamiliaC15_600_tema.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-69800287164437181072015-12-24T12:02:00.001+00:002015-12-28T09:25:03.154+00:00Natal C — 2015<h2><span style="color: #570b3f; font-size: x-large;"><span style="font-weight: normal;">GERAR AMOR</span></span></h2><span style="color: purple;"><br></span>O Natal inverte o conceito de Deus e de Humanidade. O Deus omnipotente, imutável, eterno, imortal, invisível, converte-se num menino envolvido em panos e deitado numa manjedoura. Também se inverte a imagem da Humanidade, pois com o nascimento de Jesus Cristo fica confirmado que os valores supremos já não são a riqueza e o poder, mas a simplicidade, a pequenez, a beleza, a bondade e a ternura das crianças. A criança torna-se, assim, a referência mais importante, o modelo do Reino de Deus. Jesus Cristo identifica-se com as crianças e é a elas, aos pequeninos, a quem o Pai revela os mistérios do Reino. No Natal de Jesus Cristo antecipa-se a mensagem das bem-aventuranças, a mensagem da misericórdia. O Menino não só nos revela o rosto misericordioso do Pai, como também nos revela o rosto misericordioso do ser humano, humaniza-nos: mostra-nos como ser realmente irmãos e irmãs, como ser pessoas humanas, como ser filhos e filhas de Deus, como, na nossa vida, gerar amor.<br><br><h3><span style="color: #570b3f;">Natal: gerar amor</span></h3>Natal é irrupção do amor, da novidade, do diferente, do alternativo: Deus faz-se criança e as crianças tornam-se o centro da história! E esta novidade é tão forte que irradia a sua luz em toda a parte, até na celebração pagã do solstício de inverno. A Igreja primitiva cristianizou a data pagã do dia 25 de dezembro que era a festa do solstício de inverno: transformou a celebração do sol, estrela, luz do mundo, na celebração do Sol, Jesus Cristo, Luz do mundo. A luz da promessa transforma-se em luz da presença: «um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado».<br>Jesus Cristo é Deus connosco, é o amor de Deus presente na nossa carne. O Natal é a revelação da gratuidade e da misericórdia, do amor e da alegria do Evangelho. «Quando dizemos ‘é Natal’ estamos a dizer: Deus disse ao mundo a sua última, mais profunda e formosa palavra numa Palavra feita carne [...]. E esta Palavra significa: eu amo-vos, a ti, mundo, e a vós, seres humanos» (Karl Rahner). A espiritualidade de gestação, neste contexto, favorece a descoberta do «admirável amor» de Deus manifestado e oferecido em Jesus Cristo. De facto, a dinâmica da gestação desafia a suscitar amor, a proporcionar as condições necessárias para gerar amor em cada vida humana, em cada um de nós. Não há dúvida da importância fulcral do amor na vida humana. «Existimos porque temos um instinto amoroso, que é inexplicável. É este gesto amoroso que funda o humano» (Gonçalo M. Tavares). Gerar vida é também gerar amor. <div>Nos passos de Jesus Cristo, o cristão, discípulo missionário, «está seguro do amor e da ternura de seu Pai e, para Ele, essa ternura é a única capaz de libertar os seres humanos, de fazê-los nascer para o amor. Ler o Evangelho com esses olhos permite descobrir como Jesus não autoriza a fuga do coração, da afetividade, das relações, da condição humana» (Uma nova oportunidade para o Evangelho. Para uma pastoral da gestação, ed. Paulinas). Feliz tempo de Natal que nos é dado como oportunidade para gerar amor. Nas famílias que acolhem um novo nascimento, contemplemos o amor gerado pela possibilidade de abraçar e acariciar o recém-nascido. Nas famílias que celebram momentos festivos, contemplemos o amor gerado pela alegria do encontro. Há tantas (outras) circunstâncias simples da vida que podem gerar amor!<br><br><h3><span style="color: #570b3f;"><span style="font-weight: normal;">Laboratório da </span>Fé anunciada</span></h3>Debrucemo-nos sobre o presépio que desde o tempo de Francisco de Assis surge nos templos e nas casas: um menino nasce no lugar onde se guardavam os animais; os seus pais envolvem-no em panos e deitam-no numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. O nascimento deste menino é anunciado aos pastores que pertenciam às «periferias» da sociedade. Mas este menino é proclamado Salvador e Senhor, é Deus connosco. Ele está no meio de nós, habita em nós. Ele vem ao nosso encontro: «quando alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada» (Francisco, Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual — «Evangelii Gaudium» [EG], 3). Em consequência, este encontro com os «braços abertos» do menino no presépio gera o amor que nos impele ao anúncio. Na verdade, «se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo» (EG 120). O encontro com Jesus Cristo faz gerar amor e fé anunciada!<br><br><span style="color: #4c1130;">© Laboratório da fé, 2015</span><br><span style="color: #4c1130;"><br></span><br><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-UX0tehS6TOY/Vnvd7pDRo3I/AAAAAAAAJds/14I1_Delq6c/s1600/NatalC15_600_BLOG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-UX0tehS6TOY/Vnvd7pDRo3I/AAAAAAAAJds/14I1_Delq6c/s1600/NatalC15_600_BLOG.jpg"></a></div><br></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-13105133623089137542015-12-24T11:56:00.000+00:002015-12-24T11:56:34.227+00:00Traz a boa nova<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DIA DE NATAL</span></h2><div><br />Na manhã deste dia, nada fica na mesma: ele corre, o mensageiro da boa nova (primeira leitura), Deus está no meio de nós! É inaudito, inacreditável, como se costuma dizer… Mas sim, hoje, «Deus falou-nos por seu Filho» (segunda leitura), nasceu na nossa humanidade, o «Verbo fez-se carne» (evangelho), luz nas nossas trevas, Filho Primogénito que nos vem dar a conhecer o rosto misericordioso do Pai… Não há palavras suficientes para explicar o mistério. Como dizer a nossa alegria? Como expressar o nosso agradecimento? «Adorem-no todos os Anjos de Deus». E nós? Cantai, aclamai, exultai de alegria, «cantai ai Senhor um cântico novo» (salmo). É Natal: a nossa alegria exprima a nossa fé!<br /><br /></div><div>«<b>Traz a boa nova</b>»<br />No texto proposto para primeira leitura da «Missa do dia» de Natal, o poeta/profeta anuncia o «evangelho» aos exilados. Há um mensageiro que atravessa o deserto com a primeira notícia do resultado da batalha entre Deus e os poderes do Império. O mensageiro traz o evangelho, «traz a boa nova». E qual é essa boa nova? «O teu Deus é Rei». Este facto traz uma vida nova à cidade de Sião, Jerusalém. E até são «belos» os pés do mensageiro, apesar de atravessar os montes.<br />As sentinelas, debruçadas sobre os muros de Jerusalém destruída, gritam com alegria o que estão a ver: o regresso de Deus. Pelos verbos usados, facilmente se percebe que se trata de uma boa notícia. Gritam de alegria, porque vai acabar o exílio a que tinham sido submitos pelo império babilónico (ao longo de mais de cinquenta anos). Por isso, as sentinelas cantam e dançam de alegria. Até as «ruínas de Jerusalém» são convidadas a exultar de alegria, «porque o Senhor consola o seu povo».Não se trata duma atitude resignada, mas uma intervenção ativa que muda as circunstâncias da comunidade.<br />Deus «resgata Jerusalém»: a cidade e o povo são objeto privilegiado do amor divino e, por isso, podem viver em liberdade. Ao ver a força do poder de Deus («o seu santo braço»), os impérios inimigos mudarão as suas políticas desumanizadoras. O «nosso Deus» é um Deus que liberta e salva. Compreender isto é, sem dúvida, uma boa nova.</div><div><br /></div><div>As palavras do «Segundo Isaías» têm um eco especial no nosso coração. O profeta convida a não ceder face à situação de derrota supostamente evidente. Não é salutar promover qualquer tipo de rancor e/ou desilusão. É verdade que o povo se sente abandonado, afastado da sua terra. Mas há sempre uma réstia de esperança! Eis que as promessas messiânicas alcançam o seu cumprimento. Haverá maior alegria?! Não é caso para menos. O anúncio da intervenção salvadora de Deus, em Jerusalém, é antecipação e figura da intervenção definitiva de Deus, em Belém, no nascimento do seu Filho. É um nascimento salvador, que rompe todas as fronteiras, que «traz a boa nova» a todos os desconsolados e cansados deste mundo. Hoje, aos que levantam questões que lhes parecem não ter resposta, é necessário que os cristãos levem a boa nova, sejam discípulos missionários da alegria do Evangelho. Deus está no meio de nós!</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-sgRU2GTk_8A/Vnvc9fJIkeI/AAAAAAAAJdk/QSIR8vMSZ1M/s1600/NatalC15_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-sgRU2GTk_8A/Vnvc9fJIkeI/AAAAAAAAJdk/QSIR8vMSZ1M/s1600/NatalC15_600_tema.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-6148385454100189272015-12-21T04:06:00.001+00:002015-12-26T15:35:00.502+00:00Até domingo... Sagrada Família<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">ORAÇÃO DIÁRIA A PARTIR DO EVANGELHO</span></span></h2><h2><div style="font-size: medium; font-weight: normal;"><span style="color: #570b3f;">27 DE DEZEMBRO DE 2015</span></div></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Evangelho segundo Lucas 2, 41-52</span></h3><div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse. Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.</span></div></div></div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Segunda, 21: </span>UMA FAMÍLIA NORMAL</span></h4>«Como era costume», José levou a sua família a Jerusalém, para festejar os 12 anos de Jesus. No início do relato do evangelho, a «sagrada família», cuja festa celebramos no próximo domingo, parece totalmente normal, ela que segue as leis e os costumes do seu povo. É esta mesma família normal que toma o caminho de Belém para se recensear, na altura em que Maria está grávida de nove meses. Hoje, posso contemplar Jesus a subir a Jerusalém com a sua família, misturado anonimamente entre a multidão de peregrinos.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Terça, 22: </span>NEGLIGÊNCIA PARENTAL</span></h4>Subitamente, estala o quadro perfeito da família modelo: Maria e José fazem prova de uma terrível negligência: esqueceram-se de Jesus em Jerusalém! Não será esta negligência um sinal da confiança dos filhos de Deus? É essa mesma confiança na provação que anima Maria e José, quando tomam o caminho de Belém. Conforme a minha disposição, posso meditar sobre a negligência destes pais que tanto veneramos... ou sobre a confiança que os habita!<br /><div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quarta, 23: </span>PÁNICO A BORDO</span></h4>Quando se apercebem que Jesus não ia na caravana, os seus pais dirigem-se para Jerusalém à procura dele. Imaginamos a tensão que vivem aquando da censura de Maria ao seu filho. Essa tensão, Maria e José já a tinham sentido na estrada de Belém, entregues às circunstâncias do caminho. Posso fazer memória de acontecimentos similares que já vivi como pai/mãe... ou como crente.</div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quinta, 24: </span>ADMIRÁVEL CONVERSAÇÃO!</span></h4>Jesus está sentado no meio dos doutores da lei, nem mais! Eles «estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas». Eis Jesus, já autónomo, preparado para levantar voo! Que caminho percorrido, após o seu nascimento em Belém, que celebramos esta noite! Hoje, posso preparar-me para acolher Jesus que dá a Vida, ou fazer memória do meu próprio percurso.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sexta, 25: </span>ILUSTRE DESCONHECIDO</span></h4>«Seus pais ficaram admirados». Felizes pais, que não deixam de ficar admirados com os seus filhos! Jesus permanece um desconhecido para cada um de nós. Mas está tão próximo! O nascimento de Jesus foi também o de um desconhecido, salvo pelos Céus que cantaram a sua glória e pelos pastores que sabem escutar! Hoje, posso-me deixar levar pela alegria celeste ou contemplar a minha família e os que estão próximos, que conheço tão pouco.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sábado, 26: </span>TESTEMUNHO</span></h4>Há muitas maneiras de testemunhar: elucidando os doutores da Lei, guardando «todos estes acontecimentos em seu coração», como Maria, continuando simplesmente a crescer, como Jesus, em Nazaré... ou dando a vida, como Estêvão, o primeiro mártir, que hoje celebramos. Hoje, posso interrogar-me sobre a minha própria maneira de testemunhar a minha pertença à sagrada família dos filhos de Deus!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Domingo, 27: </span>A GLÓRIA DO MEU PAI</span></h4>Então, o que é que faz sagrada (santa) esta família que hoje proclamamos e celebramos? É sagrada porque segue os costumes do seu povo, porque educou Jesus a ponto de ser capaz de falar com os doutores da Lei, ou porque respeitou o caminho próprio de Jesus, permitindo-lhe encontrar a sua maneira específica de testemunhar quem é o que vive? É talvez por todas estas razões, ao mesmo tempo. E também porque, na provação, os seus membros souberam encontrar a confiança e as palavras que lhes permitiram percorrer, juntos, o caminho da vida. A esta santidade todos somos chamados, qualquer que seja o nosso estado de vida! É isto, na verdade, que celebra a glória do nosso Pai.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">© </span><a href="http://www.versdimanche.com/" target="_blank"><b><span style="color: #4c1130;">www.versdimanche.com</span></b></a><br /><span style="color: #570b3f;">© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2015</span><br /><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-2bbGMynaQd8/Vnd5fiTQt-I/AAAAAAAAJdA/0eJyY3-1PF8/s1600/SagradaFamiliaC15_rezar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-2bbGMynaQd8/Vnd5fiTQt-I/AAAAAAAAJdA/0eJyY3-1PF8/s1600/SagradaFamiliaC15_rezar.jpg" /></a></div><div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-15313802223369791782015-12-15T17:14:00.000+00:002015-12-15T17:14:00.355+00:00Altura em que der à luz aquela que há de ser mãe<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO QUARTO DE ADVENTO</span></h2><div><br />A poucos dias do Natal, a Sagrada Escritura faz-nos saborear a visita de Deus. As coisas começam a ficar mais claras. O profeta do quarto domingo de Advento (Ano C), Miqueias, anuncia uma nova «reconstrução» após a ruína de Jerusalém. Agora, essa «reconstrução» surgirá a partir de Belém, graças ao aparecimento de um rei justo e pacificador (primeira leitura). O salmista convida a suplicar por esse rei, esse pastor, o próprio Deus: «Vinde em nosso auxílio»! Jesus Cristo incarna esse Deus Salvador: oferece-se ao Pai para cumprir a sua vontade (segunda leitura). Ele convida-nos a assumir a mesma disponibilidade. Maria é disso um exemplo: acolhe a Palavra e acredita no seu cumprimento (evangelho). Hoje, pela boca de Isabel, somos agraciados com a alegria da salvação.<br /><br />«<b>Altura em que der à luz aquela que há de ser mãe</b>»</div><div>O Deus de Israel surpreende sempre: quanto tudo parece perdido, ou é simplesmente insignificante e marginal, Deus intervém e altera a realidade. Deus está sempre disposto a afugentar o pessimismo e a oferecer uma vida nova.<br />Os capítulos quinto e sexto do livro de Miqueias são, seguramente, posteriores à destruição de Jerusalém, no ano 587 antes de Cristo. Depois da devastação provocado pelos exércitos inimigos, pouca coisa se podia esperar do futuro do povo de Deus. Não parecia sequer possível que pudesse haver realmente uma nova manhã.<br />Contudo, a voz do profeta anuncia que a pequena cidade de Belém, casa ancestral da família de David, dará ainda outro personagem para a salvação do povo. Repete-se aqui a teologia do pequeno, do último, que, com frequência, aparece nos textos bíblicos.<br />A visita de Deus será inesperada e cheia de paradoxos: «As suas origens remontam aos tempos de outrora, aos dias mais antigos»; o presente está carregado de medo e de incerteza, mas há uma promessa de paz: «Ele será a paz». A paz é dom escatológico de Deus ao seu povo.<br />A profecia anunciada por Miqueias é a de um novo rei que libertará o povo de Deus da opressão: o nascimento de uma criança será o sinal do fim da escravidão do povo. Quando chegar a «altura em que der à luz aquela que há de ser mãe», os que estavam perdidos e dispersos serão reunidos na comunidade de fé e viverão em segurança.<br />Assinala-se que o novo rei da casa de David será um «pastor» cuja missão lhe é confiada «pelo poder do Senhor, pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus».</div><div><br /></div><div>As primeiras leituras dos domingos de Advento apresentam textos proféticos sobre a promessa da «visita» de Deus: «Farei germinar um rebento» (primeiro domingo); «Deus conduzirá Israel, na alegria… com a misericórdia» (segundo); «Deus está no meio de ti» (terceiro). Na proximidade do Natal, o Lecionário oferece um anúncio de Miqueias dirigido à cidade de «Belém-Efratá» (terra natal de David), uma pequena cidade que se tornará central no processo de «reconstrução» do povo. Aproxima-se o tempo do germinar do «rebento», essa «altura em que der à luz aquela que há de ser mãe». No Natal e Epifania será (melhor) esclarecida a profecia.</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-3AnZJpoNmA4/VnBJEXNP6cI/AAAAAAAAJbg/JWUBNcAFvvM/s1600/4AdventoC15_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-3AnZJpoNmA4/VnBJEXNP6cI/AAAAAAAAJbg/JWUBNcAFvvM/s1600/4AdventoC15_600_tema.jpg" /></a></div><div><br /></div><br /><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-6850692714989088392015-12-14T01:39:00.001+00:002015-12-19T17:18:19.069+00:00Até domingo... Quarto de Advento<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">ORAÇÃO DIÁRIA A PARTIR DO EVANGELHO</span></span></h2><h2><div style="font-size: medium; font-weight: normal;"><span style="color: #570b3f;">20 DE DEZEMBRO DE 2015</span></div></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Evangelho segundo Lucas 1, 39-45</span></h3><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».</span></div></div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Segunda, 14: </span>MILAGRES NA VIDA</span></h4>Após o encontro com o anjo, Maria pôs-se a caminho. Ela vai ao encontro de Isabel que, segundo o anjo, está grávida, embora fosse chamada estéril. «Nada é impossível a Deus», para estas mulheres. E para mim? Este relato pode ser ocasião para me lembrar dos momentos em que senti a ação benevolente de Deus. É certo que as dificuldades, com frequência, ensombram o meu olhar sobre a existência e os nossos ritmos frenéticos não ajudam a ver os pequenos milagres do quotidiano. Por isso, hoje, decido fazer uma pausa com o Senhor para contemplar os sinais da sua presença.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Terça, 15: </span>UMA MULHER A CAMINHO</span></h4>Tento imaginar o caminho percorrido por Maria, bem como os pensamentos que a habitam. A sua vida foi sacudida e vai passar por muitas emoções: alegria, tristeza, inquietude... Neste caminho, ela está só ou acompanhada? Quando tempo demora?... Sabemos, apenas, que se encontra num percurso pela montanha e que vai apressada. Apressada para partilhar a sua inacreditável situação e seguramente impaciente para descobrir o que aconteceu à sua prima. Dou graças ao Senhor por Maria, «a primeira a caminho» e inspiração para a nossa fé.<br /><div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quarta, 16: </span>MOMENTO MÁGICO</span></h4>Maria entra na casa de Zacarias e saúda Isabel. Ela parece entrar num espaço familiar e conhecido. Mas eis que sucede o inaudito: «Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio». Dedico algum tempo a contemplar estas duas mulheres grávidas que pintores como Arcabas tiveram o prazer de representar. Um momento de tal modo mágico e único que Isabel entra num estado de absoluto louvor: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre». Faço minha esta ação de graças.</div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quinta, 17: </span>EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL</span></h4>O efeito do encontro é imediato: «Isabel ficou cheia do Espírito Santo». O Espírito Santo não a faz apenas mergulhar num ato louvor, mas também lhe dá a capacidade de compreender o que está prestes a acontecer. Que graça! Isto faz pensar nas palavras de Santa Teresa de Ávila: «Quando Deus nos dá uma graça, na realidade dá três: a graça propriamente dita, a graça de perceber que se recebeu e a graça de a comunicar». Isabel está cheia de inteligência espiritual. Peço ao Senhor que me ilumine sobre as graças deste dia e me dê a capacidade de as testemunhar.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sexta, 18: </span>ESPÍRITO DE ALEGRIA</span></h4>Isabel é a primeira a reconhecer em Maria a mãe do seu Senhor. A sua profissão de fé tal como a sua extrema alegria são claramente frutos do Espírito. Esta ligação entre o Espírito e a profunda alegria encontra-se em vários lugares do evangelho de Lucas, dos quais um deles é bastante sintomático: quando Jesus bendiz o Pai por se revelar aos pequeninos. Agradeço ao Senhor por ser um Deus sempre do lado dos pequenos. E confio-lhe todos os «pequenos» que conheço e que têm necessidade do meu apoio.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sábado, 19: </span>LOUVOR CONTAGIOSO</span></h4>O nosso relato não inclui o cântico do <i>Magnificat</i>, que é a resposta de Maria ao grito de ação de graças de Isabel. Contudo, posso deixar ecoar uma ou outra palavra: «Santo é o seu nome; a sua misericórdia estende-se de geração em geração; exalta os humildes»... O rosto de Deus aqui apresentado é um apoio nos momentos de desânimo, quando consinto a sua vinda à minha vida. Peço a graça de lhe não oferecer resistência.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Domingo, 20: </span>ENTRAR NA CASA DE DEUS</span></h4>Maria entre em casa de Zacarias e deixa-se tocar pelo acolhimento de Isabel. É de hospitalidade e de casa que trata o nosso relato. Uma ajuda: em hebraico, Isabel significa «casa de Deus». E se Maria é a casa de Deus por excelência, Isabel acolhe dentro de si aquele que vai preparar os caminhos; e é um convite a cada um a acolher Deus em nós e nos outros. Termino este itinerário dando graças a Deus pelo caminho da Incarnação, que Deus escolhe fazer contando connosco, optando por passar pelo ventre de uma mulher. Peço a graça de crescer em familiaridade com Jesus e com a sua mãe, certo da sua intercessão e da sua força para iniciar o meu caminho.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">© </span><a href="http://www.versdimanche.com/" target="_blank"><b><span style="color: #4c1130;">www.versdimanche.com</span></b></a><br /><span style="color: #570b3f;">© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2015</span><br /><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-o_VvzkewvUo/Vm4dVHhgOmI/AAAAAAAAJa0/u4nzOOl1xJE/s1600/4AdventoC15_rezar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-o_VvzkewvUo/Vm4dVHhgOmI/AAAAAAAAJa0/u4nzOOl1xJE/s1600/4AdventoC15_rezar.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-31694733934495808922015-12-09T22:57:00.000+00:002015-12-12T01:46:41.512+00:00Deus está no meio de ti<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO TERCEIRO DE ADVENTO</span></h2><div><br />Domingo da Alegria («Gaudete»), este terceiro de Advento (Ano C), assim designado a partir da antífona de entrada («Alegrai-vos sempre no Senhor. Exultai de alegria: o Senhor está perto») e do convite de Paulo (segunda leitura). Não temos de testemunhar a alegria causada pelo amor de Deus por nós? Hesitaremos em cantar e em proclamar a nossa confiança em Deus que nos salva (salmo)? Desde o início do Advento que ouvimos os profetas esforçados em fazer renascer a confiança do povo nos momentos de provação. Hoje é Sofonias que interpela e desperta a fé de Israel (primeira leitura). Vivamos com alegria e em paz, pois pelo batismo somos mergulhados no amor de Deus (evangelho).</div><div><br /></div><div>«<b>Deus está no meio de ti</b>»<br />A alegria é talvez emoção mais agradável na vida humana. A alegria é um sinal que expressa a concretização das esperanças mais profundas e o desaparecimento dos medos. A alegria é ainda mais exultante quando resulta de algo completamente inesperado, quando irrompe de surpresa nas rotinas da vida. O texto da primeira leitura refere-se a este tipo de júbilo.<br />O livro de Sofonias, em termos gerais, apresenta um panorama demasiado sombrio: «Um dia de ira, aquele dia, dia de angústia e tribulação, dia de destruição e devastação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de névoas espessas» (capítulo 1, versículo 15). No meio deste panorama tenebroso, enche de júbilo ler o fragmento proposto na primeira leitura deste domingo em que aparece repetidamente o convite à alegria: «clama jubilosamente… solta brados de alegria… exulta, rejubila». Até Deus «exulta de alegria».<br />É (quase) certo que se trata de um trecho que, no tempo pós-exílio, foi incorporado no pequeno livro de Sofonias, profeta que viveu na época de Josias (nos finais do século sétimo antes de Cristo).<br />Importa ter em conta que as raízes desta alegria não provêm de uma hipotética ação do povo, mas da graça e da benevolência divinas: o mesmo Deus que tinha julgado Israel, agora «Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua causa». Na verdade, Deus revogou a sentença, afastou os inimigos, vive no meio do povo. Este é o maior motivo de júbilo e de festa: «Deus está no meio de ti».</div><div><br />O Advento convida a gerar a vida de Deus em nós, a criar as condições para que possa nascer em nós Jesus Cristo. Ele é o Deus connosco, «Deus está no meio de ti». O cristão, discípulo missionário, «sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele» (EG 266). Que a sua presença nos dê confiança e alegria!</div><div>Neste domingo, o Papa e os bispos abrem a Porta Santa nas Catedrais. É um dos momentos iniciais do Ano Santo da Misericórdia. Eis mais um motivo de alegria: Deus é misercordioso. «Que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós» (MV 5).</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><br /><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-eIpjcQVC2mE/VmixHnqTHxI/AAAAAAAAJZw/NuuFt42lb-I/s1600/3AdventoC15_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-eIpjcQVC2mE/VmixHnqTHxI/AAAAAAAAJZw/NuuFt42lb-I/s1600/3AdventoC15_600_tema.jpg" /></a></div><div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-34480881081354994502015-12-06T22:44:00.002+00:002015-12-11T23:52:58.326+00:00Até domingo... Terceiro de Advento<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">ORAÇÃO DIÁRIA A PARTIR DO EVANGELHO</span></span></h2><h2><div style="font-size: medium; font-weight: normal;"><span style="color: #570b3f;">13 DE DEZEMBRO DE 2015</span></div></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Evangelho segundo Lucas 3, 10-18</span></h3><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Batista: «Que devemos fazer?». Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem batizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu batizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».</span></div></div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Segunda, 7: </span>O SUCESSO DO BATISTA</span></h4>As palavras de Isaías, que João Batista citou no evangelho ontem proclamado, ainda ecoam no meu coração. Continuo a contemplar João, esse anti-mundano perante o qual se apresentam «as multidões». João Batista é o que, hoje, chamamos, com condescendência, um excêntrico, mas ele é habitado por uma força interior que o coloca totalmente voltado para Aquele que vem. O seu «sucesso» não provém da provocação fácil, mas da interpelação profunda. Quem são os João Batista da minha vida: um parente? Um artista? Um vizinho?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Terça, 8: </span>IMACULADA</span></h4>...<br /><div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quarta, 9: </span>QUE FAZER?</span></h4>«Que devemos fazer?». Esta questão, na proximidade da vinda do Messias, preocupe cada um de nós, quer a vida seja reta, tortuosa, ou um pouco vergonhosa... Santo Inácio colocou-a também a si mesmo, particularmente quando compreendeu que não deveria permanecer na Terra Santa, embora o desejasse. E, nos seus Exercícios Espirituais, convida o participante a interrogar-se contemplando Jesus Cristo na cruz: «que devo fazer?». Respondo à questão, procurando perceber num único olhar a unidade de toda a minha vida, nas suas mais diversas facetas (afetiva, profissional, eclesial...): que devo fazer, agora?</div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quinta, 10: </span>JUSTIÇA, JUSTEZA?</span></h4>João Batista é um profeta concreto, prático. As suas respostas são claras, não têm nada de ambíguo: a paz nas relações, o sentido da partilha e, aspeto interessante, contentar-se com o que é devido. Na proximidade do Natal, as lojas transbordam de mercadorias. E se, querendo justiça, nós nos perguntarmos se isso está ligado à justeza?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sexta, 11: </span>EXPECTATIVA: ESPERA ATIVA</span></h4>.«O povo estava na expectativa», diz-se no meio do evangelho. Agradável atitude de expectativa, não a que nos torna passivos, mas, ao contrário, nos dispõe a uma vigilância atenta ao que se passa. Durante o Advento, o Senhor já está connosco. Que expectativas me mantêm vigilante, hoje? O que é que estou a preparar: Um reconhecimento profissional? Uma relação mais profunda com um amigo? Um nascimento?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sábado, 12: </span>A COLHEITA DO SENHOR</span></h4>Tão precisas como as recomendações feitas às multidões são as metáforas agrícolas que sugerem a ação aquando da vinda de Jesus Cristo. Eis a representação do Julgamento Final, tempo de separação entre eleitos e condenados. Se acredito que Jesus Cristo há de vir, acolho melhor o convite à conversão e a estar preparado! O que é que entendo por Reino de Deus, era definitivamente nova inaugurada por Jesus Cristo?<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Domingo, 13: </span>A ALEGRIA DO EVANGELHO</span></h4>«Exultai de alegria, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel» — exclama o salmista. «Alegrai-vos sempre no Senhor» — exorta Paulo aos Filipenses (segunda leitura). «Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria» — diz o profeta Sofonias (primeira leitura), inspirado no seu predecessor, Jeremias. Não é difícil encontrar a tónica comum aos textos deste domingo. Sim, hoje, «Deus está no meio de ti», em nós! A Igreja saboreia a espera do Senhor e dá-nos uma ajuda através do calendário litúrgico: recebamos, em comunidade, este Advento como um presente para reconhecer que o Senhor já está entre nós, neste tempo em que nos preparamos para festejar o seu nascimento na nossa humanidade!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">© </span><a href="http://www.versdimanche.com/" target="_blank"><b><span style="color: #4c1130;">www.versdimanche.com</span></b></a><br /><span style="color: #570b3f;">© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2015</span><br /><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-MsQ2udRFCgI/VmS1UhM6ECI/AAAAAAAAJZY/2qkOq2UjvX8/s1600/3AdventoC15_rezar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-MsQ2udRFCgI/VmS1UhM6ECI/AAAAAAAAJZY/2qkOq2UjvX8/s1600/3AdventoC15_rezar.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-3013758290689350072015-12-03T17:00:00.000+00:002015-12-17T22:47:27.916+00:00Discipulado<h2><span style="color: #570b3f; font-size: x-large;"><span style="font-weight: normal;">Anunciar a alegria da fé! [9]</span></span></h2><span style="color: purple;"><br /></span>O terceiro «aspeto fundamental» na formação do discípulo missionário é o discipulado. Como lembramos (cf. tema 6), também neste tópico a Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (EG) alimenta-se das ideias expressas no Documento de Aparecida (DAp).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Discipulado</span></h3>Eis as palavras usadas pelos bispos da América Latina e do Caribe para explicitar este aspeto essencial na formação do discípulo missionário: «A pessoa amadurece constantemente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre, se aprofunda no mistério de sua pessoa, de seu exemplo e de sua doutrina. Para esse passo são de fundamental importância a catequese permanente e a vida sacramental, que fortalecem a conversão inicial e permitem que os discípulos missionários possam perseverar na vida cristã e na missão no meio do mundo que os desafia» (DAp 278).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Amadurecimento</span></h3>A base do discipulado assenta num processo de amadurecimento que acompanha toda a vida. Não é uma etapa da vida tendo em vista a passagem a uma outra etapa. Trata-se de um estado permanente marcado pelo «conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre», que «se aprofunda» na sua pessoa, no seu exemplo e doutrina. Por isso, aqueles e aquelas que aceitam ser discípulos de Jesus Cristo entram numa escola permanente: são sempre aprendizes. «O próprio Senhor, na sua vida mortal, deu a entender várias vezes aos seus discípulos que havia coisas que ainda não podiam compreender e era necessário esperar o Espírito Santo (cf. João 16, 12-13)» (EG 225). Uma aprendizagem que conta sempre com a presença e a cooperação do Mestre. O discípulo «sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele» (EG 266).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Catequese</span></h3>Na formação do discípulo missionário, em que o amadurecimento é um processo ao longo da vida, a «catequese permanente» ocupa um lugar fundamental. Como nos temas anteriores, «também na catequese tem um papel fundamental o primeiro anúncio ou ‘querigma’, que deve ocupar o centro da atividade evangelizadora e de toda a tentativa de renovação eclesial» (EG 164). «Nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio» (EG 165). Que anúncio é esse? «‘Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar’. Ao designar-se como ‘primeiro’ este anúncio, não significa que o mesmo se situa no início e que, em seguida, se esquece ou substitui por outros conteúdos que o superam; é o primeiro em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese, em todas as suas etapas e momentos» (EG 164). Outro aspeto importante na «catequese permanente» tendo em vista a formação do discípulo missionário consiste na «iniciação mistagógica». Esta «significa essencialmente duas coisas: a necessária progressividade da experiência formativa na qual intervém toda a comunidade e uma renovada valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cristã» (EG 166).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Vida Sacramental</span></h3>O Documento de Aparecida faz ainda referência à «vida sacramental» em articulação com a «catequese permanente». A Eucaristia constitui «a plenitude da vida sacramental» (EG 47). Infelizmente, «são muitos os cristãos que não participam na Eucaristia dominical nem recebem com regularidade os sacramentos, nem se inserem ativamente na comunidade eclesial. [...] Este fenómeno nos desafia profundamente a imaginar e organizar novas formas de nos aproximar deles para ajudá-los a valorizar o sentido da vida sacramental, da participação comunitária e do compromisso cidadão» (DAp 286). Neste sentido, urge promover a dinâmica catecumenal subjacente à iniciação cristã. «A iniciação cristã, que inclui o ‘querigma’, é a maneira prática de colocar alguém em contato com Jesus Cristo e iniciá-lo no discipulado. Dá-nos, também, a oportunidade de fortalecer a unidade dos três sacramentos da iniciação, e aprofundar o rico sentido deles. A iniciação cristã, propriamente falando, refere-se à primeira iniciação nos mistérios da fé, seja na forma do catecumenato batismal para os não batizados, seja na forma do catecumenato pós-batismal para os batizados não suficientemente catequizados» (DAp 288).<br /><br /><b>Reconheço que ser discípulo é um processo de amadurecimento ao longo de toda a vida? Para mim, que importância tem a catequese permanente e a vida sacramental</b><b>?</b><br /><br /><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015 </span><br /><br /><div><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-V72zmNUR4wE/VnM6uzBvr6I/AAAAAAAAJcI/I_IKL80Coik/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-V72zmNUR4wE/VnM6uzBvr6I/AAAAAAAAJcI/I_IKL80Coik/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_9.jpg" /></a></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><ul><li><a href="https://www.dropbox.com/s/to3a568po2gf82c/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9%209.pdf?dl=0" target="_blank">Discipulado — Anunciar a alegria da fé! [9] — pdf</a></li><li><b>Anunciar a alegria da fé! — textos publicados</b> no Laboratório da fé <a href="http://www.laboratoriodafe.net/search/label/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9" target="_blank">> > ></a></li></ul><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-41792281698802922015-12-02T01:31:00.000+00:002015-12-02T01:31:37.415+00:00Deus conduzirá Israel na alegria… com a misericórdia<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO SEGUNDO DE ADVENTO</span></h2><div><br />A segunda etapa em direção ao Natal retoma e explicita os temas do domingo anterior. A espera não pode ser passiva! Tem de mexer connosco, já! «Levanta-te, Jerusalém» (primeira leitura), Deus está em ação e convida-nos a fazer o mesmo. Nesta altura do ano, eis que surge João Batista a interpelar-nos: «Preparai o caminho do Senhor» (evangelho). O Advento é também um tempo para nos alegrarmos perante as maravilhas de Deus (salmo), enquanto caminhamos com perseverança até ao «dia de Cristo» (segunda leitura). A salvação está próxima!<br /><br />«<b>Deus conduzirá Israel na alegria… com a misericórdia</b>»<br />O livro de Baruc, uma obra escrita em grego, resulta de uma compilação de textos dispersos feita, provavelmente, ao longo do século segundo antes de Cristo. Todavia, esses textos foram atribuídos a Baruc, famoso secretário de Jeremias, que viveu no tempo da grande crise causada pelo império babilónico. Esta crise marcou profundamente a história do povo bíblico: a cidade e o templo de Jerusalém foram destruídos; a casa real e a maioria da população foi deportada para Babilónia.<br />O fragmento proposto na primeira leitura do segundo domingo de Advento (Ano C) faz parte de uma homilia profética que se inspira em grande medida nos textos do profeta dos tempos do exílio que atualmente conhecemos como «Segundo Isaías» (poemas e oráculos recolhidos nos capítulos 40 a 55 do livro de Isaías).<br />Baruc serve-se de um conjunto de símbolos e imperativos jubilosos: «Cobre-te com o manto da justiça… coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno». A destinatária é Jerusalém que, na linha da grande tradição profética, personifica todo o povo. A cidade destruída recebe um convite extraordinário: levanta-te e olha em direção ao oriente — é lá, na Babilónia, que se encontram os seus filhos deportados — para ver a ação de Deus. Algo novo vai acontecer: «Tinham-te deixado, caminhando a pé, levados pelos inimigos; mas agora é Deus que os reconduz a ti, trazidos em triunfo, como filhos de reis».<br />A mensagem de Baruc continua com a descrição da ação divina que dirime todos obstáculos geográficos em favor do seu povo: «Deus decidiu abater todos os altos montes e as colinas seculares e encher os vales, para se aplanar a terra, a fim de que Israel possa caminhar em segurança, na glória de Deus». Esta afirmação faz eco do texto de Isaías (40, 3-4) citado também no fragmento do evangelho.<br />O centro da mensagem de Baruc é o reconhecimento da obra de Deus: «Deus conduzirá Israel na alegria, à luz da sua glória, com a misericórdia».</div><div><br /></div><div>A palavra mostra-nos a maneira de agir de Deus: guiar as pessoas, com alegria, pelos caminhos do amor, caminhos de misericórdia, que se tornam sinais da sua presença. «Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. […] Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. […] Misericórdia: é o caminho que une Deus e o ser humano, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre» (MV 2).</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-jaH97WmQMyw/Vl5ItCZEFOI/AAAAAAAAJW0/lnho8AC4lwk/s1600/2AdventoC15_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-jaH97WmQMyw/Vl5ItCZEFOI/AAAAAAAAJW0/lnho8AC4lwk/s1600/2AdventoC15_600_tema.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-90927925592243657582015-11-30T17:40:00.000+00:002015-11-30T17:40:53.986+00:00Anúncio da palavra de Cristo<h2><span style="font-size: small;"><span style="color: #570b3f;">Segunda-feira<span style="font-weight: normal;"> da primeira semana de advento, </span><span style="font-weight: normal;">festa litúrgica de Santo André</span></span></span></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Romanos 10, 9-18</span></h3><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">Irmãos: Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e se acreditares em teu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo. Pois com o coração se acredita para obter a justiça e com a boca se professa a fé para alcançar a salvação. Na verdade, a Escritura diz: «Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido». Não há diferença entre judeu e grego: todos têm o mesmo Senhor, rico para com todos os que O invocam. Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acreditam? E como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados? Está escrito: «Como são formosos os pés dos que anunciam o Evangelho!». Mas nem todos obedecem ao Evangelho, como Isaías diz: «Senhor, quem acreditou na nossa pregação?». <b>A fé, portanto, vem da pregação e a pregação é o anúncio da palavra de Cristo</b>. Mas pergunto: Não a teriam ouvido? Ao contrário, como diz a Escritura: «A sua voz ressoou por toda a terra e as suas palavras até aos confins do mundo».</span></div></div><br /><h3><span style="color: purple;">Anúncio da palavra de Cristo</span></h3><div><div style="text-align: left;"><span style="color: purple;">A liturgia da festa de Santo André recorda a promessa feita por Jesus Cristo a Pedro e a André no primeiro encontro: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens» (evangelho segundo Mateus 4, 18-22). A vida destes homens confirma a realização desta promessa: foram os primeiros discípulos missionários do Evangelho, anunciaram com vigor e tenacidade a alegria do Evangelho. </span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: purple;">Eles concretizaram também as palavras de Paulo aos Romanos: «A fé vem da pregação e a pregação é o anúncio da palavra de Cristo». Com a sua pregação contribuíram para formar as primeiras comunidades cristãs, foram capazes de gerar vida (primeiro neles; e depois à sua volta).</span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: purple;">Hoje, o convite a seguir Jesus Cristo dirige-se a cada homem e a cada mulher, a cada um de nós. Acompanhado também pelo mesmo desafio: o anúncio da palavra de Cristo.</span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: purple;">O papa Francisco recorda-nos que o evangelizador também é evangelizado. O mesmo significa dizer que antes de anunciar, é preciso fazer a experiência do encontro com Jesus Cristo. «Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar» (EG 3).</span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: purple;"><br /></span></div></div><div><span style="color: #570b3f; text-align: justify;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Lx4pb4OD7KM/VlyIsz6eH9I/AAAAAAAAJWE/uHdvtUnBeuk/s1600/1AdventoC15_BLOG_SEG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Lx4pb4OD7KM/VlyIsz6eH9I/AAAAAAAAJWE/uHdvtUnBeuk/s1600/1AdventoC15_BLOG_SEG.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-67361712378269257172015-11-30T02:46:00.001+00:002015-12-04T22:31:57.689+00:00Até domingo... Segundo de Advento <h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">ORAÇÃO DIÁRIA A PARTIR DO EVANGELHO</span></span></h2><h2><div style="font-size: medium; font-weight: normal;"><span style="color: #570b3f;">6 DE DEZEMBRO DE 2015</span></div></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Evangelho segundo Lucas 3, 1-6</span></h3><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconítide e Lisânias tetrarca de Abilene, no pontificado de Anás e Caifás, foi dirigida a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. E ele percorreu toda a zona do rio Jordão, pregando um batismo de penitência para a remissão dos pecados, como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías: «Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas; e toda a criatura verá a salvação de Deus’».</span></div></div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Segunda, 30: </span>SALVAR VIDAS</span></h4>O nosso mundo contemporâneo tem os seus reis, imperadores, presidentes, chefes políticos, governantes... como acontecia no tempo de Jesus: «No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconítide e Lisânias tetrarca de Abilene, no pontificado de Anás e Caifás». Poder-se-ia esperar que os poderosos deste mundo acabassem com as tiranias. Mas não. Rezo por aqueles e aquelas que têm a responsabilidade de fazer a paz entre as diversas comunidades e que podem salvar vidas humanas.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Terça, 1: </span>ABRIR AS FRONTEIRAS</span></h4>No deserto das nossas cidades, aldeias, ruas, dos nossos países, a palavra de Deus é-nos dirigida, como o foi a João, filho de Zacarias, no deserto da Judeia. Hoje, é o momento favorável para abrir os ouvidos à palavra que convida à conversão, para que possa transformar os nossos corações e o mundo. E não podemos ficar de braços cruzados a assistir! Rezo para que haja paz onde há guerra, a fraternidade onde há fome, e sobretudo que as fronteiras permaneçam abertas.<br /><div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quarta, 2: </span>IR AO DESERTO</span></h4>Estamos ocupados com tantas coisas que não temos tempo para abrir a nossa vida àquele que está à porta a bater. Corremos quando é suficiente caminhar, enchemo-nos de atividades para dizer que existimos, falamos quando era preciso conter as palavras. Talvez sejam suficientes alguns momentos de quietude, um pouco de silêncio, um tempo de solidão e distância, para fazer a experiência do deserto, na qual Deus se dá como uma fonte inesgotável. Rezo para sabermos ir ao deserto para que se manifeste nos nossos corações Aquele que vem.</div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quinta, 3: </span>PERCEBER O QUE IMPEDE</span></h4>João, no tempo de Jesus, «percorreu toda a zona do rio Jordão, pregando um batismo de penitência para a remissão dos pecados». Na mesma linha, podemos fazer memória de São Francisco Xavier que, no seu tempo, percorreu muitas zonas da Ásia, convidando ao batismo pelo ensino da morte e da Ressurreição de Jesus Cristo. Podemos perguntar o que quer dizer, hoje, para nós, «deixar tudo para seguir Jesus Cristo»... Rezo para nos tornarmos disponíveis e também para perceber o que nos impede.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sexta, 4: </span>CLAMAR COM O ESPÍRITO</span></h4>Acontece que, às vezes (muitas), parece que estamos a clamar no deserto... na família, no trabalho, nas várias atividades, encontros, lugares de pertença. O desânimo cresce na medida em que se acredita no que se faz e nas causas que se defendem. Gostaríamos de ser melhor compreendidos, apoiados, seguidos... Se é o caso, é tempo de parar um pouco para reconhecer essa outra voz, o sofro do Espírito, brisa ligeira, que também quer ser escutado. Rezo para que o nosso «clamor» seja de facto expressão do sopro do Espírito.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sábado, 5: </span>ENDIREITAR</span></h4>Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas! A nossa vida, como a dalguns daqueles que nos são mais próximos, talvez tenha seguido por caminhos sinuosos, tortuosos, rochosos... E já não sabemos como nos podemos desembaraçar dessas histórias caóticas. Isso não nos pode impedir de reconhecer que somos bem-amados de Deus, antes pelo contrário... Se não sabemos bem como fazer para acolher e doar esse amor incondicional, deixemo-lo acontecer. Rezo para que o próprio Senhor endireite os nossos caminhos.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Domingo, 6: </span>PREPARAR A FESTA</span></h4>Neste tempo de Advento, preparamo-nos para acolher aquele que vem. É precisamente o sentido da palavra Advento, que significa chegada, vinda. A Igreja designa assim o tempo litúrgico durante o qual os cristãos se preparam para acolher Jesus Cristo que vem até nós no estrangeiro, no vizinho, no noutro, naquele que é diferente e que às vezes até incomoda. Este tempo está marcado pelo simbolismo da espera e do desejo, da luz e da alegria. Por isso, somos convidados a abrir os olhos para o Salvador, que vem, dia a dia, ao nosso mundo, ao nosso país, à nossa cidade, à nossa rua, à nossa família, ao nosso trabalho... e a reconhecer aí os sinais do Espírito. Rezemos juntos, neste domingo, para que os nossos olhos se abram para a salvação que vem.<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">© </span><a href="http://www.versdimanche.com/" target="_blank"><b><span style="color: #4c1130;">www.versdimanche.com</span></b></a><br /><span style="color: #570b3f;">© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2015</span><br /><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-1jNe99-3vbc/VluysZKgMDI/AAAAAAAAJU8/xuHL-PV4RSs/s1600/2AdventoC15_rezar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-1jNe99-3vbc/VluysZKgMDI/AAAAAAAAJU8/xuHL-PV4RSs/s1600/2AdventoC15_rezar.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-9531278449840693482015-11-29T00:08:00.001+00:002015-12-09T23:06:05.357+00:00Advento C — 2015<h2><span style="color: #570b3f; font-size: x-large;"><span style="font-weight: normal;">GERAR VIDA</span></span></h2><span style="color: purple;"><br /></span>O tempo de Advento, ano após ano, introduz o mistério que revoluciona a compreensão de Deus, mas também a compreensão do ser humano: o mistério da Incarnação, o mistério de Deus que se faz ser humano para viver connosco e dar corpo aquela mudança através da qual o ser humano se torna participante da vida de Deus. Advento é anúncio da vinda de Deus ao nosso mundo, à nossa vida. E como qualquer anúncio mexe connosco. Interrogamo-nos sobre a validade do anúncio, sobre as alterações que provocará a sua concretização, sobre a forma como nos vamos preparar, sobre o que podemos fazer para acolher/rejeitar a novidade anunciada. Tudo isto se concretiza num tempo no qual se potencia a dimensão da espera. É o tempo da gravidez, da gestação!<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Advento: gerar vida</span></h3>«Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá: Naqueles dias, naquele tempo, farei germinar para David um rebento». As palavras transmitidas pelo profeta Jeremias assumem uma nova dimensão quando as colocamos no contexto da Incarnação. O rebento prometido já germinou na nossa humanidade: Jesus Cristo. E quer germinar, hoje. Sim, o Advento é também presente. A história do povo bíblico foi um longo advento. O nosso presente é advento que projeta para o futuro. Hoje, o Advento conduz-nos ao Natal e projeta-nos para a vinda gloriosa no final dos tempos (Parusia). O que veio há dois mil anos, que virá no final da história, é o mesmo que vem, agora, em cada dia, à nossa vida pessoal e comunitária (eclesial e social). Que importa que Jesus tenha nascido em Belém — pergunta Orígenes — se não nasce hoje no teu coração? Esta atualização do Advento é tão importante que não nos podemos preparar para o Natal nem para a Parusia, se não deixamos nascer Jesus Cristo tanto nas rotinas quotidianas como na novidade imprevista dos acontecimentos da Igreja (a ação do papa Francisco, o Ano da Misericórdia) e da sociedade (o grito daqueles que acreditam que outro mundo é possível). Daqui brota um desafio: gerar Jesus Cristo na nossa vida, promover uma espiritualidade da gestação.<br />«A palavra ‘gestação’ remete-nos para a experiência humana mais poderosa e mais frágil, mais comovente, mais alegre e, por vezes, mais dolorosa que existe. Evoca, em primeiro lugar, as palavras e os gestos do homem e da mulher que se amam e que se unem para dar a vida. [...] Juntos, dão a vida a um novo ser [...]. A palavra ‘gestação’ é rica de múltiplas conotações, que abrem perspetivas de uma grande densidade existencial: o dom da vida, a complementaridade do masculino e do feminino, a reciprocidade das trocas, o nascimento para uma nova identidade; uma atitude de acolhimento e de dom, de prazer, de alegria e também de sofrimento, aceitando o luto, a travessia do desconhecido e a surpresa frente ao imprevisível da vida…» (Uma nova oportunidade para o Evangelho. Para uma pastoral da gestação, ed. Paulinas). O Advento é uma obra de gestação: deixar gerar em nós a novidade de Jesus Cristo, deixar-se gerar para essa vida nova, entre outros, através do encontro com a palavra de Deus (Bíblia), que ressoa nos relatos primordiais, através do encontro com a Palavra de Deus (Jesus Cristo), que ressoa nos acontecimentos quotidianos e nos outros seres humanos.<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;"><span style="font-weight: normal;">Laboratório da </span>Fé anunciada</span></h3>No início da vida cristã, na base da identidade do discípulo missionário, está o «encontro pessoal com Jesus Cristo». Anunciar a fé, anunciar a alegria do Evangelho, é, em primeiro lugar, gerar esse encontro na própria vida. Por isso, o Papa convida cada cristão «em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele» (Francisco, Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual — «Evangelii Gaudium» [EG], 3). E os bispos da América Latina e do Caribe declaram: «Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria» (Documento de Aparecida, 29). Trata-se de uma alegria que bebe «na fonte do amor maior, que é o de Deus, a nós manifestado em Jesus Cristo» (EG 7). Esta é a «fonte da ação evangelizadora. Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?» (EG 8).<br /><br /><span style="color: #4c1130;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #4c1130;"><br /></span><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Yd5UuHoUawc/VlpBAMrtZtI/AAAAAAAAJUE/NtNPXwMtaxs/s1600/AdventoC15_QUADRADO_600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Yd5UuHoUawc/VlpBAMrtZtI/AAAAAAAAJUE/NtNPXwMtaxs/s1600/AdventoC15_QUADRADO_600.jpg" /></a></div><div><br /></div><br /><div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-88916573687681212272015-11-26T17:00:00.000+00:002015-12-15T17:24:45.793+00:00Conversão<h2><span style="color: #570b3f; font-size: x-large;"><span style="font-weight: normal;">Anunciar a alegria da fé! [8]</span></span></h2><span style="color: purple;"><br /></span>O segundo «aspeto fundamental» que, de acordo com o Documento de Aparecida (DAp), marca o caminho na formação do discípulo missionário é a conversão. Este é uma consequência direta do primeiro: o encontro pessoal com Jesus Cristo (cf. tema 7). «Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um ‘encontro pessoal com Jesus Cristo’, uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio ‘querigmático’ e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral» (DAp 226).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Conversão</span></h3>A conversão é entrar num caminho «que não pode deixar as coisas como estão» (EG 25). Esta mudança não se propõe como uma vergonha, algo a esconder, mas como um desafio a reconhecer o desajuste entre a graça divina e as nossas opções humanas. Tal como o encontro com Jesus Cristo, que o Papa convida a renovar diariamente (cf. EG 3), a conversão é um processo contínuo que há de ser proposto a todos. Neste «todos» estão, por exemplo, aqueles e aquelas que «‘não vivem as exigências do Batismo’, não sentem uma pertença cordial à Igreja e já não experimentam a consolação da fé. Mãe sempre solícita, a Igreja esforça-se para que elas vivam uma conversão que lhes restitua a alegria da fé e o desejo de se comprometerem com o Evangelho. (EG 14). Os bispos da América Latina e do Caribe explicitam assim este aspeto essencial na formação do discípulo missionário: «É a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê nEle pela ação do Espírito, decide ser seu amigo e ir após Ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida. No Batismo e no sacramento da Reconciliação se atualiza para nós a redenção de Cristo» (DAp 278).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Escuta</span></h3>Em primeiro lugar, diz-se que a conversão «é a resposta inicial de quem escutou o Senhor». Por isso, torna-se «necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo, caminho de ‘autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade’» (DAp 248). É a escuta do Senhor Jesus Cristo, a Palavra de Deus Pai descida ao coração do crente, que conduz à fé, que proporciona o acreditar. «Uma vez escutada, a palavra de Cristo, pelo seu próprio dinamismo, transforma-se em resposta no cristão, tornando-se ela mesma palavra pronunciada, confissão de fé. [...] São Paulo usará uma fórmula que se tornou clássica: ‘fides ex auditu’ — ‘a fé vem da escuta’ ( Romanos 10, 17)» (Francisco, Carta Encíclica sobre a fé — «Lumen Fidei» [LF], 22.29). Mas o encontro não acontece apenas pela escuta da Palavra; também há (ou tem de haver) outros «encontros». Então, «levanta-se a mesma pergunta cheia de expectativa: “Mestre, onde vives?” (João 1,38), onde te encontramos de maneira adequada para ‘abrir um autêntico processo de conversão, comunhão e solidariedade?’. Quais são os lugares, as pessoas, os dons que nos falam de ti, que nos colocam em comunhão contigo e nos permitem ser discípulos e missionários teus?» (DAp 245).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Iniciação Cristã</span></h3>«Sentimos a urgência de desenvolver em nossas comunidades um processo de iniciação na vida cristã que comece pelo ‘querigma’ e que, guiado pela Palavra de Deus, conduza a um encontro pessoal, cada vez maior, com Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito homem, experimentado como plenitude da humanidade e que leve à conversão, ao seguimento em uma comunidade eclesial e a um amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do serviço e da missão» (DAp 289).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Reconciliação</span></h3>No processo de conversão refere-se também a importância do Sacramento da Reconciliação. Este potencia «a conversão que todos necessitamos para combater o pecado que nos faz incoerentes com os compromissos batismais» (DAp 175).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Sociedade</span></h3>«A conversão pessoal desperta a capacidade de submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da vida» (DAp 366). De facto, «já não se pode afirmar que a religião deve limitar-se ao âmbito privado e serve apenas para preparar as almas para o céu. Sabemos que Deus deseja a felicidade dos seus filhos também nesta terra, embora estejam chamados à plenitude eterna, porque Ele criou todas as coisas ‘para nosso usufruto’ (1Timóteo 6, 17), para que ‘todos’ possam usufruir delas. Por isso, a conversão cristã exige rever ‘especialmente tudo o que diz respeito à ordem social e consecução do bem comum’» (EG 182).<br /><br /><b>Quero ser discípulo missionário da alegria do Evangelho? Que estilo de vida quero assumir? Estou disposto a viver em estado de conversão</b><b>?</b><br /><br /><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015 </span><br /><br /><div><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZONTXWTgKRg/VnBMNBVj0RI/AAAAAAAAJbs/OBKhDkhu-9Y/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZONTXWTgKRg/VnBMNBVj0RI/AAAAAAAAJbs/OBKhDkhu-9Y/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_8.jpg" /></a></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><ul><li><a href="https://www.dropbox.com/s/pfo6awhw9ynkh0g/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9%208.pdf?dl=0" target="_blank">Conversão — Anunciar a alegria da fé! [8] — pdf</a></li><li><b>Anunciar a alegria da fé! — textos publicados</b> no Laboratório da fé <a href="http://www.laboratoriodafe.net/search/label/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9" target="_blank">> > ></a></li></ul><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-91905767611675156982015-11-26T01:18:00.000+00:002015-11-26T01:18:03.782+00:00Farei germinar para David um rebento<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO PRIMEIRO DE ADVENTO</span></h2><div><br />Tempo de Advento: a palavra de Deus, no início deste ano litúrgico (Ano C), prepara os nossos corações para a vinda de Jesus Cristo. O primeiro domingo de Advento marca o início de um itinerário: não é apenas para celebrar o nascimento dum bebé, num presépio; também não é para nos meter medo com um final do mundo cheio de sinais extraordinários (evangelho). É para estar vigilantes. Esta é a mais bela atitude dos cristãos, a atitude de quem ama o seu Senhor e vigia enquanto aguarda o seu regresso. Para que nos encontre a progredir na santidade (segunda leitura), nos caminhos de Deus (salmo). Outrora, o primeiro Natal foi um sinal para Israel (primeira leitura). Hoje, a nossa esperança confirma a concretização da promessa.<br /><br />«<b>Farei germinar para David um rebento</b>»<br />Com a chegada do Advento, a Liturgia da Palavra faz-nos tomar consciência de que a graça de Deus torna-se presente para nos oferecer novas oportunidades de libertação e de plenitude: Deus dispõe-se sempre a fazer coisas novas, a tomar novas iniciativas na vida das mulheres e dos homens de cada tempo.<br />Num momento de grande comoção na história do povo bíblico, a Cidade Santa de Jerusalém foi destruída pelos babilónicos e a população foi deportada; ruiu a dinastia de David. Então, o profeta Jeremias, em nome de Deus, anuncia que as coisas vão mudar: «Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz… farei germinar para David um rebento… o reino de Judá será salvo e Jerusalém viverá em segurança».<br />A notícia jubilosa consiste em fazer reviver a casa de David. A imagem é de uma árvore da qual, inesperadamente, brotará um rebento. E esse rebento será o cumprimento da promessa: fazer reviver a casa de David que tinha sido extinta pela força das armas poderosas do império da Babilónia. Esta imagem leva-nos a contemplar uma vida que brota de forma inesperada, após a queda da árvore. À chegada deste novo membro da família de David, o país «será salvo» e a cidade «viverá em segurança». A obra deste novo rei será fruto da ação do próprio Deus de Israel, por isso receberá este nome: «O Senhor é a nossa justiça».</div><div><br /></div><div>O Advento traz alegria ao coração das pessoas fiéis porque é o tempo que, de forma especial, torna presente a vinda do Filho de Deus. O amor de Deus encontra o cumprimento desejado na salvação das pessoas, na sua presença na vida do povo. O tempo de dor e de desgraça acaba quando se concretiza na história o anúncio profético: «farei germinar para David um rebento». De facto, o Advento é sempre caracterizado pela espera e pela esperança. Deus continua a vir até nós; e fá-lo sempre, como sublinha o papa Francisco, em chave de misericórdia. Vivemos momentos difíceis?! Mas sabemos que continuamos nas mãos de Deus misericordioso que se fez um de nós para nos perdoar e salvar. A misericórdia é uma boa atitude para alimentar a nossa pequena esperança, «essa menina, que arrasta tudo consigo» — como bem dizia o escritor francês Charles Péguy. «É ela que faz andar o mundo inteiro». Não renunciemos à esperança!</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-s_z0sOXZsjs/VlZdOPs2sLI/AAAAAAAAJTs/t50PkapjSUg/s1600/1adventoC15_600_tema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-s_z0sOXZsjs/VlZdOPs2sLI/AAAAAAAAJTs/t50PkapjSUg/s1600/1adventoC15_600_tema.jpg" /></a></div><div><br /></div><br /><div></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-71114874741793186342015-11-25T02:14:00.001+00:002015-11-25T02:14:09.948+00:00Até ao domingo... Primeiro de Advento<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">ORAÇÃO DIÁRIA A PARTIR DO EVANGELHO</span></span></h2><h2><div style="font-size: medium; font-weight: normal;"><span style="color: #570b3f;">29 DE NOVEMBRO DE 2015</span></div></h2><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Evangelho segundo Lucas 21, 25-28.34-36</span></h3><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #570b3f;">Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».</span></div></div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Segunda, 23: </span>VIR</span></h4>No próximo domingo, entramos no tempo de Advento. O que é o Advento? No evangelho, Jesus lembra-nos: «Hão de ver o Filho do homem vir…». O Advento é o tempo em que Jesus Cristo nos fala da sua vinda, seja do seu nascimento em Belém, seja da sua presença em nós ou da sua vinda constante ao nosso coração, ou ainda do seu regresso no final dos tempos! Jesus Cristo não é um homem do passado. É um homem que vem ao nosso encontro, hoje. Ele vem fazer história connosco, comigo. Por isso, tenho de me preparar. Vem, Senhor Jesus!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Terça, 24: </span>SER ABALADO</span></h4>Para falar da sua vinda, Jesus menciona sinais grandiosos no céu, no mar, na terra. Tudo é abalado. Haverá melhor forma de significar o desabar do mundo antigo com a vinda de Jesus Cristo? Com ele, o mundo avança para uma nova era. Com ele, sou levado/a a entrar na novidade de Deus. Isto mete-me medo? Vem, Senhor Jesus!<br /><div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quarta, 25: </span>ESPERAR</span></h4>Se é certo que Jesus virá a nós «com grande poder e glória», se o mundo que conhecemos será abalado, o que é que podemos fazer? Esperar. Esperar sem receio do que poderá acontecer. Mas esperar com um grande desejo de ver o Senhor vir ao mundo, à nossa história, à minha vida. Esperar aquilo que desejo na profundidade do meu ser: uma nova terra onde reinará a justiça e a paz. Esperar um mundo em que todos os pobres sejam saciados. Esperar um Reino no qual o sofrimento e os medos deixarão de existir. Esperar… Na minha oração, posso confiar a Deus aquilo em que espero realmente. Vem, Senhor Jesus!</div><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Quinta, 26: </span>ERGUER-SE</span></h4>Jesus não esconde que os seres humanos morrerão de medo quando tudo isso acontecer. A novidade, a irrupção dum novo mundo, não vai alegrar espontaneamente toda a gente. E como estarão os discípulos de Jesus Cristo? «Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima». Com medo? Não. Com confiança? Sim, e com a posturar erguida, de cabeça levantada e não de cabeça baixa. É a posição dos ressuscitados, dos salvos, dos que entram na vida nova. Por isso, hoje, rezo de pé, bem erguido, olhando o futuro de frente. Vem, Senhor Jesus!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sexta, 27: </span>TORNAR-SE PESADO</span></h4>Jesus sabe que a espera pode ser longa. O nosso coração, cansado de esperar a vinda de Jesus Cristo, pode tornar-se pesado. Com o tempo, as «preocupações da vida» podem impor-se e distrair-nos da atitude correta para esperar e receber Jesus Cristo quando ele vier. Aliviar o coração, recentrar as preocupações é uma bela maneira de se preparar para o Natal. Vou fazê-lo? Vem, Senhor Jesus!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Sábado, 28: </span>PERMANECER VIGILANTES</span></h4>Como lutar contra o que nos desanima e nos distrai da espera daquele que amamos? Como combater os fardos da vida que com o seu peso nos fazem cair? Como fazer face à falta de esperança que, às vezes, nos faz curvar a coluna? Jesus não propõe soluções milagrosas, mas apela à nossa liberdade. Ele procura suscitar em nós um suplemento de liberdade convidando-nos a duas atitudes muito concretas. Antes de mais, pernanecer vigilantes. Por conseguinte, afastar de mim tudo o que anestesia a esperança e a coragem. Depois, orar em todo o tempo. Então, volto-me para o Senhor e conto-lhe agora e sempre a minha vontade. Vem, Senhor Jesus!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /><h4><span style="color: purple; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Domingo, 29: </span>COMPARECER DIANTE DO FILHO DO HOMEM</span></h4>O evangelho do primeiro domingo de Advento termina com uma atitude que marca o início deste tempo de Advento: estar preparado para comparecer diante do Filho do homem. Jesus não pede para estar de joelhos ou prostrado quando ele vier. Pede para estarmos de pé, que permaneçamos de pé. É a posição do homem/mulher livre, que se sabe salvo/a e que está de pé para receber o seu libertador. Então, neste domingo, aprendamos a estar de pé diante de Jesus Cristo, na eucaristia por exemplo (no momento da comunhão), ao dar uma oferta a um mendigo (figura privilegiada de Jesus Cristo), ao abrir os braços para acolher as crianças, ao abençoar a refeição partilhada em família ou entre amigos… Vamos, de pé!<br /><br /><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">© </span><a href="http://www.versdimanche.com/" target="_blank"><b><span style="color: #4c1130;">www.versdimanche.com</span></b></a><br /><span style="color: #570b3f;">© tradução e adaptação de Laboratório da fé, 2015</span><br /><br /><div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-BKRMtkEED7g/VlUYPnPMGmI/AAAAAAAAJTU/xJjV3_DoCPc/s1600/1adventoC15_rezar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-BKRMtkEED7g/VlUYPnPMGmI/AAAAAAAAJTU/xJjV3_DoCPc/s1600/1adventoC15_rezar.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-28292916320571483912015-11-19T17:00:00.000+00:002015-12-15T01:17:53.365+00:00Encontro pessoal com Jesus Cristo<h2><span style="color: #570b3f; font-size: x-large;"><span style="font-weight: normal;">Anunciar a alegria da fé! [7]</span></span></h2><span style="color: purple;"><br /></span>O papa Francisco na Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual («A Alegria do Evangelho» — «Evangelii Gaudium» [EG]), em sintonia com o Documento de Aparecida (DAp), confronta todos os cristãos com uma identidade essencial: ser discípulos missionários (cf. tema 6). Neste e nos próximos temas, vamos apresentar, segundo o Documento de Aparecida, cinco aspetos fundamentais que constituem a base na formação de discípulos missionários: «cinco aspetos fundamentais que aparecem de maneira diversa em cada etapa do caminho, mas que se complementam intimamente e se alimentam entre si» (DAp 278). São eles: o encontro pessoal com Jesus Cristo; a conversão; o discipulado; a comunhão; a missão. Antes de mais, «o discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como o mestre que o conduz e acompanha» (DAp 277).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Encontro com Jesus Cristo</span></h3>No início da vida cristã está o «encontro pessoal com Jesus Cristo». Por isso, o Papa convida cada cristão «em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que ‘da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído’. Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada» (EG 3). E os bispos da América Latina e do Caribe declaram: «Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria» (DAp 29). Trata-se de uma alegria (cf. tema 3) que bebe «na fonte do amor maior, que é o de Deus, a nós manifestado em Jesus Cristo. Não me cansarei de repetir estas palavras de Bento XVI que nos levam ao centro do Evangelho: ‘Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo’» (EG 7). Graças a este encontro «com o amor de Deus, que se converte em amizade feliz, é que somos resgatados da nossa consciência isolada e de autorreferencialidade» (EG 8). O Documento de Aparecida explicita assim este aspeto essencial na formação do discípulo missionário: «Aqueles que serão seus discípulos já o buscam (cf. João 1, 38), mas é o Senhor quem os chama: “Segue-me” (Marcos 1, 14; Mateus 9, 9). É necessário descobrir o sentido mais profundo da busca, assim como é necessário propiciar o encontro com Cristo que dá origem à iniciação cristã. Esse encontro deve renovar-se constantemente pelo testemunho pessoal, pelo anúncio do ‘querigma’ e pela ação missionária da comunidade. O ‘querigma’ não é somente uma etapa, mas o fio condutor de um processo que culmina na maturidade do discípulo de Jesus Cristo. Sem o ‘querigma’, os demais aspetos desse processo estão condenados à esterilidade, sem corações verdadeiramente convertidos ao Senhor. Só a partir do ‘querigma’ acontece a possibilidade de uma iniciação cristã verdadeira. Por isso, a Igreja precisa tê-lo presente em todas as suas ações» (DAp 278). Ora, o encontro «com o amor de Deus em Cristo Jesus» (EG 120) acontece na cruz e é um encontro capaz de transformar o cristão em discípulo missionário. Assim, «a primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-Lo cada vez mais» (EG 264).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Encontro com o outro</span></h3>Com Jesus Cristo aprendemos um método (simples) para o encontro com o outro: «Se falava com alguém, fitava os seus olhos com uma profunda solicitude cheia de amor: ‘Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele’ (Marcos 10, 21). Vemo-Lo disponível ao encontro, quando manda aproximar-se o cego do caminho (cf. Marcos 10, 46-52) e quando come e bebe com os pecadores (cf. Marcos 2, 16), sem Se importar que O chamem de glutão e beberrão (cf. Mateus 11, 19). Vemo-Lo disponível, quando deixa uma prostituta ungir-Lhe os pés (cf. Lucas 7, 36-50) ou quando recebe, de noite, Nicodemos (cf. João 3, 1-15). A entrega de Jesus na cruz é apenas o culminar deste estilo que marcou toda a sua vida» (EG 269).<br /><br /><b>Aceito o convite do Papa para renovar o encontro com Jesus Cristo ou, pelo menos, a deixar-me encontrar por Jesus Cristo? Onde está a minha fonte de amor e de alegria</b><b>?</b><br /><br /><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015 </span><br /><br /><div><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-fStkDzhhDro/Vm9qAq7glGI/AAAAAAAAJbM/wbW9RZCqYgo/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-fStkDzhhDro/Vm9qAq7glGI/AAAAAAAAJbM/wbW9RZCqYgo/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_7.jpg" /></a></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><ul><li><a href="https://www.dropbox.com/s/xqx4k28d5tqr936/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9%207.pdf?dl=0" target="_blank">Encontro pessoal com Jesus Cristo — Anunciar a alegria da fé! [7] — pdf</a></li><li><b>Anunciar a alegria da fé! — textos publicados</b> no Laboratório da fé <a href="http://www.laboratoriodafe.net/search/label/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9" target="_blank">> > ></a></li></ul><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-5321178035269545302015-11-19T16:30:00.000+00:002015-11-21T17:52:14.289+00:00Constituição Pastoral «Gaudium et Spes»<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f;">Gaudium et Spes</span><span style="color: #570b3f;"><span style="font-weight: normal;"> — Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual [12]</span></span></span></h2><div><br /></div>Terminamos o resumo da Constituição Pastoral do II Concílio do Vaticano sobre a Igreja no mundo atual («Gaudium et Spes» [GS]). Neste último tema seguimos o texto publicado na obra de Darlei Zanon, «Para ler o Concílio Vaticano II», ed. Paulus. No início, o Concílio não tinha previsto uma comissão para o estudo dos problemas sociais e da relação da Igreja com o mundo. Esta comissão foi criada a partir do pedido do cardeal Suenes, da Bélgica. Dos estudos desta comissão surgiu um texto inicial que foi reelaborado e ampliado diversas vezes até ser promulgado a 7 de dezembro de 1965. A «Gaudium et Spes» (em português, «Alegrias e Esperanças») foi o último documento aprovado: 2309 votos a favor, 75 contra e 10 nulos. Comparado com outros documentos, o número de votos contra é alto, o que é compreensível devido ao facto de abordar temas delicados para a Igreja daquela época.<div><br /><h3>Base da Doutrina Social da Igreja</h3>A quarta das constituições do Concílio trata fundamentalmente das relações entre a Igreja Católica e o mundo. A GS é apresentada como «Constituição Pastoral», pois apresenta na primeira parte a compreensão do ser humano e da sociedade em chave teológica (parte doutrinária) e na segunda trata de alguns problemas concretos (parte pastoral). O seu texto é profundo e completo, constituindo a base de toda a Doutrina Social da Igreja. Mais tarde (26 de março de 1967), Paulo VI escreveu a Encíclica sobre o desenvolvimento dos povos («Populorum Progressio») para reforçar a linha de pensamento assumida pela Igreja nesta área, ou seja, alertar para o descompasso crescente entre o crescimento económico e o desenvolvimento integral, para o contraste entre o progresso tecnológico e a capacidade produtiva, de um lado, e o subdesenvolvimento de tantos povos, de outro.<br /><div><br /><h3>Estrutura e conteúdo</h3>A maior riqueza da GS é apresentar um olhar profético, eclesiológico e pastoral sobre a sociedade, sempre em busca da promoção da justiça e da paz. Ela visa «iluminar o mistério do ser humano e cooperar na solução das principais questões do nosso tempo» (GS 10). A sua primeira frase traduz o espírito do próprio Concílio como um todo: «As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por seres humanos, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história» (GS 1). Aí está expressa claramente a nova conceção de Igreja assumida pelo Concílio, como Povo de Deus, Corpo de Cristo e Templo do Espírito. A «Introdução» recorda a necessidade de a Igreja conhecer o mundo e acompanhar as suas transformações técnicas e sociais. Na primeira parte, o documento trata da doutrina da Igreja acerca do ser humano e do mundo. Aborda temas como a dignidade humana (números 12 a 22), a condição humana (23 a 32), a atividade do ser humano no mundo (33 a 39) e o papel da Igreja no mundo (40 a 45). Na segunda parte, estabelece linhas pastorais, respondendo à missão da Igreja no mundo. Considera vários aspetos da vida humana e da sociedade, respondendo a problemas de maior urgência para a época: matrimónio e família (47 a 52), progresso cultural (53 a 62), vida económica e social (63 a 72), comunidade política (73 a 76), promoção da paz e da Comunidade Internacional (77 a 90). Esta parte, inicialmente foi designada como «anexos», mas devido à sua importância e aos debates gerados foi incluída no corpo do documento. Ao analisarmos com cuidado a situação da sociedade atual, em clima de crise económica e principalmente de crise de valores, constatamos que os problemas não são muito diferentes, assumindo apenas uma nova face, mais moderna. Por ser o último documento aprovado, a GS bebeu de toda a nova mentalidade conciliar. Ela põe em prática todas as novidades do Concílio, especialmente o que diz respeito a uma Igreja mais aberta, comprometida e missionária. Tem especial ligação com a Constituição «Lumen Gentium», sobre a Igreja e com o Decreto «Ad Gentes», sobre a atividade missionária da Igreja: «A Igreja é por natureza missionária». O conteúdo apresentado na GS é de uma profundidade e beleza impressionantes e merece ser conhecido e retomado com frequência por todos os cristãos.</div><div><div><span style="color: #570b3f;"><br /></span></div><div><div><span style="color: #570b3f;">©</span><span style="color: #570b3f;"> </span><span style="color: #570b3f;">Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ab-pNWHdJ48/UbkiywWuQ1I/AAAAAAAAEKc/khzBQubfPok/s1600/CONCI%CC%81LIO_600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="II Concílio do Vaticano, no Laboratório da fé, 2015" border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ab-pNWHdJ48/UbkiywWuQ1I/AAAAAAAAEKc/khzBQubfPok/s1600/CONCI%CC%81LIO_600.jpg" title="Uma nova primavera na vida da Igreja" /></a></div><div><br /></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-17445785916006827382015-11-19T00:26:00.001+00:002015-11-19T00:26:14.743+00:00O seu reino não será destruído<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO TRIGÉSIMO QUARTO</span></h2><div><br />Na última solenidade do Ano Litúrgico (Ano B), Jesus Cristo faz rimar realeza com humildade e verdade: não se trata de um rei à maneira do mundo! A sua realeza não é deste mundo. Ele veio para «dar testemunho da verdade» (evangelho), para nos libertar do pecado (segunda leitura). Jesus Cristo é o Servo perfeito, o filho do homem que deu a vida para obter a salvação de todos e reunir todas as nações na sua glória (primeira leitura). O poder da sua majestade (salmo) brota do serviço, da doação, da fidelidade, do amor. Ele é «Aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo».<br /><br />«<b>O seu reino não será destruído</b>»<br />O capítulo sete de Daniel inicia a segunda parte do livro (7, 1 — 12, 13), que é caracterizada por «visões» de pendor apocalíptico difíceis de interpretar. <br />Daniel tem uma primeira visão em que vislumbra quatro feras, «quatro grandes animais, diferentes uns dos outros» (7, 3). Atribuiu-se esta referência às últimas grandes potências sanguinárias que importunaram o povo bíblico (desde o tempo de Nabucodonosor): babilónicos, medos, persas, macedónios. É importante esta referência para entender o alcance da nova figura que, entretanto, aparece no texto proposto para primeira leitura.<br />O profeta é testemunha de um facto surpreendente que ocorre no céu: um «Ancião» — figura que se interpreta como uma referência a Deus —, sentado como juiz, julga o quarto animal, que é o mais insolente. Trata-se do rei da Síria, Antíoco IV, que oprimia religiosamente o povo de Israel, perseguia os judeus que permaneciam fiéis à fé dos seus antepassados.<br />A luta só em aparência é política, porque, na realidade, por detrás dos grandes impérios há uma potência sobre-humana que combate contra o Deus da Aliança: a interpretação da história há de ser, pois, teológica, lida a partir de Deus. É certo que os impérios passam e não há estabilidade duradoira, mas a opressão do povo bíblico pede uma intervenção divina que interrompa as sucessivas investidas do mal. <br />Daniel constata a necessidade de instaurar o Reino de Deus, um reino que substitua a série dos impérios humanos, um reino liderado por uma figura humana, um «filho do homem», que mostrará a decisão divina de alterar o rumo da história: «O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído».</div><div><br /></div><div>O texto culmina numa mensagem de esperança: não são os poderes deste mundo que dominam a história; o triunfo será do verdadeiro Senhor da história, Deus, que há de instaurar o seu Reino através do seu enviado: «alguém semelhante a um filho do homem». A última palavra pertence a Deus. Assim, o povo adquire a chave que permite interpretar o sentido da história. Esta figura do «filho do homem», que vem de Deus, a quem é dado o domínio universal, que reina sobre todos os povos, é vista pela teologia cristã como uma antecipação profética do domínio universal de Jesus Cristo. Ele não usará o poder para escravizar como fazem os poderosos deste mundo, mas para nos libertar e fazer de nós seus irmãos, filhos de Deus.</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-JRzGYLVYtd8/Vk0WnhK-GyI/AAAAAAAAJSA/S8cYU9z57Rw/s1600/34domingoB15_BLOG_600X600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-JRzGYLVYtd8/Vk0WnhK-GyI/AAAAAAAAJSA/S8cYU9z57Rw/s1600/34domingoB15_BLOG_600X600.jpg" /></a></div><div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-56708070899590378712015-11-12T17:44:00.001+00:002015-11-12T17:44:18.269+00:00Brilharão como estrelas por toda a eternidade<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO TRIGÉSIMO TERCEIRO</span></h2><div><br />Na reta final do ano litúrgico, a Liturgia da Palavra remete para o «final dos tempos». É preciso estar preparado? Jesus Cristo alerta: não sabemos o dia nem a hora desse fim do mundo que suscita tantas especulações… Mas a fé abre-nos novas perspectivas: Jesus Cristo vai reunir-nos na glória (evangelho) e, uma vez que o seu perfeito e «único sacrifício» nos salva (segunda leitura), saborearemos a vida eterna que nos foi prometida (primeira leitura). É esta convicção, esta confiança, que aclamamos (salmo 15), certos do amor com que somos amados.<br /><br />«<b>Brilharão como estrelas por toda a eternidade</b>»<br />O livro de Daniel pertence ao género apocalíptico. Não se pode ler como o quarto dos «profetas maiores» (Isaías, Jeremias e Ezequiel), mas como representante da apocalítica judaica canónica: textos que têm uma predileção pelo contraste entre o presente dececionante e a esperança num futuro glorioso!<br />O protagonista situa-se na Babilónia, no império que resulta dos sucessos de Nabucodonosor, o conquistador e destruidor de Jerusalém, causador da deportação do povo de Deus. Mas, na realidade, refere-se à época da opressão causada pelos reis helenistas da Síria contra Jerusalém e da perseguição religiosa que acabou por desencadear a revolta dos Macabeus, no século segundo antes de Cristo.<br />Na segunda parte deste livro especial e complexo — escrito em três línguas: hebraico, aramaico, grego — estão as «visões de Daniel». Na imagética do texto proposto para primeira leitura do trigésimo terceiro domingo (Ano B) contempla-se o futuro escatológico. Os eleitos de Deus são aqueles cujos nomes estão «inscritos no livro de Deus». Estes, apesar dos sofrimentos, serão salvos. O mundo divino representado aqui por Miguel – «o grande chefe dos Anjos, que protege os filhos do teu povo» – irrompe na história para levar a cabo o seu plano. Encontramo-nos num contexto singular: a luta das forças que obstaculizam o plano divino contra o Deus que salva o seu povo. O resultado final é uma vitória clara de Deus, que agrega a si os sábios e os justos: «brilharão como estrelas por toda a eternidade».<br />O texto é muito especial porque é, provavelmente, o primeiro do Antigo Testamento em que se evoca a ressurreição dos mortos (embora não se use o termo): «Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão, uns para a vida eterna, outros para a vergonha e o horror eterno».</div><div><br /></div><div>O Ano Litúrgico atualiza e realiza o mistério global da salvação. É preciso orientar o olhar para o futuro, movidos pela esperança, enquanto vivemos a experiência presente com constância e paciência. É importante percorrer o caminho que conduz ao final glorioso. Os crentes (cristãos) têm a missão ser testemunhas da esperança enquanto partilham com os irmãos as circunstâncias da vida, sejam marcadas pelo sofrimento, sejam marcadas pela alegria. A interpretação dos textos apocalípticos possui estas duas versões: esperança para o futuro e testemunho consolador para o presente. Uma tarefa nada fácil de assumir no concreto do dia a dia!</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-zxs96jzXYxA/VkTPfS9U0yI/AAAAAAAAJRY/fIFgFcxJuvY/s1600/33domingoB15_BLOG_600X600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-zxs96jzXYxA/VkTPfS9U0yI/AAAAAAAAJRY/fIFgFcxJuvY/s1600/33domingoB15_BLOG_600X600.jpg" /></a></div><br /></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-56163707013999965922015-11-12T17:00:00.000+00:002015-12-09T23:05:46.681+00:00Discípulos missionários<h2><span style="color: #570b3f; font-size: x-large;"><span style="font-weight: normal;">Anunciar a alegria da fé! [6]</span></span></h2><span style="color: purple;"><br /></span>«A evangelização obedece ao mandato missionário de Jesus: ‘Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado’ (Mateus 28, 19-20)» (EG 19). Esta é a missão da Igreja (cf. tema 1). Por isso, «este mesmo mandato continua a ser confiado aos discípulos de hoje (e de sempre), a quem compete, em primeiro lugar, ‘viver a alegria do Evangelho’» (Programa Pastoral da Arquidiocese de Braga). Com este tema iniciamos a segunda parte desta proposta (cf. tema 1). Nesta parte dedicada à reflexão sobre os «discípulos missionários», sem deixar de ter como ponto de referência a Exortação Apostólica do papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (EG), não podemos ignorar o contributo essencial dado pelo Documento de Aparecida (DAp) para iluminar esta temática.<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Discípulos</span></h3>A EG afirma que a Igreja é constituída por comunidades de discípulos e discípulas, que têm de ser «sal da terra e luz do mundo»: «Precisamente nesta época, inclusive onde são um ‘pequenino rebanho’ (Lucas 12, 32), os discípulos do Senhor são chamados a viver como comunidade que seja sal da terra e luz do mundo (cf. Mateus 5, 13-16). São chamados a testemunhar, de forma sempre nova, uma pertença evangelizadora» (EG 92). O conteúdo da EG sobre o discipulado sintetiza o que se encontra no Documento de Aparecida sobre os «discípulos missionários de Jesus Cristo». Eles são enviados como comunidade e pela comunidade eclesial para «dar testemunho do amor» (DAp 386), anunciar a chegada do Reino, a dinâmica «transformadora do Reino de Deus que se faz presente em Jesus» (DAp 382) e assumir «as tarefas prioritárias» para o bem comum e a dignificação do ser humano (DAp 384).<br /><br /><h3><span style="color: #570b3f;">Discípulos missionários</span></h3>Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário» (EG 120). E por conseguinte todos os cristãos são sujeitos de evangelização, porque «em todos os batizados, desde o primeiro ao último, atua a força santificadora do Espírito que impele a evangelizar» (EG 119). Evangelizar não é uma tarefa de alguns; «seria inapropriado pensar num esquema de evangelização realizado por agentes qualificados enquanto o resto do povo fiel seria apenas recetor das suas ações» (EG 120). Não se trata de uma opção, mas de uma característica essencial que brota do batismo. «O batismo não é um título que recebemos, mas um chamamento para o serviço ativo na vida da Igreja, dentro e fora de portas. O (cristão) batizado não pode não ser ‘discípulo missionário’. Na reflexão do Papa percebe-se claramente que não se trata duma opção, duma escolha entre ser ou não ser» (Programa Pastoral da Arquidiocese de Braga). Por isso, a missão dos «discípulos missionários» é universal: todos são enviados e todos são convidados. A missão é também universal quanto aos destinatários: é para todos, a começar pelos mais frágeis. «Todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (EG 20). Uma Igreja «em saída» é uma comunidade que caminha ao encontro dos mais necessitados para estar ao serviço: «Faz falta ajudar a reconhecer que o único caminho é aprender a encontrar os demais com a atitude adequada, que é valorizá-los e aceitá-los como companheiros de estrada, sem resistências interiores. Melhor ainda, trata-se de aprender a descobrir Jesus no rosto dos outros, na sua voz, nas suas reivindicações; e aprender também a sofrer, num abraço com Jesus crucificado» (EG 91). A comunidade dos discípulos é «uma fraternidade mística, contemplativa, que sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser humano» (EG 92). Ser discípulo missionário significa existir para estar ao serviço dos outros. «Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo» (EG 24). Não há outro caminho. «Trata-se de ‘cumprir’ aquilo que o Senhor nos indicou como resposta ao seu amor, sobressaindo, junto com todas as virtudes, aquele mandamento novo que é o primeiro, o maior, o que melhor nos identifica como discípulos: ‘É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei’ (João 15, 12)» (EG 161).<br /><br /><b>Vive-se o mandato de Jesus Cristo, quando os «paroquianos» se conformam em ficar sentados nos bancos da igreja e não se dispõem a ir, a servir a comunidade</b><b>?</b><br /><br /><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015 </span><br /><br /><div><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Q-y3V241Z9Q/VmiytwtbQlI/AAAAAAAAJZ8/nUIRLpiQvyA/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Q-y3V241Z9Q/VmiytwtbQlI/AAAAAAAAJZ8/nUIRLpiQvyA/s1600/Anunciar_QUADRADO_TEMA_6.jpg" /></a></div><br /><br /><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><ul><li><a href="https://www.dropbox.com/s/2vg7cnj653ccv7j/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9%206.pdf?dl=0" target="_blank">Discípulos missionários — Anunciar a alegria da fé! [6] — pdf</a></li><li><b>Anunciar a alegria da fé! — textos publicados</b> no Laboratório da fé <a href="http://www.laboratoriodafe.net/search/label/Anunciar%20a%20alegria%20da%20f%C3%A9" target="_blank">> > ></a></li></ul><hr size="1" style="border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: dashed;" /></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-11886893099550698102015-11-12T16:30:00.000+00:002015-11-15T20:16:58.241+00:00Construção da Comunidade Internacional<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f;">Gaudium et Spes</span><span style="color: #570b3f;"><span style="font-weight: normal;"> — Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual [11]</span></span></span></h2><div><br /></div>A segunda secção do quinto capítulo encerra as temáticas propostas pelo II Concílio do Vaticano na Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual («Gaudium et Spes» — GS). Trata-se de uma reflexão sobre a Comunidade Internacional inserida na conjuntura da promoção da paz. «Para edificar a paz, é preciso, antes de mais, eliminar as causas das discórdias [...]. Como o ser humano não pode suportar tantas desordens, delas provém que, mesmo sem haver guerra, o mundo está continuamente envenenado com as contendas e violências entre os humanos. E como se verificam os mesmos males nas relações entre as nações, é absolutamente necessário, para os vencer ou prevenir, e para reprimir as violências desenfreadas, que os organismos internacionais cooperem e se coordenem melhor e que se fomentem incansavelmente as organizações que promovem a paz» (GS 83).<br /><div><br /><h3>A Comunidade Internacional</h3>Tendo como meta o «bem comum universal» é urgente que «a comunidade dos povos se dê a si mesma uma estrutura à altura das tarefas atuais [...]. Para obter tais fins, as instituições da comunidade internacional devem prover, cada uma por sua parte, às diversas necessidades humanas, no domínio da vida social — a que pertencem a alimentação, saúde, educação, trabalho — como em certas circunstâncias particulares, que podem surgir aqui ou ali, tais como a necessidade geral de favorecer o progresso das nações em vias de desenvolvimento, de obviar às necessidades dos refugiados dispersos por todo o mundo, ou ainda de ajudar os emigrantes e suas famílias» (GS 84). E também «é preciso abolir o apetite de lucros excessivos, as ambições nacionais, o desejo de domínio político, os cálculos de ordem militar bem como as manobras para propagar e impor ideologias» (GS 85).<br /><div><br /><h3>Algumas normas oportunas</h3>A GS sugere algumas orientações para assegurar o acesso de todos aos bens necessários para viver: que «a plena perfeição humana dos cidadãos» seja a finalidade expressa das nações; que os povos desenvolvidos ajudem os que estão em vias de desenvolvimento; que se estabeleça uma Comunidade Internacional com autoridade e poder para coordenar e estimular o desenvolvimento, bem como «regular as relações económicas no mundo inteiro»; que se revejam as atuais estruturas sociais e económicas, tendo em conta as necessidades materiais, mas também as de ordem cultural e espiritual (GS 86). A Igreja aponta também para a necessidade de auxílio educacional e tecnológico aos «povos que, além de muitas outras dificuldades, sofrem especialmente da que deriva dum rápido aumento da população» e aos que não têm acesso a técnicas modernas de produção ou não possuem adequada formação educacional e profissional. Entretanto, «o Concílio exorta todos a que evitem as soluções, promovidas privada ou publicamente ou até por vezes impostas, que sejam contrárias à lei moral» (GS 87). Com estas indicações, pretende despertar os cristãos para a sua responsabilidade: «Não se dê o escândalo de haver algumas nações, geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer o necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de misérias» (GS 88). Por isso, é «absolutamente necessário que a Igreja esteja presente na comunidade das nações, para fomentar e estimular a cooperação entre os humanos» (GS 89). Entre as possibilidades, «uma das melhores formas de atuação internacional dos cristãos consiste certamente na cooperação que, isoladamente ou em grupo, prestam nas próprias instituições criadas ou a criar para o desenvolvimento da cooperação entre as nações» (GS 90).<br /><div><br /><h3>Conclusão</h3>A GS pretende fazer com que todas as pessoas tornem «o mundo mais conforme à sublime dignidade humana, aspirem a uma fraternidade universal mais profundamente fundada e, impelidos pelo amor, correspondam com um esforço generoso e comum às urgentes exigências da nossa era» (GS 91). Impõe-se, assim, que a fraternidade e a caridade impulsionem o diálogo, o entendimento e o respeito pela legítima diversidade entre as nações, as raças, as culturas e religiões, sem excluir ninguém. «Por isso, chamados pela mesma vocação humana e divina, podemos e devemos cooperar pacificamente, sem violência nem engano, na edificação do mundo na verdadeira paz» (GS 92). Os cristãos «nada podem desejar mais ardentemente do que servir sempre com maior generosidade e eficácia os homens e mulheres do mundo de hoje. [...] ‘Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros’ (João 13, 35). Essa é «a vontade do Pai» (GS 93).</div></div><div><div><span style="color: #570b3f;"><br /></span><span style="color: #570b3f;">Este texto foi elaborado a partir das «fichas» apresentadas pelo «Ambiente Virtual de Formação» da Arquidiocese de Campinas, Brasil </span><span style="color: #570b3f;">— </span><a href="http://www.ambientevirtual.org.br/fichas-de-estudo/desenvolvimento-o-novo-nome-da-paz/" target="_blank">www.ambientevirtual.org.br</a><span style="color: #570b3f;"> —</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span></div><div><div><span style="color: #570b3f;">©</span><span style="color: #570b3f;"> </span><span style="color: #570b3f;">Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ab-pNWHdJ48/UbkiywWuQ1I/AAAAAAAAEKc/khzBQubfPok/s1600/CONCI%CC%81LIO_600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="II Concílio do Vaticano, no Laboratório da fé, 2015" border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ab-pNWHdJ48/UbkiywWuQ1I/AAAAAAAAEKc/khzBQubfPok/s1600/CONCI%CC%81LIO_600.jpg" title="Uma nova primavera na vida da Igreja" /></a></div><div><br /></div><br /><div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6465745259770503815.post-85996666801604722532015-11-06T13:11:00.001+00:002015-11-06T13:11:10.678+00:00A mulher foi e fez como Elias lhe mandara<h2><span style="font-size: large;"><span style="color: #570b3f; font-weight: normal;">CELEBRAR O </span></span><span style="color: #570b3f; font-size: large;">DOMINGO TRIGÉSIMO SEGUNDO</span></h2><div><br />Um ensinamento sobre a sinceridade de coração: Deus não olha às aparências, conhece o íntimo dos nossos pensamentos; e a sinceridade da fé é garantia da nossa salvação. Neste trigésimo segundo domingo (Ano B), o que está em causa é a generosidade, a caridade: a viúva de Sarepta partilha o pouco que tem para alimentar o profeta Elias (primeira leitura), a pobre viúva, no Templo, não hesita em dar tudo o que possui (evangelho). Deus, que «ampara o órfão e a viúva» (salmo 145), aprecia a beleza do gesto, a gratuidade da oferenda. A nossa salvação não pode ser comprada pelos nossos méritos; é uma dádiva recebida graças à oferta vital («sacrifício») de Jesus Cristo (segunda leitura).<br /><br />«<b>A mulher foi e fez como Elias lhe mandara</b>»<br />Os livros dos Reis contêm narrações sobre as diversas atividades dos profetas Elias e Eliseu. Estes viveram numa época muito antiga da história de Israel (século nono antes de Cristo). São uns personagens singulares de quem não temos qualquer escrito próprio. Esta é a característica principal dos grandes profetas bíblicos: homens que comunicam a palavra de Deus que dá sentido à história de um tempo concreto. Neste caso, apenas temos conhecimento de atos singulares e prodigiosos realizados por intermédio de Elias e Eliseu.<br />A história narrada no Primeiro Livro dos Rei — texto proposto para primeira leitura — tem como protagonista o profeta Elias, o porta-voz de Deus contra a corrupção política e espiritual da vida israelita. A função do profeta consiste em contribuir para romper com o ciclo de violência e de apostasia que caracterizava o Reino do Norte desde a sua fundação.<br />As atitudes de Acab, rei de Israel, fizeram aumentar «a ira do Senhor, Deus de Israel, mais do que todos os reis de Israel, seus predecessores» (cf. 1Reis 16, 29-34). Então, Deus enviou uma seca extrema. Em consequência, o profeta, perseguido pelo rei, teve que fugir. Depois de várias peripécias, chega a Sarepta, uma cidade fenícia.<br />A viúva com quem o profeta se encontra não é uma adoradora do Deus de Israel. Ela diz: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus…». Neste fragmento, aprendemos uma lição importante sobre o amor universal de Deus, um amor que vai para além dos estreitos limites dos reinos de Israel (Norte) e de Judá (Sul). E também recebemos o testemunho da bondade e da compaixão duma pessoa não crente para com um homem de Deus.<br />«A mulher foi e fez como Elias lhe mandara», mesmo sem ter qualquer outro recurso para sobreviver juntamente com o seu filho. O profeta, perante a generosidade extrema da mulher anuncia um prodígio. Não se trata de um qualquer poder mágico de Elias; a comida milagrosa é um dom de Deus à mulher que teve compaixão pelo profeta.<br /><br />O texto questiona as nossas oferendas: fazemos contas ao que damos, damos «as sobras» ou aquilo que nos faz falta? Vale a pena experimentar que a dinâmica do compartilhar multiplica o que parece pouco, acrescenta em vez de subtrair. Essa é a caridade que brota, não das aparências, mas do íntimo do coração.</div><div><br /><div><span style="color: #570b3f;">© Laboratório da fé, 2015</span><br /><span style="color: #570b3f;"><br /></span> <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-NNTG3UMxrTU/VjymTHHD6LI/AAAAAAAAJP0/olXRf2kQ644/s1600/32domingoB15_BLOG_600X600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-NNTG3UMxrTU/VjymTHHD6LI/AAAAAAAAJP0/olXRf2kQ644/s1600/32domingoB15_BLOG_600X600.jpg" /></a></div><div><br /></div><br /><div></div></div></div></div></div></div></div>Marcelino Paulo Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07887385260391811704noreply@blogger.com0